quinta-feira, 9 de julho de 2009

LPN contra proposta de novo Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) considerou ontem que a proposta de um novo Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina põe em risco as espécies e os habitats e “viola directivas internacionais”.
A ser posta em prática a actual versão, que ainda é uma versão de trabalho deste plano, consideramos que ficam em risco os objectivos do parque e as espécies, os habitats e a paisagem”, afirmou Francisco Moreira, da direcção nacional da LPN.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente ecologista disse que a LPN "pretende evitar que algumas das normas que existem neste plano sejam efectivamente postas em vigor. Tão graves são que podem levar à destruição de espécies e habitats protegidos por directivas comunitárias. Daí a nossa intenção de informar a Comissão Europeia, caso esta proposta vá para a frente, para a violação de directivas internacionais".

Notícia na íntegra aqui

4 comentários:

Anónimo disse...

A mim parece-me que por vezes existe algum exagero dos ecologistas, porque acho muito bem que se preserve a natureza, mas não podemos deixar de nos desenvolver pelo ambiente. Os projectos turísticos podem trazer muito emprego e proporcionar muito desenvolvimento a toda essa região.
E pelo que aqui está até contra parques eólicos são contra. Então preferem o fumo da central térmica? Energia Nuclear? De certeza que não.
E a sociedade tem que evoluir. Vamos deixar os outros desenvolver-se e nós somos uma espécie de jardim zoológico grande?
L.R.

ANCIÃO disse...

Autarca de Aljezur diz que a proposta quer impor um “Estado policial”

Manuel Marreiros, presidente da Câmara de Aljezur (PS), assumiu-se sempre como um dos grandes adversários das alterações ao plano de ordenamento do PNSACV propostas pelo ICNB. O autarca lembra que o objectivo da revisão do plano, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros que a determinou em 2001, consistia em “detectar e corrigir eventuais deficiências e lacunas” do plano actual. Em vez disso, afirma, foi apresentado um documento “extenso, complexo e contraditório, tecnicamente muito pobre”, no qual “não se encontra qualquer razão fundamental que justifique tão drásticas alterações ao plano em vigor”.

Marreiros sustenta que o novo regulamento pretende impor um “Estado policial” a agricultores, autarcas e empresários, baseado num “modelo de desenvolvimento de economia planificada” que, na prática, representa uma “nacionalização” de um território com uma área superior a 70 mil hectares e que abrange os municípios costeiros de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo.

Face ao teor dos 89 artigos da proposta de revisão, o autarca diz não compreender porque é que se “alteraram os anteriores 32 artigos, quando a ideia preconizada pela tutela era corrigir” o que estava mal, admitindo que a o documento contém “violações a vários instrumentos legais e mesmo à Constituição da República”. Carlos Silva, vice-presidente da Associação dos Armadores de Pesca do Barlavento Algarvio, classifica as medidas propostas de “lamentáveis e radicais”, frisando que elas põem em risco a sobrevivência de “centenas de pescadores”.

Rui Marreiros, da Associação de Pescadores da Arrifana (Aljezur), admite que os pescadores possam desencadear acções de protesto se for imposta a pesca com anzol em detrimento das embarcações com rede, que apetrecham 80 por cento do efectivo pesqueiro da região.
COMO SE VÊ A DFESA DA NATUREZA É UM PROBLEMA MUITO DIFÍCIL. NÃO SE PODE ESQUECER AS PESSOAS E OS SEUS HÁBITOS ANCESTRAIS. NÃO É POSSÍVEL PÔR EM PRÁTICA QUALQUER PLANO SEM ELAS E MUITO MENOS CONTRA ELAS. ATÉ AGORA, NEM O ESTADO NEM AS ORGANIZAÇÕES DE DEFESA DA NATUREZA TÊM SABIDO LIDAR COM ESTE PROBLEMA. ELE MEXE COM VÁRIAS SENSIBILIDADES, A MAIOR PARTE DAS VEZES MUITO RESPEITÁVEIS MAS,APARENTEMENTE, INCOMPATÍVEIS. ESTAS ORGANIZAÇÕES, COMO A LPN, TERÃO, ANTES DE TUDO, REALIZAR UM TRABALHO MUITO SÉRIO DE SENSIBILIZAÇÃO DAS POPULAÇÕES, SEM O QUE, QUALQUER PLANO VAI DESENCADEAR REACÇÕES MUITO ADVERSAS ATÉ PARA O QUE SE PRETENDE DEFENDER.
Agradeço ao ´Luís Maldonado este post pela sua actualidade e interesse para as nossas populações costeiras.

Observador disse...

Com todo o respeito pela LPN e qualquer outro movimento ecológico, não posso deixar de afirmar quer os naturais do PNSACV têm todo o direito de usufruir de todas as condições proporcionadas pelo desenvolvimento do País em iguais condições a todos os outros Portugueses.
Aquilo que aconteceu até hoje foi o implementar de medidas e regras dentro do parque natural que limitam a liberdade dos naturais, constrangem as suas festas e tradições e não trazem contrapartidas até ver, ao nível da criação da riqueza e de emprego e por alegada falta de verba nem sequer foram realizadas as infrestruturas previstas nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira que os podiam beneficiar.
Cumprimentos Luis Gil

Anónimo disse...

A regra É proibir, proibir, proibir...

Mas depois aparece um "investidor" qualquer a acenar com dinheiro, ou promessas dele, e o governo abre uma excepção para um projecto PIN e aí já pode fazer o que quiser...

Proibiram a apanha do ouriço...e o que isso alterou na fauna marinha?...Ainda ninguém veio dizer o que melhorou...
Mas com isso acabaram com a tradição das populações ribeirinhas de fazer a festa da "assada do ouriço", grande festa de confraternização entre as populações...
Mas estão a atirar terra no terminal xxl, que vai aterrar toda a costa até aos molhes da EDP, matando todas as lapas, caramujos, ouriços, búzios, etc que ali vivem...ISSO JÁ NÃO É PROIBIDO e NINGUÉM VÊ...
Se alguem ainda lá for apanhar um caramujo é multado...OS OUTROS MATAM-NOS enterrando-os, já não é crime...

É o poder das grandes empresas a vir ao de cima...enquanto as populações e suas tradições são para combater, perseguir e acabar...