sexta-feira, 24 de julho de 2009

Conclusões de Reunião com o BE

Repsol não tem razão para o Lay-off

O BE promoveu hoje em Santo André uma reunião com todas as Estruturas Representativas dos Trabalhadores da Repsol.

Pelo BE, para além dos dirigentes Locais, esteve presente o seu Coordenador Francisco Louça e outro deputado, Fernando Rosas.

A Comissão de Trabalhadores começou por explicar o seu entendimento sobre o processo que envolveu os trabalhadores e que os levou a aceitar as condições remuneratórias que são conhecidas mas, também foi discutido o essencial da questão, ou seja, se havia ou não razões da Empresa para aplicar em Portugal o Lay-off.

Depois de discutidas algumas questões técnicas de comparação entre as fábricas de Espanha (que não estão em Lay-off) e a Repsol Química de Portugal, verificou-se com dados entendidos por todos, que o Lay-off que a Repsol impôs aos trabalhadores Portugueses só acontece porque a Lei (o novo código do trabalho aprovado recentemente) o permite e porque “possivelmente” deverá a empresa querer reestruturar-se à custa dos mesmos! – “Os Trabalhadores”.

Foi referido nesta reunião que, muitos outros trabalhadores e empresas “satélite” da Repsol (empresas fornecedoras de serviços e mão de obra) sofrem acentuadamente esta acção considerada por todos como INJUSTIFICADA.

Foi referido também que esta empresa anunciou há cerca de 10 meses um investimento para Sines, de 1000 (mil) milhões de Euros, considerado como projecto PIN (projecto de interesse nacional), onde iria criar 150 postos de trabalho directos e cerca de 200 indirectos - acontece que neste momento ainda não sabemos quantos foram para o desemprego, à conta deste lay-off comprovadamente injustificado.

Os Deputados agradeceram a participação na reunião e comprometeram-se ao nível do poder Central a averiguar esta situação que defrauda de facto o erário público.

3 comentários:

Anónimo disse...

Para dar mais uma achega neste post, quando em 2004 a Repsol, adquiriu esta Fabrica, o salário dos trabalhadores representava cerca de 5% dos custos de produção.
Neste momento são apenas 4%, que representam os custos de salário face aos custos de produção.
O que quer dizer que a Repsol desde que adquiriu as instalações de Sines tem subido em bastante as margens de lucro, na produção de produto.
Mais uma razão porque este lay-off é injustificado.

Luis Maldonado disse...

Quando ouço um primeiro-ministro dizer que ainda está para nascer um primeiro-ministro que responda aos problemas do défice, eu gostava que já tivesse nascido qualquer primeiro-ministro que tivesse como preocupação responder ao problema do emprego”, disse hoje Louçã, em Sines, em declarações à Agência Lusa.

O líder do Bloco de Esquerda, que visitou o aterro das lamas industriais de Sines e a zona de captação de águas de abastecimento da cidade (onde existem indícios de contaminação do lençol freático com hidrocarbonetos), criticou a política de emprego do Governo.

“E nitidamente, José Sócrates está totalmente desinteressado da questão do emprego porque acha que não há solução e se não há solução para o emprego, não há solução para a economia, não há solução para a vida das pessoas, ou, seja ele desistiu de ser primeiro-ministro”, concluiu.

Fonte: Jornal Destak

(é só um pouco mais da ideologia de Louçã)

efernandes disse...

...é que as ideologias, quando existem, podem até ser as mais díspares.
Quando nos mexem no bolso, como é o caso da Repsol com a anuência do poder, aí parece estarmos todos do mesmo lado.
Foi a apreciação que fiz e que faço.