Paulo Rangel em Sines

"Pescas abandonadas por este Governo" diz Paulo Rangel

O cabeça de lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, afirmou hoje, em Sines, que "as pescas têm sido abandonadas" pelo Governo de José Sócrates" e alertou para o endividamento dos pescadores.

"A primeira conclusão que nós podemos tirar e que é extremamente importante ter presente é que as pescas têm sido abandonadas por este Governo. Eu devo dizer que pior do que a agricultura, só mesmo as pescas", afirmou Paulo Rangel hoje, em Sines, junto às docas, após ter reunido com a Associação de Armadores de Pesca Artesanal da Costa Vicentina.

Na reunião com Paulo Rangel, a associação de armadores fez um "conjunto de queixas" relativas às "linhas de crédito", que "não têm qualquer garantia do Estado", e também à "questão da burocracia".

"Verificámos aqui um conjunto de queixas, por um lado quanto às linhas de crédito, não têm qualquer garantia do estado e por isso os pescadores, os armadores estão extremamente sobreendividados, não podem aceder a esse crédito", frisou o candidato social-democrata.

"Há uma falta já de pessoas para virem trabalhar no sector das pescas, que é uma falta estrutural, e com este tipo de dificuldades burocráticas torna-se ainda mais difícil", asseverou.

"A pesca está a viver uma fase muito complicada, uma fase em que os próprios fundos não chegam aos pescadores, não chegam aos armadores, em que o Governo não revela qualquer capacidade de diálogo", acusou Paulo Rangel.

"Tudo está ainda como estava há 20 anos ou há 30 anos e, nesse sentido, isso cria imensas dificuldades a quem quer fazer da pesca, não apenas uma actividade artesanal, mas uma actividade empresarial", afirmou.

Como soluções, Paulo Rangel aponta "mexer no programa de linha de créditos" e "a simplificação de procedimentos", que assume como "um compromisso que o PSD tem no seu programa eleitoral para as europeias".

"O Governo português não tem feito ver em Bruxelas, junto da União Europeia, que 90 por cento deste sector é um sector artesanal", acusou.

"E portanto muitas vezes os pescadores e os armadores portugueses são altamente penalizados porque são tratados como se fizessem pesca industrial quando aquilo que eles fazem é pesca artesanal, para a qual seria necessário outro tipo de regras", concluiu.

Diário de Notícias