Candidato do PSD a Sines critica situação financeira da câmara

O candidato do Partido Social-Democrata (PSD) à Câmara Municipal de Sines, João Custódio, critica a actual situação financeira da autarquia, que considera “ir de mal a pior”. Para o social-democrata, os mandatos da CDU, desde o 25 de Abril, “estão aquém das expectativas” e têm contribuído, “decisivamente”, para alguns “orçamentos irrealistas”. “O ano passado estava orçamentado receber 55 milhões de euros e, na realidade, a câmara só recebeu cerca de 23 milhões”, exemplifica o candidato.

Para João Custódio, que agradece o convite que lhe foi endereçado pela distrital e pela concelhia “para dignificar o partido e todo o concelho”, a CDU tem “ainda responsabilidades no abandono do centro histórico de Sines” e nas “ineficazes acessibilidades em torno da zona industrial ligeira” da cidade. Além das críticas, o candidato alerta também para o facto de “sessenta por cento dos esgotos do município serem, actualmente, despejados no mar”.

Na opinião do social-democrata, o executivo da CDU só aparece “quando se trata de enaltecer grandes obras”, não se preocupando com “as pequenas coisas que, no dia-a-dia, mais falta fazem aos sineenses”. Sobre este assunto, João Custódio afirma mesmo que o total dos investimentos feitos em torno de grandes obras davam “para construir um novo centro de saúde”, uma “antiga reivindicação de toda a população no município”. “O executivo da CDU deve ter boa fé e não atirar culpas apenas para o Governo”, acrescenta.

De acordo com as informações avançadas pelo social-democrata, os “próprios profissionais ligados à medicina sentem-se desmotivados a trabalhar no município”, por, alegadamente, não “verem reunidas as condições essenciais ao bom desenvolvimento do seu trabalho”. Apesar de reconhecer que o executivo “tem feito bem o seu trabalho em matéria de educação”, João Custódio alerta para a necessidade “de se melhorar a escola primária mais antiga da cidade”.

Sobre a questão de Sines acolher várias indústrias, João Custódio admite que não consegue compreender aqueles “que afirmam não querer mais indústrias no concelho”. Para o candidato, essas visões “são estranhas e impensáveis”, dado que é a indústria que “monopoliza investimento e contribui para a formação de mais emprego”. “É uma mais-valia para o país”, acrescenta o social-democrata, que sublinha ainda o facto de existir ainda muito por fazer “ao nível da ferrovia que liga o porto de Sines a Espanha” e ao nível do “IP 8, que permanece por adjudicar”.

in Setúbal na Rede