segunda-feira, 20 de abril de 2009

Efeito Dominó


Devido ao desenvolvimento económico assente no ciclo de exploração do petróleo, Sines tornou-se uma localidade com razoável rendimento per capita, à qual a crise parecia que iria passar ao lado. Contudo a elevada concentração económica no paradigma do petróleo, gerou uma dependência da região, que já sofre com a queda abrupta da procura, nomeadamente do sector automóvel.

Depois da Repsol, relevar dificuldades no escoamento dos seus stocks e adiar os seus investimentos, do investimento da Artenius estar longe de andar ao ritmo previsto, do fracasso das unidades de Biodiesel, do espectro do encerramento da unidade da Sonae, agora é a vez da Carbogal procurar soluções para superar a dificuldade de escoar a produção sem comprometer os postos de trabalho.

Para já não se preconiza despedimentos, nem encerramentos, nas unidades industriais do Complexo de Sines, o que a suceder, terá um efeito dominó na região e particularmente em Sines, de dimensões e consequências difíceis de prever.

Registe-se que ao contrário de quem vê na crise um motivo para despedir, na Carbogal/Evonik encontrou-se, para já, soluções que não comprometam o funcionamento e os postos de trabalho. Soluções de compromisso e frágil equilíbrio, que infelizmente muitos de nós teremos de enfrentar, nos tempos próximos.

24 comentários:

Anónimo disse...

parece vir a ser a triste realidade.

Anónimo disse...

Para já não se preconiza despedimentos, nem encerramentos, nas unidades industriais do Complexo de Sines, o que a suceder, terá um efeito dominó na região e particularmente em Sines, de dimensões e consequências difíceis de prever.
Deus te oiça, mas há rumores muito maus, esperemos que sejam só rumores, porque se houver problema naquelas empresas então vamos mesmo ao fundo é como dizes o efeito dominó.
Se aqules empresas pararem , para a APS, Compelmada, actimetal, setrova , etc,etc,etc

luis pedro, disse...

anda tudo a assobiar para o ar.
a treta do surf tem 60 comentário, aqui que se fala de futuro, miséria e ebulição social, por esta ordem, ninguém emite opinão.

Deixo uma questão em aberto: existe um plano de contingência das instituições, autarquias e forças vivas desta terra, para o caso da repsol fechar? ou a EDP, ou a Euroresinas, a Carbogal, etc, mais a maior parte das empresas satélites dependentes destas grandes unidades, e o comércio, e a restauração.

considerando 100 trabalhadores, com um rendimento liquido/médio mês de € 1.500, temos 150.000 mês, 2.100.000, só em vencimentos, maioritariamente gastos ou investidos em Sines, mais as perdas ou lucros cessantes das empresas locais, façam as contas, e falamos apenas de 100 trabalhadores.

Mas vocês preferem perder tempo a falar de futilidades, e quando este espaço apresentam questões profundas, fogem para longe.

triste pais, triste terra, pobre gente.

Anónimo disse...

Olá!

Podias dizer em que moldes foi atingido esse compromisso na Carbogal ? Gostaa de ter mais detalhes.

Obrigado!

O Caranguejo.

José Leal disse...

Peço desculpa pela minha ignorância, mas passa pela cabeça de alguém que a Autarquia possa fazer algo no caso de as Multinacionais instaladas em Sines começarem a efectuar despedimentos em massa?

José Leal

Mãe preocupada disse...

Como mãe não posso deixar de manifestar a minha preocupação pelo que se está a passar , no mundo, no país e em sines .
Tenho filhos com idade de entrar na vida activa e para os quais não vislumbro uma réstea de esperança. Como eles estão dezenas de jovens, sobretudo rapazes, suspensos , aguardando pelos postos de trabalho prometidos pelo 1 º ministro, quando da sua vinda a sines para o relançamento das novas unidades da repsol.
Alguns deles com percursos escolares que apontavam noutra direcção, mas a quem foi dito que o futuro, o trabalho e as boas remunerações estavam em Sines.
Agora esperam. Pelo quê ? e até quando?

preocupada disse...

Como mãe não posso deixar de manifestar a minha preocupação pelo que se está a passar , no mundo, no país e em sines .
Tenho filhos com idade de entrar no mundo de trabalho e para os quais não vislumbro uma réstea de esperança. Como eles estão dezenas de jovens, sobretudo rapazes, suspensos , aguardando pelos postos de trabalho prometidos pelo 1 º ministro, quando da sua vinda a sines para o relançamento das novas unidades da repsol.
Alguns deles com percursos escolares que apontavam noutra direcção, mas a quem foi dito que o futuro, o trabalho e as boas remunerações estavam em Sines.
Agora esperam. Pelo quê ? e até quando?

Fundamental e o Acessório disse...

Questiono-me muitas vezes se esta crise será devastadora em termos sociais ao ponto de pensar-mos em viver novamente da terra... pensamento baseado em discussões antigas com é mais antigo e tem mais sabedoria.
este efeito dominó parece-me que é um facto. O ser grande abalo ou pequeno abalo é secundário, porque vai existir um abalo.
A economia real vive de bens necessários à condição humana (Maslow), tudo o resto é efeitos de uma necessidade imposta. Ganhamos mais, temos mais qualidade de vida, mas temos menos dinheiro... o dinheiro é futil, serve para ter, seja o que for. Este sentimento do ter para ser é incutido desde cedo aos miudos, que só são alguêm se tiverem aquilo que os outros desejam...

A economia vai romper o saco pelo fundo, será somente um furo, mas como não existe muita coisa sólida e suficientemente grande paar tapar o buraco vai se esvair até ao ultimo grão. talvez como saco vazio se tenha capacidade de o remendar, porque senão temos de construir um novo.

Não sou pessimista por natureza mas estes tempos fazem-me pensar em algumas situações menos agradáveis.

Peço que façam este exercico mental:
" se eu for para o desemprego, como vai ser?" fundo de desemprego, podem pensar... mas será que vai " alimentar " todos os desempregados? tem capacidade para isso? quem "alimenta" o fundo de desemprego?
2º " sem fundo de desemprego vou viver do quê?" agricultura? pesca? ( como está a pesca deve ser fome logo no 1º mês..)caça? como vou pagar a casa? vivo do quê? e os meus filhos?

sem querer ser ave de mau agoiro, este cenário está perto, mais do que se deseja... vejam os USA... já há fome.

Reflectir para não ser apanhado de surpresa.

fiquem bem.

Pedro Ventura

Anónimo disse...

No meio de todo este arrozal só uma coisa me preocupa: quem vai pagar os 320 milhões gastos ao erário publico em beneficio da empresa espanhola La Seda de Barcelona?

Anónimo disse...

Aqui está um tema essencial para ser discutido, mas não, o pessoal, está todo concentrado no SIM.
Mais importante que isto tudo, é a manutenção dos postos de trabalho, do qual sobrevivem inúmeras familias, a ser verdade ou a concretizar-se será efectivamente um efeito dominó. E não haverá meneira de se dar a volta ou inverter esta tendência que se faz parecer... existe sempre uma esperança, vamos a ter calma e pedir para que não passe de um situação pontual e sem repercurssões.

forasteiro disse...

"anda tudo a assobiar para o ar"

Disse um comentador. Mas é verdade o que ele disse!
Quando se colocam temas sérios e a sério, aparecem logo os comentários "futeis" politiqueiros e até desajustados da realidade.
Que é um cenário de recessão e de potencial desemprego, comparado com festanças, futebóis ou maus humores "coelhinos"?
Muitos opinadores apenas porque lhes apetece "desancar" em alguém. Do resto, não lhes interesa o que não me parece nada bem...São factos que constato, "mainada".

Luis Maldonado disse...

Diz o Bráz: "do investimento da Artenius estar longe de andar ao ritmo previsto".
Não sei como obtiveste estas informações, mas ainda na semana passada a obra da Artenius estava a um ritmo muito rápido, não parecia haver problema nenhum!

União de Sindicatos - SINES disse...

Há de facto uma Informação da decisão da redução ou suspensão da actividade em situação de crise empresarial
_______________________

Este é o teor do epígrafe que conhecemos mas com contornos não definidos.
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Hoje, dia 21, os trabalhadores reunir-se-ão no Sindicato para avaliar apenas a situação.
_________________________
Tudo quanto for dito para além disto, para já é, especulação.

Anónimo disse...

Òh grande luís Maldonado…
Claro que a obra Artenius está a voar a 100 à hora. A CGD já desembolsou os tais 320 milhões para pagar as máquinas e aos desempregados de Portalegre despachados para Sines. Incluindo, claro, o vistoso ordenado do «Chefe de Projecto» que garante que o investimento é super-rentável.
Super-rentável para ele porque aos desempregados de Sines nunca lhes dará o cheiro de tão grossa maquia.

Anónimo disse...

Por enquanto circulam apenas rumores, mas normalmente é assim que tudo começa. É evidente que basta o rastilho ser ateado para que o efeito dominó se desenvolva em Sines, e isso teria consequências imprevisíveis a todos os níveis. Nem quero pensar nisso, mas preocupa-me e é desconfortável ter esta sombra a pairar-me sobre a cabeça. Penso que é preciso seguir esta situação com muita atenção, e talvez seja oportuno criar-se um gabinete, ou uma estrutura bem representativa para ir acompanhando o evoluir da realidade empresarial, económica e social do concelho. Penso que é oportuno monitorizar esta situação quanto antes para não sermos apanhados de surpresa porque muitas vezes quando a informação surge é já om factos consumados o que não deixa margem para agir e tomar medidas no timming certo.

Anónimo disse...

"Ganhamos mais, temos mais qualidade de vida, mas temos menos dinheiro... o dinheiro é futil, serve para ter, seja o que for."
ó v'zinho decida-se de uma vez... pois não há mar para tanto pescador...:-((

Fundamental e o Acessório disse...

eu explicava-lhe mas como não sei quem é...

Anónimo disse...

Existe crise/despedimentos em Sines é um facto mas por experiência observo na nossa juventude que quando entram no mercado de trabalho querem ganhar o mesmo que algumas colegas com muito mais experiencia e tudo o que é a baixo de 1000euros é pouco e mais revelam que não tem brio profissional, o que hoje em dia é muito usual, temos que ser produtivos, empenhados dar o nosso melhor, é assim que as empressas se afirmam, se valorizam, que conseguem competir com outros mercados, quando todos nós agirmos assim seremos de facto um pais melhor, mais evoluido e ai sim com melhores salarios!

Anónimo disse...

Já agora digam-me se alguem vive com menos de mil euros neste pais e em sines que é das zonas com o nivel de vida mais elevado?

Anónimo disse...

excelente análise e perspectiva. esta sim é uma preocupação transversal à sociedade siniense e região. era importante existir um plano de contingência, suportado num pacto de regime entre os partidos locais.

Parabéns braz plo trabalho que vens desenvolvendo

amorais disse...

A cor do sangue que corre nas veias do Complexo de Sines e o alimenta é negro como o crude o petróleo em bruto que aqui chega em superpetroleiros.Só que o petróleo não vai durar para sempre e dentro de uns 30 anos torna-se um bem escasso com preços exorbitantes atingido de uma forma grave os investimentos baseados na matéria prima do petróleo que deixam de ser rentáveis e na melhor das hipóteses são desmantelados e reciclados.É nesta altura de crise nacional e internacional que as empresas da zona podem aproveitar para fazer um upgrade e tornarem-se mais verdes e ecológicas em todos os sentidos poupando energia reciclando e diminuindo os resíduos líquidos e sólidas da sua exploração e começando a inverter o rumo dedicando-se a outras actividades como por exemplo os serviços e outros para se libertarem do monopólio das energias fósseis reinantes na zona industrial do Complexo de Sines.O futuro está tambem na energia nuclear que não produz gases com efeito estufa e de que Sines poderá ter a primeira central nuclear em Portugal depois de terminado o ciclo da exploração térmica a carvão que é uma das maiores fontes de poluição a nível nacional e europeu de carbono para a atmosfera gás com efeito estufa e cujas emissões nos próximos anos serão severamente limitadas a nível da União Europeia.Quanto ao combustível do futuro será extraído da água do mar salgado e será o hidrogénio que depois de utilizado se transforma em vapor de água que irá retornar ao mar através do ciclo da água evaporação nuvem chuva rio até ao mar oceano.A água para consumo humano e industrial provávelmente tambem virá do mar depois de desalinizada.Tudo isto para chamar a atênção aos crânios que o modelo de investimentos que imperou até agora não é a solução para um futuro melhor e mais verde em que a opção é entre a vida do planeta terra vivo" GAIA" e um desastre a nível mundial que pode eliminar o ser que produziu toda esta alteração do aquecimento global o ser humano.Em relação aos trabalhadores da zona com o emprego em risco façam como muitos dos seus amigos já fizeram foram trabalhar para o estrangeiro onde são melhor pagos sendo actualmente uma das maiores fontes de riqueza de Portugal esta mão de obra de centenas de residentes na região que se desloca temporáriamente para o exterior onde são muito elogiados pela sua qualidade e entrega profissional e bom ambiente nas relações laborais com as entidades patronais.Aos jovens que tiverem essa hipótese terminem a sua formação curricular no exterior e fiquem por lá depois de licenciados a ganhar experiência que depois lhes pode ser muito útil no futuro em Potugal.As empresas de futuro são aquelas que nestas alturas de crise se preparam em tempo útil para enfrentar os novos tempos económicos que aí virão mais tarde ou mais cedo destacando-se das outras que irão ficar pelo caminho por não saberem adaptar-se e se afundarão porque o horizonte delas foi limitado pela vistas curtas dos seus responsáveis amarrados a uma gestão em que o lucro é a razão maior da existência da empresa e não a sua sobrevivência como um bem para a sociedade pelo emprego gerado.Não tenham medo do futuro só tenham medo do presente se continuarem amarrados ás ilusões do passado.Mas como as palavras escritas são um grito de alerta congelado no tempo que há de vir e as palavras faladas leva-as o vento pode ser que as cabeças deste condado sirvam mais do que para lá colocarem o boné e comecem a pensar nestes pormenores aqui descritos.

Anónimo disse...

""amorais"" É por isso mesmo que o governo está a investir nas energias alternativas, para mais tarde não sermos dependentes .Infelizmente há muita gentinha que não alcança esta estratégia do governo e só fala da boca para fora, o mesmo se passa em relação ao investimento que o governo está a fazer na educação

Anónimo disse...

se trabalhar de dia e de noite é estar longe do ritmo previsto..

Anónimo disse...

A Carbogal está viva e de boa saúde. Deixem-se de bocas!!! Eu trabalho lá....