terça-feira, 21 de abril de 2009

Critérios de Sócrates na RTP1

Para José Sócrates a queixa "anónima" de um dirigente do CDS de Alcochete, que iniciou o processo Freeport, teve como alvo o Politico não o cidadão, já a sua queixa de injúria e difamação a nove jornalistas foi contra cidadãos.

A denúncia de licenciamento ilícito não será sobre um cidadão investido na qualidade de Ministro e a queixa apresentada contra os jornalista não será sobre nove cidadãos no exercício da sua profissão de jornalistas?

Na dúvida mudei de canal.

15 comentários:

Anónimo disse...

GRANDE SÓCRATES um espectáculo, não o dobram nem vergam grande homem e grande MINISTRO, onde está a alternativa?
Simplesmente fabuloso, destes há muito poucos

José Leal disse...

Este é o País, em que os Galos no Poleiro estão habituados a agir como bem entendem. Este é o País, em que a corrupção e os desvios fraudulentos de capital coabitam paredes meias com a crescente pobreza e o desespero de quem trabalha diariamente. Este é o País, em que apenas vai preso quem não roubou o suficiente para poder pagar a um Advogado de renome.

Isto sim é Portugal!

José Leal

Anónimo disse...

NÃO HÁ DUVIDA UM GRANDE DITADOR, CORRUPTO E PIOR ANDA A LIXAR QUEM TRABALHA, QUERES MAIORIA TOMA LÁ, COMO DIZ O ZÉ POVINHO.


VAI MORRER LOGE SOSCASTE

Marius Herminius disse...

Peço desculpa por fazer minhas as palavras de alguém que não me merece simpatia alguma e que é o Sr. D. Duarte Pio.
Essas palavras foram proferidas em 1991/2 a propósito do livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago e que serão mais ou menos estas: “Eu não li o livro mas acho que é uma merda”.

Assim, e porque também eu me acho no direito de, uma vez por outra ser ordinário, direi que eu não assisti à entrevista do nosso 1º mas acho que ela terá sido uma merda.
E escrevo isso porque recordando as últimas declarações desse Sr. que nos (des)governa, a conclusão só pode ser aquela.
Não vou comentar a sua licenciatura.
Não vou imiscuir-me nas suas primorosas incursões nas obras de construção civil.
Não quero sequer pensar no caso Freeport (“Freepor”, segundo o Inglês Técnico do nosso 1º…).
Tento esquecer as ramificações que alastram entre a família e os colaboradores mais próximos da pessoa em questão.
Nem sequer tenho em mente as patéticas aparições públicas nas quais patrocina eventos que mais não são do que pura propaganda, tal é a sua vacuidade.
Ou seja: Eu não quero saber de nada disso e, ainda assim, quase que garanto que a entrevista terá sido uma merda, perdoem-me que repita a injúria.
E sabem por quê? É que eu prefiro mil vezes ser ordinário do que anjinho, em especial quando falo de pessoas ordinárias.
Exagero, dizem…
Olhem que não! Olhem que não!

Carlitos disse...

O homem está a tornar-se demasiado agressivo.

Do conteudo da entrevista valeu o anuncio do alargamento do subsídio social de desemprego.

E não será por causa do caso Freeport que o PS perderá a maioria, mas sim pela forma como este (des)governo tem conduzido o pais

Bruno Leal disse...

Bem dito José Leal!

Bruno Leal disse...

Sr. Marius Herminius, não viu mas devia ter visto, porque este homem a quem se refere, não tem só defeitos. De entre todos os candidatos a 1º Ministro quem é que o senhor vê com mais capacidade para governar o País? Ferreira Leite, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Paulo Portas são alternativas válidas? Quanto a Francisco Louçã, admito que vejo nele uma pessoa com capacidades suficientes para essa função, mas devemos contextualizar essa hipótese na dura realidade eleitoral.
Alguém há pouco tempo lançou a questão, "Queremos um Primeiro-Ministro xico esperto ou queremos um Primeiro-Ministro comedido e honesto?" Não sei se foram estas as palavras exactas, mas o sentido era esse. O que queremos nós afinal?
Quando Sócrates foi eleito Primeiro-Ministro há 4 anos, eu não gostava dele, não me esqueço de quando ainda era Ministro do Ambiente, dentro de um autocarro à chegada a Souselas, sorrir com ar de gozo ao passar pela manifestação contra a incineração. Essa imagem ficou-me gravada na memória e jamais a esquecerei. No entanto, passados 4 anos e analisando governos anteriores, pergunto, quem melhor do que Sócrates neste momento?
Quererei eu um Primeiro-Ministro xico esperto? Não sei, ainda não decidi sobre essa questão. O que é certo é que lhe reconheço grandes qualidades, sendo que defeitos também os tem, como a intransigência, a arrogância e o propagandismo em que insiste em cair. Mas pergunto, não será isto mesmo que os Portugueses querem? Já se esqueceu de quem ganhou a eleição para o maior Português de todos os tempos?

Anónimo disse...

VIVA o SÓCRATES, desculpem não há alternativa.

Luis Maldonado disse...

Já lá diz o povo... Quando sentem os tomates apertados, não há quem não guinche...

Marius Herminius disse...

Caro Bruno Leal
Começo por lhe recordar que, de facto, não há ninguém que tenha só defeitos. Dizem que Staline gostava muito de crianças (ao pequeno almoço, presumo…) e que o próprio Hitler ficava enternecido ao ver as longas filas de judeus que aguardavam a sua vez de “tomar banho” com o Zyrkon B.
Passados estes dois exemplos repletos de ironia, vamos ao que interessa.
Segundo o que li, o meu Caro Bruno Leal escolhe o menor dos males. Como Ferreira Leite, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Paulo Portas não são alternativas válidas, no seu entender, votará em Sócrates. Estaria muito bem se em Portugal fossemos obrigados a votar, mas não é. E ainda que fosse o caso, poderia sempre votar em branco, por exemplo.
Eu gostaria que Bruno Leal, caso fosse possível, respondesse à pergunta “Queremos um Primeiro-Ministro xico esperto ou queremos um Primeiro-Ministro comedido e honesto?".
Eu respondo-lhe sem sombra de dúvidas: Eu EXIJO um Primeiro-Ministro honesto e pode até nem ser comedido. Sobre esse aspecto eu não tenho dúvidas algumas, mas há quem as tenha, infelizmente!
Depois reparo que Bruno Leal não gostava de José Sócrates por causa de Souselas, onde sorriu com ar de gozo perante uma manifestação mas agora, comparando-o com outros, já acha que seja aceitável para primeiro-ministro ainda que – não há muito tempo - quase tenha insultado as quase duzentas mil pessoas que se manifestaram em Lisboa quando as acusou de se deixarem instrumentalizar por um determinado partido.
Se posso concluir, direi que Bruno Leal continua a escolher baseado na mediocridade e continua a não querer usar o voto em branco, por exemplo, para demonstrar a sua não aceitação de qualquer dos candidatos.
Reparei também que Bruno Leal enumera alguns dos eventuais defeitos de José Sócrates mas não refere nenhuma das qualidades que diz ter. É sintomático, direi, apenas e só.
Meu Caro Bruno Leal. Eu não sei quem os Portugueses querem como primeiro-ministro, assim como não desconheço qual a figura que elegeram como a maior Português de sempre. Mas uma coisa eu lhe afianço:
Eu sei quem não quero e sei em quem não voto e nunca me verá seguir a carneirada – permita-me o termo – que elegeu Salazar como o “Maior” e por uma razão muito simples:
É que quem votou em Sócrates também elegeu Salazar e vice-versa.
Estou a ser injusto? Talvez esteja, mas não errarei por muito.

Cumprimentos

Márius Herminius

Bruno Leal disse...

Caro Marius,
Quero que saiba que não coloco de forma de alguma de parte, o voto em branco. É algo sobre o qual medito, cada vez mais frequentemente.
Em relação às qualidades, não as mencionei por parecerem-me óbvias, mas enumero algumas, tais como a capacidade de decisão, o espírito de liderança e a consequente capacidade de reunir esforços entre os seus, a capacidade negocial, julgo que isso ninguém lhe tira e para não me tornar chato, abstenho-me, coisa que nunca farei eleitoralmente, de mencionar mais, até porque corria o grave risco de alguém me chamar "xuxialista" signifique isso o que significar...
Entre um Primeiro-Ministro xico esperto e um primeiro ministro honesto e comedido? Não sei, já lhe disse, até porque xicos espertos há muitos e olhe que de certeza que não são todos iguais.
Em relação à teoria de que aqueles que votaram Salazar são os mesmos que elegeram Sócrates, discordo completamente e julgo que o senhor também o consegue perceber.

Cumprimentos

Anónimo disse...

De facto eu vi a entrevista e acho que foi uma merda. O Sr. 1º é arrugante quanto baste e ai de quem o contrariar. Essa é aliás uma cacteristica muito sua, sei de fonte fidedigna que assim é, e isso foi bem patente na recta final da entrevista.
Não votei no sr., julgo mesmo que muitos que votaram não o vão fazer mais e isso prende-se obviamente com todo o que se está a passar no pais. Mesmo antes da crise rebentar muitos já duvidavam quanto a intenção no voto. Há naturalmente gente satisfeita não é Fernandinho, mas vamos esperar.
Aninhas.

Marius Herminius disse...

Ó Bruno Leal!

Eu não queria voltar a este tema mas há uma afirmação sua que me fez recuar.
Eu não quero crer que acredite naquilo que escreveu e que foi o seguinte:
“ Entre um Primeiro-Ministro xico esperto e um primeiro ministro honesto e comedido? Não sei, já lhe disse, até porque xicos espertos há muitos e olhe que de certeza que não são todos iguais.”
Você mantém esta frase?
O Bruno Leal tem dúvidas quanto ao ter um Primeiro-Ministro honesto ou um “xico esperto”? Realmente! Imagino o que seja se uns largos milhares de eleitores pensarem dessa forma. No mínimo, todos perderemos a correcta noção de decência governativa.
O Bruno já pensou que uma pessoa honesta trata todos por igual enquanto que um “xico esperto” trata as pessoas consoante o seu humor ou interesse pessoal?
Continua a ter dúvidas sobre quem optar?
Diz também que “xicos espertos há muitos”, como se uns pudessem ser melhores do que outros.
Quanto a mim, que detesto a “xicoespertice”, não consigo ver diferenças algumas entre aqueles que nos tentam enganar, pensando que somos todos parolos.
Por definição, um “xico esperto” é alguém que vive de expedientes e passa por cima das regras ou das leis de modo a poder fazer o que muito bem entende; é alguém que vive à custa do trabalho dos outros, como os parasitas; é alguém que só consegue subir na vida pisando os que com ele convivem e por isso não hesitará em atropelar quem se lhe oponha.
Em suma, os “xicos espertos” não passam de gigantes com pés de barro e completamente ocos de inteligência, de ideias e de princípios.
O Bruno Leal ainda tem dúvidas?
Espero bem que não, para bem de todos nós.

Cumprimentos.

Marius Herminius disse...

Ao anónimo das 11:22 quero dizer que fico feliz por "destes" haver muito poucos. É que se um já custa aturar, imaginem o que seria se houvesse muitos.
Há situações em que o haver "muito poucos" ainda é demasiado. É o caso presente.

Bruno Leal disse...

"O Bruno Leal ainda tem dúvidas?
Espero bem que não, para bem de todos nós."

Caro Marius Herminius,

Para começar, a minha opinião não é assim tão importante a ponto de afectar esse "todos nós" que referiu.
Mas em relação à xico-espertice, não entendeu onde quis chegar, até porque já entramos por questões mais filosóficas. Ou seja, como sempre, temos que tentar enquadrar as coisas na realidade. E a realidade mostra-nos que se não somos espertos não passamos da cepa torta, pelo menos neste País, quanto a ser xico ou não, isso já é outra história.
Em relação à decência governativa que refere, julgo não vivermos num mundo de ilusão, ou o senhor ainda acredita em histórias de encantar?
A xico-espertice é uma característica portuguesa, que podemos nós fazer contra os nossos genes? A minha curta memória tem-me ensinado que os que são honestos e comedidos, porque o comedido aqui é importante, neste País não vingam e, julgo que isso é óbvio para todos.
Partindo desse pressuposto, que não é pressuposto mas sim um facto, de que a politica é obscura e que em todos os sectores e em todos escalões isso se verifica, para que queremos nós alguém honesto? Isto está tudo viciado meu caro. Eu, defendo uma mudança drástica, que possibilite uma adaptação da Democracia, porque julgo ser essa a sua grande mais valia em relação a qualquer outro regime, mas enquanto isso não acontecer, temos que nos adaptar Às circunstâncias e é isso que eu faço ao defender o Sócrates no panorama actual. Isto não significa que defenda a xico-espertice, mas como as coisas estão e olhe que não é só na politica, que podemos nós fazer? Para começar ninguém chega à liderança de um partido sem ser um bocado xico e um bom bocado esperto, por isso de entre as opções que nos dão, porque infelizmente não somos nós a escolher os candidatos, Sócrates é sem dúvida o melhor. Temos aliás um exemplo de xico-esperto no FCP, que duvido que prejudique o próprio clube a que preside, agora se o Sócrates prejudica o País que governa ou não, não sabemos, apenas podemos supor, até porque como sabe a justiça que temos só funciona para alguns. Concluindo, eu aceito e compreendo a sua posição, mas a realidade é outra e nós bem podemos perder tempo a pregar no deserto que ninguém nos ouve. Quando acontecer essa tal mudança que eu defendo, ai sim, será possível a honestidade. Até lá, mesmo que tenhamos um 1º Ministro honesto, toda a chafurdice que está por baixo dele irá corroer toda e qualquer integridade que ele possa querer ter e o seu raio de acção será demasiado pequeno para liderar um País.
Considere-me um idealista realista, o que expressa bem as contradições que posso transparecer, mas que no entanto são de simples explicação, defendo uma mudança, mas como já percebi que a maioria não está minimamente interessada no que quer que seja, tenho que me adaptar, aguardando o dia em que essa mudança ocorra finalmente e ai teremos a oportunidade para reformularmos tudo o que achamos que está mal. Há que ter paciência.

Cumprimentos,

Bruno Leal