domingo, 12 de abril de 2009

Correio dos Leitores

Sem pretender, de forma alguma, dar lições seja do que for, a quem quer que seja, a leitura de muitas opiniões e respectivos comentários colocados neste blog, principalmente o tom agressivo e, por vezes ofensivo, para que estão a caminhar, suscita-me a seguinte reflexão que gostaria de compartilhar com os seus leitores, se, para tanto, o admnistrador do blog achar que há merecimento.
Vai começar mais um período eleitoral. Mais uma vez a população será chamada às urnas para escolher os autarcas e os deputados para as próximas legislaturas.
É hora de prestarmos mais atenção em quem se vai apresentar a sufrágio, para a partir de critérios claros, escolhermos políticos que sejam realmente comprometidos com o interesse público e o bem comum.
É certo que temos bons e maus políticos, assim como bons e maus médicos, bons e maus professores, e assim por diante. O que não podemos é cair no reducionismo de achar que ninguém presta, demonizando os políticos e considerando que todos são corruptos e aproveitadores. Também no meio político vamos encontrar joio e trigo crescendo juntos. Temos que, portanto, saber discernir para que possamos evitar generalizações e até preconceitos.
A melhor forma, quanto a mim, de errar menos na escolha dos próximos candidatos é buscar colher informações sobre a vida de cada candidato, saber exactamente o que ele fez no passado, com o que esteve comprometido, o que realmente conseguiu fazer, se foi fiel à sua palavra e propósito, e se há coerência entre discurso e prática, especialmente se tem uma vida pautada em valores. É assim que, quanto a mim, conseguiremos escolher melhor, apostando naqueles que podem dar uma contribuição efectiva para o desenvolvimento da nossa cidade e do nosso país. Hoje, o povo está cansado de palavras, de discursos demagógicos e promessas vãs. O bom político é aquele que age como liderança local, cumpre a sua palavra, pensa e apresenta propostas criativas para a solução de tantos problemas existentes, mas propostas estas, muitas vezes, construidas junto com a comunidade, ouvindo as bases, colhendo informações, e empenhando-se para chegar ao máximo consenso, pois numa democracia, como eu a entendo, ninguem vence no grito, mas no convencimento. Daí que a paciência, o diálogo, a transparência, a dedicação e perseverança em bons projectos, tudo isso faz um bom político, especialmente aquele que continua estudando e partilhando a sua experiência com outras lideranças da sociedade, para que juntos possam oferecer alternativas viáveis, projectos de empreendimentos que tragem melhorias para a população, em todos os aspectos.
Espero que neste ano prevaleçam a razão e o bom senso, sem os emocionalismos típicos das campanhas meramente marketeiras.
As pessoas querem mulheres e homens públicos que dêem orgulho à colectividade, que honrem e dignifiquem os cargos que ocupam, pois os eleitos são os legítimos representantes do povo, servidores e trabalhadores do bem comum. Desejo sucesso àqueles que são candidatos e estão realmente imbuídos de bons propósitos, para que consigam êxito na campanha, com a esperança de que tenhamos nas Câmaras, autênticas lideranças de verdadeiro ardor cívico, pois é o que estamos precisando, para dar ânimo a todos.
E agora caros concidadãos, amigos e adversários políticos, uma boa Páscoa, e vamos deixar de nos agredir tanto.
Luis Parreira Lobo

7 comentários:

Anónimo disse...

Que ganhe o "melhor"...para Sines!

Luis Maldonado disse...

100% de acordo, Sr. Lobo. Vou tentar seguir o seu conselho, para o bem e para o mal!

Anónimo disse...

Amigo L.Lobo , vamos todos meditar e interiorizar a sua mensagem é 100% verdadeira ,e era assim que devia de ser ,mas há os ses, o que torna o caminho ás vezes difícil.

A melhor forma, quanto a mim, de errar menos na escolha dos próximos candidatos é buscar colher informações sobre a vida de cada candidato, saber exactamente o que ele fez no passado, com o que esteve comprometido, o que realmente conseguiu fazer, se foi fiel à sua palavra e propósito, e se há coerência entre discurso e prática, especialmente se tem uma vida pautada em valores. É assim que, quanto a mim, conseguiremos escolher melhor, apostando naqueles que podem dar uma contribuição efectiva para o desenvolvimento da nossa cidade e do nosso país.

Seguindo esta sua análise, dos três candidatos conhecidos até agora , só há um limpo Idalino Josée mais nenhum , pelo menos até prova em contrário

Anónimo disse...

Não roubarás.

Não matarás.

Não invejarás.

Não te deitarás com homem como com mulher.

Não aliciarás os autarcas para te favorecerem em loteamentos municipais.

Ops, parece que a coisa começa a descambar.

LUIS PARREIRA LOBO disse...

SR. ANÓNIMO DAS 7:08, ABRIL 12, 2009.
DEVE ESTAR A FAZER QUALQUER CONFUSÃO. NADA TENHO A VER COM LOTEAMENTOS MUNICIPAIS OU OUTROS. HÁ MAIS "MARIAS NA TERRA". UM BOM DOMINGO

Marius Herminius disse...

Sr. Luís Parreira Lobo

As intenções expressas no seu texto são excelentes e concordo com elas a 100%.
O problema é que elas são tão edílicas que só terão aplicação no Céu, e ainda assim não tenho a certeza.
Repare neste seu excerto: “A melhor forma, quanto a mim, de errar menos na escolha dos próximos candidatos é buscar colher informações sobre a vida de cada candidato, saber exactamente o que ele fez no passado, com o que esteve comprometido, o que realmente conseguiu fazer, se foi fiel à sua palavra e propósito, e se há coerência entre discurso e prática, especialmente se tem uma vida pautada em valores”.
Conhece alguém que passe por este crivo de modo a que possa ser eleito?
Tente aplicar esta teoria ao nosso 1º, por exemplo.
Acha que ele será reeleito?
Acha que ele merece ser 1º Ministro de Portugal?

Espero não estar a ser agressivo nem insultuoso já que, quando me cantam cantigas de embalar, costumo ficar com a “birra do sono”.
Mas valeu pela tentativa.

Cumprimentos

LUIS PARREIRA LOBO disse...

Sr. MARIUS HERMINIUS,
Espero que tenha tido um Domingo de Páscoa agradável e bem passado.
Quanto ao seu comentário, merece-me a seguinte réplica:
- Tem toda a razão. As minhas intenções são, de facto, edílicas, porque precisamente se referem à escolha de indivíduos que reúnam as qualidades que, no meu entender, são de exigir a quem pretenda ser edil - vereador - ou seja, membro da edilidade ou vereação, que tem a seu cargo gerir os interesses de um município, podendo, por conseguinte, designarem-se os seus actos de gestão, como actos edílicos, o que seria um preciosismo de linguagem que, naturalmente, ninguem usa.
Porventura, pretendeu classificá-los de idílicos, ou seja resultantes de um puro sonho.
Não o creio. Tenho a certeza que há muita gente séria e honesta porque se acho que todos os outros são imperfeitos, considero-me como única excepção, torno-me o meu próprio ideal, ou seja, só idealizo (e amo) a mim mesmo. Quem assim julga, está quase sempre mais preocupado em comemorar a sua própria integridade do que em entender o outro.
Uma coisa é o senhor achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é único.
Desculpe-me Sr. Marius Herminius, - CREIA EM SI, MAS NÃO DUVIDE SEMPRE DOS OUTROS -.
Quanto ao que eu acho do primeiro ministro, reservo-me o direito de não lho dizer. Quanto aos critérios de exigência na sua escolha, sustento que deverão ser os mesmos já indicados para os outros cargos.
Com os meus cordeais cumprimentos.
LUIS PARREIRA LOBO