terça-feira, 10 de março de 2009

Autárquicas 2009 II

À medida que vão saltando das cartolas, em truques de ilusionistas amadores, os nomes dos candidatos dos vários partidos que pretendem, nesta fase particular da Democracia Siniense, apontar o caminho certo para o desenvolvimento desta nossa querida terra, a desilusão vai tomando conta de mim. Não é que não fosse já expectável que as coisas ocorressem desta forma, mas por via das dúvidas sou um sonhador, talvez por isso me desiluda habitualmente. De um lado temos o passado que nos prende ao fundo da baía de Sines, do outro pessoas que não demonstram energia suficiente, para contagiar de forma significativa os Sinienses.
Idalino por exemplo, que ganhou em ter sido o 1º a assumir-se, não sei se oficialmente, o que já de si é estranho, não falou ainda. Dele não ouvi nem li nenhuma declaração, nada de nada.
O Micael, julgo que também já é o candidato PSD e dele também nem uma única palavra, li ou ouvi.
Acredito e creio, que a responsabilidade pesa, mas não deveria um candidato mostrar-se entusiasmado com a vitória na comissão política? Não deveria ser essa a sua 1ª vitória a festejar com um anúncio público da sua candidatura?
Isto demonstra que as comissões políticas tal como são, não funcionam, não fazem sentido quando se pretende e deve abrir um partido, porém, não sei se será isso, aquilo que se pretende...
Mas no caso de ser isso aquilo que se pretende, a eleição dos candidatos, deveria ser feita por voto secreto de todos os militantes inscritos naquela concelhia. Não faz aliás sentido de outra forma, a não ser que assumamos de forma clara e aberta, o compadrio e os favores. Porque é isso que o actual funcionamento dos partidos sugere ao Povo.
O mais grave, é que este tipo de política permite que certas pessoas e grupos, se mantenham no poder, mesmo de forma claramente incompetente e que uma terra com tantas potencialidades se atrase assim, em relação a tantas outras cidades.
Cego é quem não vê que a política se está degradar perante o Povo e que isso tem consequências, que só se poderão travar mudando a política e abrindo-a ao cidadão de forma livre e descomprometida.
P.S. - Este blog, em que os comentários de concordantes e discordantes, são permitidos, é um bom principio para esse caminho...

18 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me dado assente que é urgente uma renovação na política sineense, marcada pelo aparecimento de novas caras e de novos projectos.
Paralelamente, verificamos que muitas das opções e decisões políticas adoptadas em Sines não foram as adequadas à prossecução dos interesses dos cidadão e do concelho.
Resulta igualmente que a CMS personifica a má gestão que, ao longo dos anos, tem pautado a actuação dos órgão camarários.
Verificada a factualidade supra, parece-me excessivamente redundante, para não dizer enfadonho, continuarmos sempre neste tipo de discurso.

De facto, este incessante continuar de rebater de responsabilidade para outrém parece subverter a essencialidade de qualquer democracia.
Não podemos continuar a ver a política como algo distante e como que dotado de personalidade jurídica e autonomia.
A política somos todos nós, pois só através da política podemos debater e encontrar soluções para os reais problemas que nos afectam.

Urge, pois, dar a cara, participar activamente, dar ideias...
Deixemo-nos desta postura excessivamente umbiguista pautada pela crítica recorrente e repetitiva.

Sines merece melhor é certo mas, as causas e os projectos concretizam-se através das acções numa lógica de continuidade e futuro.

pf

Anónimo disse...

O povo é sereno !

Anónimo disse...

Apoiado

Anónimo disse...

O Bruno mete o dedo em várias feridas e construiu um post pleno de oportunidade. De facto, o mundo politico siniense deixa cada vez mais a desejar e está em contra ciclo. Há claramente gente que já não é reciclável, que não acompanharam a necessidade de uma mudança da praxis, na forma de fazer política e de reganhar a confiança e a credibilidade dos eleitores. Por outro lado existem outros que não sabem nem percebem nada de ciência politica e hão-de ser sempre uns verdadeiros barrascões. Eles estão aí, à vista de todos e encontram-se em todos os partidos representados na sociedade siniense. São eles que estão a afundar Sines em vários aspectos. Um exemplo: o prédio de Stªa Catarina na falésia não é apenas culpa da CMS. É culpa de todos os partidos e da sociedade civil siniense que não interviram nem agiram como se impunha. Assim como outras questões importantes de Sines, com que nos debatemos.

Bruno Leal disse...

Não estou a falar só de Sines, mas aplica-se.

Anónimo disse...

até que enfim que o sr bruno fez uma postagem que abrange a nossa politica a nivel nacional.
vejamos:
no PP, o paulo portas tinha que voltar será que não havia mais ninguém,
no PSD, foi a ferreira leite,quando estava a concorrer com ela uma nova figura os velhos do restelo não deixaram,
no PS, não basta já o socrates e os seus ministros alguns já bem reformados, ainda têm dentro do partido com responsabilidades pessoas como o almeida santos, mario soares entre outros,
no PCP, como reza a história devia ser o partido dos velhos, tinha agora para lançar o bernardino soares sempre é jovem,não lançou
no BE, não pode haver renovação porque o dono do partido é o louçã.

se estes exemplos vêm de cima o que é que pretendemos para as nossas regioes.
metem jovens para ser aprovados nas distritais ou concelhias são logo chumbados pelos velhos do restelo, ou dinossáuros.
se aparece dentro dos partidos alguém com uma visão diferente, já se vendeu, é dissidente, ou renovador, tem ideias parvas, etc...

e assim o nosso país vai andando, com a desculpa da crise, mas as grandes empresas apresentam lucros fabulosos e os trabalhadores que são aqueles que dão esses lucros vão sendo despedidos.

andamos nós aqui a ofendermo-nos uns aos outros, atacando as pessoas a qualquer preço atrás do anonimato como eu faço PARA QUÊ?

Anónimo disse...

Talvez as palavras não sejam suficientes. Talvez a espera não seja suficiente. Porque não agir? Porquê ficar preso, unicamente, às críticas?
Porque não deixar o «se», o «se fosse eu», ou o «se não fosse aquele» de lado e ir em frente?
Nós, jovens deste país (20 - 30 anos) fomos educados por uma geração «afortunada», deram-nos tudo, habituaram-nos a consumir e a pensar que não há problemas. Não fomos habituados a pensar ou a lutar por aquilo que queremos, encontrámos a facilidade.
As consequências vão-se sentindo... Mas, inevitavelmente, as coisas vão ter que mudar. Temos que ter mais confiança em nós e ter consciência de que depende de nós, em democracia é possível que a força, a confiança, a inteligência de um grupo pode mesmo fazer a diferença.
Depende mim. É isso que eu penso. Todos os dias sinto essa responsabilidade. E não a delego em ninguém... É um prazer tê-la!!

Anónimo disse...

Está na hora de não só discutir pessoas mas as ideias das pessoas. algumas sugestões:
-ambiente.
-Segurança
-Mercado Municipal
-Obras do anterior executivo, prioridades de investimento e análise critica do que foi feito e é necessário fazer.
-O que foi feit/mal feito ou está por fazer, é da responsabilidade de quem M.Coelho?, PcP?

Anónimo disse...

Há efectivamente um grande debate para fazer ao nível de Sines. Que Sines queremos construir? decerto que os "homens" bons da nossa terra não quererão continuar a apoiar aqueles que até agora conduziram os nossos destinos autárquicos com os resultados que temos alcançado. Sines, apesar do progresso que tem tido (mal seria se não evoluisse) continua com problemas básicos por resolver. Quer seja a nível da sua rede de esgotos (uma verdadeira vergonha em pleno século XXI), quer de rede viária, circulação na cidade de pessoas e veículos, limpeza, rede de água potável (outra verdadeira vergonha, ainda no passado fim de semana houve mais 2 rebentamentos de tubagens), enfim, um rol imenso de situações que urge resolver e para a qual a gestão actual da câmara não tem conseguido encontrar soluções nem preparar planos para ascresolver a curto prazo.
É aqui que entra o papel da oposição, sobretudo do partido socialista e do seu candidato, visto ser a força politica que terá alguma hipótese se introduzir na luta pela presidência da câmara. Mas onde pára o seu candidato? será que o moço quer mesmo ser presidente de câmara? Não me parece!
Vamos discutir ideias, agora que muitos jovens parecem estar disponíveis para isso tal como neste blog tem transparecido. A geração dos kotas já mostrou do que é capaz. Está na hora de irmos passando o testemunho.

Anónimo disse...

tenho-me esforçado por acompanhar este frenesim à volta das candidaturas tornadas públicas. E, até agora, com ou sem PSD a declarar formalmente a candidatura, o que temos é o arco tradicional autárquico a movimentar-se, com mais ou menos dissidências à mistura, mas o arco tradicional no seu melhor, isto é, sem novas ideias, sem programa a nascer de baixo, lutando por lugares, lutando por interesses - os seus ou interpostos. E isto é o que me parece fundamental recusar. Pessoas haverá, empenhem-se é em fugir a este torvelinho de ver quem chega primeiro, de mijar o território, de lançar lebres e, depois, condicionarem o quadro mental em que nos pronunciamos.
Renovar a política local faz-se, na minha opinião, primeiro com ideias e depois com pessoas. São precisos compromissos mais que promessas.

Anónimo disse...

É evidente que Sines precisa de novas caras na politica. O problema está na organização dos partidos e dos lobys instalados, onde se defendem mais os interesses individuais e partidários do que os interesses de Sines. Portanto, caros amigos, conformem-se que as coisas não vão mudar tão cedo.

Outra coisa: Então a comissão politica do PS Sines divulga quem é o seu candidato, e não o apresenta publicamente assim como as linhas gerais do seu projecto politico? Isto não cabe na cabeça de ninguém! Só demonstra que esta comissão politica socialista está permanentemente ausente da opinião publica de Sines e só aparece nas vésperas das eleições. Não consigo perceber esta maneira de estar na politica, quando leio noticias tipo "quisemos (órgão de comunicação social) ouvir o candidato (Idalino) mas até ao momento não foi possível!". Isto é brincar à politica, não é fazer politica a sério.

Anónimo disse...

Bruno:
De facto não podia estar mais de acordo com aquilo que escrevestes.
A tua argumentação vem de encontro ao desencanto de muitos que poderiam dar mais de si a comunidade mas tapados, presos ou melhor ainda não querendo estar sujeitos ou pactuar com o status partidario imposto, por vezes e quase sempre por pessoas incompetentes a quem foi dado poder nas concelhias, sabe-se lá como, unicamente para se mostrarem mas sem qualquer rasgo de inteligençia ou ideias que as torne uma referençia. Veja-se o caso do PS e PSD de Sines.
Alguem estará de acordo ou esperando que dali daquelas cabeças saia algo que deva merecer a nosa concordançia?
Que listas irão apresentar?
No caso do PS o Idalino já provou que não é a melhor escolha longe disso, ainda por cima acompanhado por aquele moço do centro emprego o Fernandinho. São dois tiros falhados.
No caso do PsD o candidato ao que se sabe vai ser o Micael Raposo pouco conhecido é certo, mas talvez isso o favoreça. Falta o resto que não é pouco.
O maior entrave aqui parece ser mesmo a senhora que dirige o partido.
Até Jaaaaa.

amorais disse...

Estas eleições autárquicas são um caso único na democracia local e não podem ser comparadas a outras que já houve.Quando é que apareceu nestes anos passados um movimento de cidadãos liderado pelo presidente em exercício de funções.Por isso as duas forças políticas provávelmente mais votadas tem de pensar em fazer um acordo pós-eleitoral para uma aliança para o progresso e desenvolvimento de SINES que seja benéfica para o seu povo em que a condição necessária e suficiente seja afastar os comunistas para sempre do poder autárquico nesta terra.

Anónimo disse...

Força Sr. amorais, candidate-se, de-se a conhecer para termos mais escolhas.!!!!! Quanto ao movimento Independente, com Presidente em exercicio a titulo informativo dou-lhe o exemplo do Municipio do Redondo.
Todos os dias aprendemos qualquer coisita....

Anónimo disse...

Bruno o Idalino não disse nada nem tu podias ter ouvido qualquer declaração pela simples razão de estar ausente do País.
Ou será que não pode ?
Há coisas que não se podem alterar do pé para a mão, todos temos direito a um pouco de privacidade.
Tem calma Bruno, a mudança está ai :):) muito perto é só nós querermos, tu queres eu também ..lolol

Bruno Leal disse...

Poder, pode, mas não devia...

Anónimo disse...

SÓ SE FOI NO DOMINGO, POIS NO SABADO ESTAVA À PORTA DO MERCADO, EU ATÉ FIQUEI ADMIRADO COMO É QUE ELE CONSEGUIU CHEGAR ALI SEM SE PERDER.
JÁ AGORA PARA O ESTRANGEIRO, ESTÁ EM SANTO ANDRÉ, ALGUMA VEZ ELE IA AO ESTRANGEIRO SÓ SE FOSSE OFERECIDA A VIAGEM.

Anónimo disse...

Vamos ver se é desta que o Idalino vai lá?