domingo, 30 de novembro de 2008

Para que o esquecimento não vença

Descobri recentemente o Blogue Cabo de Sines, onde obtive as fotos aqui reproduzidas, aproveitando para elaborar uma brevíssima resenha dos acidentes mais marcantes, registados em Sines, relacionados com a sua actividade industrial. Certo que outros existiram, mas estes quer pelas dimensões indisfarçáveis, como pelo impacto emocional, ambiental e económico, ficarão para sempre na memória.

Numa localidade tão despojada de homenagens traduzidas em monumentos públicos, mais que uma dever é uma obrigação que sejam perpetuadas as memórias das vitimas mortais, o sacrifício da população gravemente lesada pelos acontecimentos e louvar os actos dos heróis destes dias, efeito não é alcançado, seguramente, através de uma anónima hélice, colocada num local improvável.


15 de Agosto de 1980, explosão do navio petroleiro "Campéon", originando vítimas mortais.



Junto ao acesso à Docapesca de Sines existe esta hélice do navio "Campeon", - que sempre pensei ser um mero elemento decorativo, - espécie de Monumento a recordar o trágico acontecimento. Se isto é o melhor que conseguimos fazer para recordar o nosso passado, então não merecemos que nos recordem.


Inicio do verão de 1986, explosão de um dos tanques da APS, registaram-se 2 vítimas mortais.

26 de Maio 1987, o navio-tanque "Nisa" rebenta durante uma operação de descarga, espalhando cerca de dez mil toneladas de crude pelos areais de Sines, São Torpes, Porto Covo e ilha do Pessegueiro

A 14 de Julho de 1989, o petroleiro Marão, derrama cerca de 4.500 t de crude na sequência de um encalhe no terminal petroleiro. Procedeu-se à limpeza de 35 km de areais durante 45 dias. O rombo do petroleiro Marão, em Sines, formou uma mancha negra com mais de 20 Km quadrados.

1 comentário:

Anónimo disse...

por vezes vence, infelizmente.