Preferi Hillary Clinton nas primárias, aos poucos comecei a apreciar Obama e a acreditar na sua genuinidade e que o seu discurso têm por base uma profundidade insuspeita.
Paradoxalmente representa um problema para a comunidade afro-americana e para todas as comunidades - incluindo na Europa - que suportados no discurso do racismo, arrastam muitos políticos para o discurso dos "coitadinhos", tornando-nos reféns de minorias.
Confesso que demorei a ver o alcance do famoso "yes, we can". Se Obama negro, de infância pobre, filho de pais separados, conseguiu ser presidente da maior nação do mundo, os outros negros, latinos, asiáticos, brancos, pobres, órfãos, também conseguem alcançar o seu sonho, que terá quer ser mais que a mendicidade e ver do estado providência.
O histórico "yes, we can", para além de uma forte palavra de esperança e de crença nas nossas capacidades, também é um voto de responsabilidade. Se eu consigo, quer dizer que depende de mim, basta de me justificações com condicionalismos, porque o ser humano consegue.
O que parecia - para mim - inicialmente um mero discurso politico com uma frase dinamizador, encerra uma esperança e uma responsabilidade gigantes no ser humano.
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