sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Imigrantes e desempregados encaminhados para o Alentejo

Cerca de 30 mil imigrantes são esperados no Baixo Alentejo para suprir as carências de mão-de-obra indiferenciada que os grandes projectos programados para a região vão necessitar a curto prazo, aponta como principal conclusão a conferência Imigração no Baixo Alentejo, realizada em Beja.

Maria Ioannis Baganha, investigadora no Centro de Estudos Sociais (CES) da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, concluiu que as necessidades de mão-de-obra naquela região serão supridas com três tipos de imigrantes: os cidadãos estrangeiros residentes em Portugal, mas que, "devido à prolongada recessão económica do sector da construção civil e obras públicas" no país, procuraram trabalho no mercado espanhol, que agora se encontra em retrocesso; os imigrantes provenientes dos novos países da União Europeia, sobretudo romenos, que deambulam pelo mercado europeu à procura de trabalho, e imigrantes de outras proveniências que tenham entrado no Espaço Schengen com visto de curta duração.

Outra das conclusões do debate sustenta que o fluxo migratório para Portugal está a mudar. Hoje, a maior parte dos imigrantes na região são brasileiros que substituem os naturais dos países leste-europeus. Ioannis Baganha alerta para os "impactos mais previsíveis" associados à vinda da nova onda de imigrantes, cujos efeitos se farão sentir "no sector da habitação", nomeadamente no mercado de arrendamento e no "segmento mais baixo do mercado", admitindo o aparecimento de "habitações precárias".

Excertos do
Público, 17.10.2008 , com sublinhado da minha autoria

Após o final das obras que os chamaram, uns continuarão a deambular atrás de empresários e empresas ávidas de salários baixos, outros fixar-se-ão, mais tarde ou mais cedo, em habitação social, com Rendimento de Reinserção Social, os filhos entregues às espirais de droga e violência que normalmente os engolem. Isto não é dramatismo, veja numa escola perto de si. Enquanto houver grandes projectos (e até obras públicas) cujos valores adjudicados dificilemnte dão para pagar mais que o salário mínimo nacional.
enquanto houver empreiteiro que chamam a si percentagem não razoáveis do negócio, comprometendo a receita fiscal e promovendo salários de miséria, a ACT somente actuar após a conclusão dos trabalhos sobre os empreiteiros e os sub-empreiteiros, e os sub-sub-empreiteiros e os sub-sub-sub....e não responsabilizar as grandes empresas, a actuação dos sindicatos colocar o foco somente nos melhores salários, empurrando com a barriga o odioso da questão sempre, mas sempre nos empreiteiros e temendo enfrentar as grandes empresas, este estado de coisas não se alterará.

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