segunda-feira, 7 de julho de 2008

Geração Adiada


Durante anos, assisti a legitimas queixas de estudantes e mais tarde profissionais da área da educação. Denunciam o facto de apesar da nota final ser determinante para o ingresso na carreira profissional de Professoras, Educadoras de Infância, etc, não existirem critérios uniformizados de avaliação.
Existiriam - e existem - Escolas Superiores de Educação, principalmente privadas, cuja avaliação era facilitada para atribuição de notas elevadas, para facilitar o ingresso na carreira e deixando de fora quem, eventualmente, estará mais preparada, mas sujeito a um regime de avaliação mais rigoroso.
Este facilitismo entrou agora de rompante e parece que por decreto, em todo o sistema de ensino. O evidente facilitismo nos exames escolares deste ano e os duvidosos critérios das Novas Oportunidades, não só descredibiliza o sistema de ensino, como gera dúvidas pertinentes nos agentes empregadores e banaliza a formação académica.
Ao melhor estilo do pensamento vigente na sociedade actual: mais importante que ser (conhecedor) é ter (diploma).
De toda a herança que este governo possa deixar, esta é sem dúvida a mais ruinosa e que se propagará mais tempo na nossa sociedade.
Está aí mais uma geração adiada.

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