sábado, 26 de julho de 2008

FMM 2008

O FMM desde há muito que ultrapassou as barreiras da música. É o seu colorido de cores, raças, hábitos, idiomas, que faz deste um festival único. Para muitos a música é apenas um pretexto, para o (re)encontro e descoberta de pessoas, ambientes, sensações e abstracções.
Crendo nos entendidos – que não é manifestamente, o meu caso – em termos de cartaz e organização, este foi (e está a ser) o melhor festival de sempre. Para quem, como eu, se deslumbra com o ambiente e multiplicidade de gente, num caleidoscópio social, a estratégia de segmentar públicos – Porto Covo, Centro de Artes, Avenida Vasco da Gama e Castelo de Sines – originou uma dispersão das gentes, em função de factores de identificação grupal. Reduzindo a beleza deste eventos, que era precisamente não haver públicos mas um público único em partilha e comunhão.



Temo que a criatura venha a engolir o criador.

3 comentários:

Anónimo disse...

O FMM é um mosaico de públicos, onde cada pessoa tem a possibilidade de ir "petiscando" aqui e acolá e vendo um pouco de tudo. E nesse sentido cada um fixa-se onde entende. Tem essa liberdade. É melhor assim do que juntar tudo e levar com grupos que não gostamos enquanto esperamos por aqueles que nos levaram a determinado palco. Eu gosto disto assim e este foi para mim o melhor FMM.

Anónimo disse...

Sendo um apreciador de música, este festival está certamente cimentado e espero que dure muitos anos. Uns anos são melhores que outros mas com música tão variada depende dos gostos de cada um. As estruturas estão bem montadas para as capacidades da zona onde se insere (outra solução tiraria a piada pois montando um recinto teria de ser fora da zona central de Sines). Este ano para mim foi uma relação diferente entre quantidade/qualidade, tendo para mim ganho a quantidade.
Mas são gostos e para o ano veremos o que nos calha. As gentes de Sines tem muito a ganhar como é o caso dos restaurantes, supermercados, tasquinhas e o único bar em Sines que é o Ponto de Encontro (mas isso é outro problema que não vem ao caso).

Anónimo disse...

Para mim este FMM foi bem diferente em termos de música, porque se em anos anteriores assisti a concertos bem mais “mexidos”, este ano nem sempre foi assim (também não tive a oportunidade de assistir a todas as actuações, coisa de fiz em anos anteriores). Mas como sempre entendi o FMM como um ponto de encontro de sons sempre diferenciados não marco isso como uma critica negativa. Não assisti a concertos “mexidos”, mas descobri grandes vozes como por exemplo Marful da Galiza. Também bem diferente o encerramento no palco do castelo com a repetente Erika Stucky, que no meu entender deu um espectáculo surpreendente. Esta actuação encaixou perfeitamente com o soar do fogo-de-artifício.