quinta-feira, 10 de julho de 2008

Exercicio do direito de resposta do Presidente da CMS

Exmo. Sr.,

Ao abrigo do direito de resposta, venho por este meio solicitar a publicação do texto em anexo no blog ESTAÇÃO DE SINES (http://estacaodesines.blogspot.com). O texto é da responsabilidade do presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, e tem como referência a entrada do blog intitulada “Nova localização tasquinhas” (http://estacaodesines.blogspot.com/2008/07/nova-localizao-tasquinhas.html), de 7 de Julho de 2008.

Obrigado
Paulo Mestre
Serviço de Informação, Divulgação e Imagem / Câmara Municipal de Sines
"As Tasquinhas, a Avenida Vasco da Gama e a sua (boa) utilização no contexto da cidade, da qualidade urbana, do turismo.

Toda a expressão do pensamento resulta de uma construção – sobre a visão ou a nossa leitura da realidade.
Vamos aplicar este princípio à visão desta realidade - da realização das tasquinhas no local actual, no troço da Av.ª da Praia, e das suas interacções com a vida da cidade e a sua afirmação.
Mas tratemos a visão desta realidade não de forma espartilhada ou fragmentada – mas numa perspectiva sistémica, isto é, uma visão alargada ao conjunto do universo da cidade, habitantes, visitantes, turismo – tudo isto voltado para o futuro, embora radicado no presente. Vamos por partes – mas sempre com a vista no todo.
1º As tasquinhas são uma iniciativa e/ou um projecto interessante para a cidade e o município de Sines? Afirmamos: são!
Como é que se revelou a opção pela Avenida? Revelou-se um sucesso: para os comerciantes que nela participam, para os Sinienses, para os visitantes.
Porquê? Porque apreciam, gostam do local, pelas suas características e enquadramento cénico.
2º No arco da Avenida há outros locais / soluções melhores? Não. Porquê?
Porque este é o espaço mais abrigado dos ventos, que são um elemento desagradável e incómodo.
Porque este troço da Avenida é bem servido de acessibilidades, em ambos os topos, e o que tem melhores condições de estacionamento automóvel nos dois extremos.
3º A opção do Pontal não é boa: é demasiado exposta aos ventos, não tem espaços suficientes para se construir um bom cenário de gastronomia, é descentralizado, tem problemas de estacionamento e a sua realização em concomitância com a circulação automóvel tornava-o num espaço perturbado e incómodo.
Que visão temos da realidade (de um cenário) do futuro para a Avª Vasco da Gama?:
- Desenvolver um conjunto de actividades de Verão, uma festa da gastronomia cada vez mais relevante em qualidade e estrutura, introduzindo-lhe outros componentes (do pescado e da gastronomia do Alentejo) e completando esta actividade com outras: uma feira de artesanato e de produtos do Alentejo e do mar, ocupando a Avenida até à área da Lota.

- Desenvolver um projecto de transformação do pavimento, iluminação pública, tratamento da falésia, ligação à cidade (zona histórica com elevador), instalação de restaurante e bares permanentes, instalação do Museu do Mar e dos Descobrimentos e outros elementos de animação;
4ª Questão / problema e visão desta realidade:
O magno problema do trânsito e das suas graves repercussões na vida dos sinienses; nos visitantes – no “corte” das ligações da cidade com a sua envolvente, invocado repetidamente pelos críticos desta opção.
Aqui está o principal busílis – o tropeço para um conjunto de visões críticas da coisa.
Questão central:
A Avenida Vasco da Gama foi construída com base num projecto, numa visão de auto-estrada – via rápida – tipo cintura de uma grande urbe – e …para servir os terminais portuários! – Felizmente que as coisas se alteraram e passou a ser fundamentalmente um espaço de lazer e de apoio à Praia, onde as pessoas gostam de passear e fazer desportos, tranquilamente.
Aquele troço de avenida deixou de ser um eixo viário, felizmente para a cidade e para as pessoas. Presentemente já é proibido a circulação de viaturas pesadas naquela avenida.
As pessoas da cidade de Sines têm boas opções para sair da cidade para sul: os habitantes das zonas norte podem circular pela rua Vasco da Gama; rua Teófilo Braga, descida pelo castelo, sem transtornos ou problemas de maior. E o mesmo para entrar na cidade vindas do Sul.
Os visitantes! Como sabem, mais de 95% dos visitantes entram na cidade pela rotunda a norte de Sines.
Os que utilizam a actual via rápida – que entram na Avª Vasco da Gama e seguem pela mesma para sul, não param em Sines – estão de viagem.
Mas para estes (agora e no futuro) será bom para a cidade que parem na Avenida, visitem as tasquinhas e fiquem a ser futuros clientes.
No caso de seguirem viagem, sobem a estrada da Ribeira, seguem pela Rua Vasco da Gama e podem parar junto ao Castelo, tomar uma bebida, visitar o futuro Museu e Casa Vasco da Gama (é um excelente motivo de paragem) e seguir para sul com boas razões para voltar à cidade de Sines.
Os viajantes que vêm do sul não entram na Cidade – seguem pela via rápida para Norte.
Mas para estes, nos próximos anos, haverá painéis a convidá-los para visitar as Tasquinhas e será mais um motivo para se desviarem da rota habitual, entrar, visitar, consumir e voltar com outros amigos. E Sines ganha e afirma-se.
Uma questão pertinente, relacionada com estes cenários, é tratar de uma boa sinalização, o que não tem sido feito e é fácil (e importante) fazer.
Em conclusão:
Aqueles que acham a realização interessante (na Avenida), mas que criticam o encerramento temporário do trânsito automóvel naquele espaço, têm uma visão curiosa, do tipo a defender uma coisa e o seu contrário. Isto é, não são capazes (ou não querem) entender que não se pode fazer as duas coisas naquele cenário – porque a passagem de automóveis inviabilizava esta realização (não há espaço para as duas coisas) e causava ruído, poeiras e punham em risco a tranquilidade das pessoas e segurança para as crianças que vão com os pais e brincam à vontade.
Estas pessoas têm uma visão “mixuruca” desta realização e, por isso, descrevem cenários um tanto ou quanto caricatos - valor absoluto do trânsito automóvel, visões de risco grave para a segurança (vide comunicado do PS) -, apesar de saberem que o cenário actual garante a passagem de veículos em caso de emergência.
No fundo confundem tudo, o essencial com o secundário, e não acreditam num projecto arrojado, com qualidade para o futuro deste belo espaço e cenário da Avenida da Praia.
Em todas as cidades se fizeram (e fazem) opções de pedonalizar avenidas e espaços de circulação viária - que se revelam um êxito para a vida económica e para a qualidade urbana das cidades ou centros urbanos.
Nós vamos continuar a apostar no desenvolvimento deste extraordinário espaço com medidas e iniciativas faseadas – que vamos testando e aferindo do seu alcance, valor e interesse para todos e para a afirmação desta promissora cidade cada vez mais atractiva e voltada para o futuro."

O Presidente da Câmara
Manuel Coelho Carvalho
Sines, 9 de Julho de 2008

21 comentários:

Estação de Sines disse...

Agradeço a resposta, à entrada no blog ESTAÇÃO DE SINES.
Compreendo a v. menção ao direito de resposta, que contudo é, para mim, na qualidade de administrador do blog, dispensável.
Este pretende ser um espaço de participação em que todos são benvindos, principalmente quem contribua com ideias e pensamentos que promovam o livre debate.
É com especial prazer que publicarei o texto enviado, não só pelo esclarecimento cabal da opção da autarquia pela localização das "Tasquinhas", como pelo reconhecimento, que entendo significar, que este é um espaço participado, livre e que tem a pretensão de contribuir para o desenvolvimento da nossa Cidade.

Redof etiaV disse...

Passo a citar"apesar de saberem que o cenário actual garante a passagem de veículos em caso de emergência."
Pois até era verdade, senão estivessem sempre estacionados carros tanto a nascente como a poente das Tasquinhas, a obstruir o dito corredor de segurança.

Anónimo disse...

AH!
Todo contente né, Sr. Administrador!?
Até o Presidente escreve no "berlogue"...
Ta a subir na vida! Qualquer dia vai haver publicidade paga e bem paga! Belo negócio a vida de "jornaleiro" (sem qualquer desmerecimento)
Um pouquinho mais de isenção e talvez se torne o "BERLOGUE DE SINES"

Anónimo disse...

Obrigado ao Sr. Braz e ao presidente da CMS, por proporcionarem, aqui um exemplo acabado do que deve ser a democracia e a participação civíca.
Viajo bastante na net, e este é um case study.
Um presidente a responder a um post, e um administrador do blog que tem demonstrado uma sábia utilização desta ferramenta.
Quer a proposta do Pontal, quer a justificação da Avenida resulta de duas legitimas opiniões, apresentadas com urbanidade. Ambas mais esclarecedoras que comunicados turvados pela politica caseira.
Curioso como duas das pessoas mais capazes da nossa terra, com visões interessantes da Cidade e do seu desenvolvimento, permitiram que fosse cavado um fosso entre eles, que inviabiliza um trabalho conjunto. E como, quantos gostaríamos que tal sucedesse!
Obrigado a ambos por esta lição de democracia tecnológica.

Redof etiaV disse...

Não sei porquê , mas isto cheira-me a esturro, esperemos pelo futuro , eles andam ai, mas eu desde já os aviso não acredito em glutões e você acredita?

Anónimo disse...

Uma das características que aprecio no Estação de Sines é o facto de não fazer crítica pela crítica. Diz porque não concorda com esta ou aquela decisão ou iniciativa mas não deixa de fundamentar a sua posição e alinhavar alternativas. A isto chama-se critica construtiva. A evolução de uma sociedade também se faz no debate e no confronto de ideias. Não será por acaso que o executivo da CMS está, pelos vistos, entre os leitores deste blogue. Devo dizer que gostei da resposta do presidente Coelho. Mais ainda da atitude e pela humildade que demonstrou ao vir aqui defender com as suas convicções a opção que tomou no que toca à localização do evento Tasquinhas. Um exemplo, que infelizmente não vejo no meu concelho (ao lado), que é gerido por um presidente vaidoso e arrogante. Por sinal da mesma cor partidária que a CMS.
Por fim, termino com um bem haja ao presidente Coelho por esta sua atitude (oxalá se multiplique noutras ocasiões e noutros contextos a bem da democracia) e também ao moderador do Estação de Sines pela forma elevada como administra o blog.

Anónimo disse...

Ops...é lá! Já cá temos também o nosso presidente. Oba, oba! Assim, sim. Sim senhor, gostei. Sines com um executivo com o braz, o guinote e o coelho, dava um salto e tornava-se a capital do alentejo litoral. Da cultura já é, mas Sines passaria a ser uma capital geral. Pensem nisso. Os três têm todos grandes qualidades. Ou então alguém que avance com uma candidatura independente sem o espartilho partidário, porque com as oposições (cadê elas) que o sr Coelho tem, é viver no paraíso. Do PS ao Bloco, passando pelo PP e pelo PSD não se aproveita nada. Népia!

Anónimo disse...

ehehehehe tu não és de cá vies-te ver a bola hahahaha os 3 juntos?
O Eucalipto , o Berlogue e o Kadafi devia de ser bonito, pagava para ver , já agora quem ficava a mandar?

Anónimo disse...

Por acaso até gostava de ver o antonio braz encabeçar uma lista independente à cãmara de sines.

Anónimo disse...

Já constou que a CDU sondou o braz, para vereador. Agora consta que t~em sido aliciado para encabeçar uma lista independente.

Estação de Sines disse...

Ambas falsas constatações.

Anónimo disse...

Braz seria o homem certo para liderar uma lista independente, aglutinadora e consensual para Sines. Que surja de uma vaga de fundo para uma mudança efectiva em Sines, reunindo pessoas capazes, competentes e descomprometidas da politica. E que tenham apenas no horizonte e no pensamento o concelho de Sines. E não as carreiras politicas.

Anónimo disse...

Apoiado. Acho que sines precisa de uma candidatura independente.

Anónimo disse...

Desculpa lá mas modestia a mais também é defeito , já fos-te sondado e acho que devias aceitar era uma alternativa

Anónimo disse...

Não tenho quaisquer duvidas que uma lista independente seria uma mais valia para Sines. Nem que fosse para agitar um pouco esta comunidade, alargar a discussão sobre o futuro do concelho e combater esta pasmaceira em que Sines caiu do ponto de vista politico. Não existem muitos nomes para cabeça de lista e entre eles António Braz era uma excelente opção até porque tinha perfil para isso e conhece muito bem a realidade do concelho e da região. Penso que Sines deve dar oportunidade a outras pessoas, a outras ideias, e a uma nova geração de politicas municipais para não ser sempre a cdu já que o ps que é a principal força da oposição com as pessoas que lá estão não é alternativa que convença ninguém.

Anónimo disse...

Sem duvida que sines necessita de uma lista independente. O Braz encaixa-se bem, mas há mais sinienses que se encaixavam em tal projecto podem é não estar para aí virados.

Anónimo disse...

independente, constituida por que tipo de pessoas? quanto valeria essa lista? 500? 1000 votos?
não vejo o braz a meter nessa?

Anónimo disse...

Esse é que é o mal de vocês. Já se meteram a contar votos como se uma candidatura só servisse para isso. Meus amigos, o mais importante é lançar a discussão sobre o futuro de sines na campanha eleitoral para sairem boas ideias para o concelho. Os votos são importantes é para os carreiristas que fazem da politica a sua profissão e o seu sustento.

Anónimo disse...

vá lá ...Sr,Presidente Coelho...afinal ...quem é que escreveu o texto????

Anónimo disse...

Candidatura independente??!! boa!!!
Já existiu uma em tempos, agora que me lembraram disso, foi um conslo ver lá tantas caras lindas da CDU, PSD, CDS. Tão independentes que eles são!!!!!

Cusco disse...

Independente!.. o Sr. Brás?? porque não? até acho bem....
Muito pior é o actual presidente dos foguetes, festas e criador de ambientes para a desgraça dos nosso filhos e netos. Vejam os "remelosos" que andaram pelas ruas de Sines, pela altura das musicas do mundo. Pensem um pouco e imaginem o futuro de Sines se o fogueteiro continuar a mandar cá no burgo. Acreditem!...tive medo de sair à rua com tantos "cabeludos" e mal cheirosos que circulavam, dormiam, vomitavam, "arreavam o calhau" e urinavam em tudo que era canto em sines.