sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ingerência humanitária, uma obrigação


A tragédia que se desenrola na Birmânia, vem reforçar a posição daqueles que defendem a ingerência humanitária.
Um conceito que têm por base um conceito simples, assente no humanismo e que se pode resumir no seguinte: todos temos o dever e a obrigação de combater o sofrimento humano e nem a soberania dos Estados consagrada internacionalmente o pode impedir.
Uma ideia evidente, que como tantas outras a natureza humana não tardou a complicar.
A partir de que nível de sofrimento, ou tipo, é exigível a ingerência humanitária? Não recusaram os Estados Unidos ajuda humanitária de Cuba, quando o Katrina desvastou New Orleans?
Devem os estados "impor" ajuda humanitária, quando um país soberano o recusa? Mas não é sempre isto que sucede quando ocorre uma guerra civil e os consequentes refugiados?
Não é fácil ser humano, mas vale a pena, desenvolver o conceito de ingerência humanitária pois uma boa ideia, mesmo que por vezes seja mal aplicada é sempre melhor que ideia nenhuma. Que o digam os milhares de Birmaneses que poderiam ver o seu sofrimento minimizado pelo auxílio humanitário internacional, impedido de ajudar pela Junta Militar que ditatorialmente governa o País.
Para estes ditadores, existe um destino - também resultante de uma ideia polémica -, chamado Tribunal Penal Internacional, que entre várias competências julga os crimes contra a Humanidade. Apesar de controverso, também é melhor que não existir nenhum.

1 comentário:

Anónimo disse...

são posts destes que me fazem voltar aqui com frequência. parabéns