quarta-feira, 30 de abril de 2008

Manuela Ferreira Leite

Agrada-me a candidatura de Manuela Ferreira Leite. No PSD, tal como em todos os partidos, existe bons e maus políticos, ela é dos bons. A sua intervenção, aos longo dos anos, têm-se pautado pelas coerêcia e defesa de idéias, o que representa um acrescento de seriedade à política nacional, que tão carente anda de credibilidade.
Naturalmente, discordo de muitas das suas idéias, mas reconheço que todas são defensáveis, lúcidas, passíveis de argumentação, credíveis, são pilares de uma estratégia que preconiza para o País. Em suma, esta Senhora têm um rumo que se entende, concorde-se ou não com ele.
Manuela Ferreira Leite defende a descentralização do aparelho de Estado para as autarquias, é contra a avaliação dos professores que passe pelos alunos, defende uma maior flexibilização nos contratos de trabalho, desde que "acompanhada por programas sérios e eficazes de aprendizagem ao longo da vida e de protecção social adequada às situações precárias", defende um modelo de desenvolvimento assente nas exportações e no investimento privado, onde não caberá o TGV, o novo aeroporto, o Metro Sul do Tejo, as SCUT's, é pelas parcerias público privadas na saúde e defende a simplificação do sistema fiscal. Isto preocupa-me, porque concordo demasiado.
O que me tranquiliza é a candidata a candidata a 1º ministro, (ou será 1ª ministra) ser contra o levantamento do sigilo bancário, a redução dos impostos, contra a proposta da lei dos divórcios e concorda com o PS acerca das incompatibilidades nos casos de ex-governantes, pois aqui não posso estar mais em desacordo.

Com a sua candidatura e mais que provável vitória o País ganha uma oposição forte, talvez até demasiado forte para que deixe de ser oposição, mas não esqueçamos que por cada governo eleito existe um partido e o dela têm sido demasiado mau.

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