
Naturalmente, discordo de muitas das suas idéias, mas reconheço que todas são defensáveis, lúcidas, passíveis de argumentação, credíveis, são pilares de uma estratégia que preconiza para o País. Em suma, esta Senhora têm um rumo que se entende, concorde-se ou não com ele.
Manuela Ferreira Leite defende a descentralização do aparelho de Estado para as autarquias, é contra a avaliação dos professores que passe pelos alunos, defende uma maior flexibilização nos contratos de trabalho, desde que "acompanhada por programas sérios e eficazes de aprendizagem ao longo da vida e de protecção social adequada às situações precárias", defende um modelo de desenvolvimento assente nas exportações e no investimento privado, onde não caberá o TGV, o novo aeroporto, o Metro Sul do Tejo, as SCUT's, é pelas parcerias público privadas na saúde e defende a simplificação do sistema fiscal. Isto preocupa-me, porque concordo demasiado.
O que me tranquiliza é a candidata a candidata a 1º ministro, (ou será 1ª ministra) ser contra o levantamento do sigilo bancário, a redução dos impostos, contra a proposta da lei dos divórcios e concorda com o PS acerca das incompatibilidades nos casos de ex-governantes, pois aqui não posso estar mais em desacordo.
Com a sua candidatura e mais que provável vitória o País ganha uma oposição forte, talvez até demasiado forte para que deixe de ser oposição, mas não esqueçamos que por cada governo eleito existe um partido e o dela têm sido demasiado mau.
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