domingo, 23 de março de 2008

Saturday Bloody Saturday

Domingo de Páscoa, almoço tradicional em família, seguido de um café. Ruas de Sines despidas de gente, que procuram os recantos solarengos com vista para o mar e escondidos do vento forte. No chão da zona históricas imensas marcas de sangue que denunciam uma noite de violência. Trata-se da violência silenciosa nas estatísticas e estridente na população. Marcas de violência que deixam rasto nas ruas e não nos relatórios policiais. Talvez algum registo hospitalar mencionem um acidente doméstico - que ao contrário da agressão não obriga a comunicar às autoridades de segurança - verificado no sábado à noite, demasiado longe do quartel da GNR, demasiado próximo da nossa vida. A violência em Sines, como em todo o País, continua subavaliada, escondida em estatísticas quase exclusivamente resultantes de denúncias. A GNR de Sines, como em todo o País, carece de meios materiais e humanos que respondam a uma violência latente na sociedade e criem com a sua presença dissuasora um clima de segurança que bem precisamos e merecemos.

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