terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Conveniências

Ontem assiste à parte final do Pró e Contras da RTP sobre a localização do futuro aeroporto em Alcochete. Em todo o processo para além da indecisão do Governo e da oportuna divulgação da futura localização - não se voltou a falar da questão do referendo ao Tratado de Lisboa - fica cada vez mais claro que a construção de um novo aeroporto não é a consequência natural do desenvolvimento do País, mas pelo contrário parece que dele depende o desenvolvimento do País. Não teremos um aeroporto que responda às necessidades do País mas antes um aeroporto para resolver as necessidades do País.
Sem grande surpresa li na imprensa um dos responsáveis do PS no Distrito de Setúbal a argumentar a favor de Alcochete como um factor de descentralização e desenvolvimento da margem Sul e Alentejo em contraponto com o eixo Lisboa-Porto. Este arauto da descentralização à uns anos atrás no decurso de uma campanha legislativa no Distrito de Setúbal, prescindiu de vir a Sines porque eram "meia dúzia de votos".
A descentralização dá-lhe jeito quando é para centralizar e fomentar o norte do Distrito, caso contrário são "meia dúzia de votos". A politica e as suas conveniências são agoniantes.

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