quarta-feira, 7 de julho de 2010

Juiz em causa própria



Pelo manos tão antigo quanto a existência do homem sobre a terra, é o eterno conflito diversão/descanso, ou se preferirem, entre quem quer berrar de alegria e quem exige o silêncio do descanso.

É assim nos bares, zonas nocturnas de diversão, festas populares e até em muitas casas. Depois não raras vezes os que hoje se divertem ignorando o barulho que fazem, são aqueles que amanhã mais exigem silêncio aos outros.

São assuntos sempre delicados e que iniciam no executivo camarário o seu percurso, atribuindo este um horário inicial com um grau de subjectividade mais ou menos discutível. Depois se a coisa corre bem o proprietário dentro pouco tempo pedirá alargamento do horário nocturno, correndo mal - ou seja queixas da vizinhança e/ou desacatos com intervenção da GNR, ou outros motivos por vezes desconhecidos - reduz-se o horário, continuando a correr mal, reduz-se ainda mais até inviabilizar o negócio e voilá estrangula-se economicamente o infractor do descanso alheio.

Não fossem os referidos critérios mais ou menos subjectivos e a coisas andariam pelos caminhos da igualdade. E é precisamente aqui, na igualdade, ou falta dela, que pretendia chegar.

Já anteriormente elogiei neste espaço a realização das festas no Castelo, organizadas pelo ACS, quer pelo que representam de dinamização nocturna e do Centro Histórico, quer pelo que significam em termos de contributo para a independência financeira dum clube que conta com 8 escalões em actividade, representando mais de 120 atletas.

O executivo autarquia que deve (devia) reconhecer este espírito de iniciativa como um incentivo da dinamização económica dos clubes e associações de Sines, começa por autorizar o evento até à meia-noite. Só para que conste, pouco antes desta hora, é quando sai de casa quem procura divertir-se numa sexta ou sábado à noite. Talvez tendo noção do ridículo que significou esta decisão, o executivo a pedido do ACS reviu a sua posição e prolongou a autorização até às 2 horas. Pouco, muito pouco.

Recorde-se que iniciativas como o FMM e as Tasquinhas, nem sei se terão horário, mas prolongam-se muito para lá das 4 da manhã, terminando normalmente quando o sol já nasceu. Incomodaram menos estas iniciativas, ou é o ruído que é diferente? Não, a diferença está no organizador.

Não existe Juiz em causa própria que seja justo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Bráz tamém concordo é justo ser igual para todos não só no FMM que vai até ao sol nascer.

Anónimo disse...

Ainda este fim de semana mandaram acabar com as festas de carnaval na avenida da praia, bastante cedo, quando os programas diziam ser até de madrugada. Nesta terra ninguem deixa ninguem fazer nada. Queria ve-los a viver em qualquer terrinha do algarve e ligarem para a GNR a queixarem-se de barulho...desligavam-lhes o telefone na cara e largavam umas valentes gargalhadas...

Anónimo disse...

O Manuel Coelho está a acabar com tudo nesta terra só o FMM e o SR....tal...podem fazer tudo pois o FMM pode ser até as 6 da manhã.Só em Sines.Não entendo é como ainda acusam a GNR que a única coisa que fez foi cumprir as ordens do Sr.Coelho quero posso e mando que o mesmo fez com o andebol no Castelo.

Anónimo disse...

Só não consigo entender porque ainda temos quem defenda o manuel Coelho,quando foi dito que a GNR mandou parar a música no Carnaval de Verão quando o som estava bom e o ambiente agradável,eu fiquei na dúvida mas agora já tenho a certeza foi o Coelho que o fez mas sempre temos gente muito burra ainda o defendem.Porra do homem não deixa a malta divertir se. Porquê????? lá porque não gosta da música, tem que respeitar os jovens desta terra e também ser justo afinal só o FMM pode ter horário até tarde ???????