quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

POR DIA SÓ NO MÊS DE NOVEMBRO, 200 TRABALHADORES PERDERAM O EMPREGO

No Natal a Verdade que dói

O desemprego continua a aumentar atingindo, neste momento, 523.680 trabalhadores. De acordo com os números divulgados pelo IEFP, cerca de 200 trabalhadores perderam, em média, por dia, o emprego durante o mês de Novembro.


Mais uma vez a destruição do emprego na indústria e a não renovação dos contratos de trabalho, decorrentes da elevada precariedade dos vínculos laborais, estão na origem deste flagelo que atinge um número cada vez maior de mulheres, homens e jovens trabalhadores.

Estes são dados oficiais que estão longe de corresponder ao número real de desempregados que, neste momento, rondam as 700 mil pessoas, metade das quais sem subsídio de desemprego.

Ao contrário do que o Governo e o Presidente do IEFP teimam em fazer crer, não estamos perante uma estagnação do desemprego, mas sim confrontados, no dia a dia, com o seu agravamento.

Se acrescentarmos ao problema do desemprego o recrudescimento dos salários em atraso e os processos oportunistas e, por vezes ilegais, do lay-off, protagonizados por várias entidades patronais, com o objectivo de diminuir os custos com o trabalho à custa das verbas da segurança social, da redução dos salários e do número de trabalhadores ao seu serviço, é evidente que se avolumam as preocupações quanto a um eventual agravamento do desemprego nos próximos meses.

Por outro lado, a situação descrita confirma a ineficácia das medidas repetidamente anunciadas pelo Governo contra o desemprego e exige uma outra política que responda aos problemas económicos e sociais do país.

Para a CGTP-IN é tempo do Governo fazer menos propaganda e apresentar verdadeiras soluções que vão ao encontro das necessidades dos trabalhadores e dos desempregados.

Tal facto implica a adopção de medidas urgentes que assegurem o alargamento das prestações sociais aos desempregados; a ruptura com o actual modelo de desenvolvimento; a garantia do emprego estável e com direitos, combatendo a precariedade que penaliza de forma particular os jovens trabalhadores; a resposta aos problemas estruturais do país, designadamente através da dinamização e modernização do tecido produtivo.

Há que mudar este estado de coisas...

11 comentários:

Anónimo disse...

Estamos muito pior que andes do 25 Abril
Os nossos governantes andam preocupados com o casamento gay
Porque será a mim preocupa-me o desemprego

Anónimo disse...

É dramático o que está a acontecer neste país. E quem deu força ao patronato para poder fazer o que quer das pessoas? Ao achincalhar os funcionários públicos estava a dar abertura para que o outro patronato fizesse o mesmo. E o que é isto senão um achincalhamento e falta de respeito pelos trabalhadores? Este 1º prometeu pôr os portugueses mais pobres(quando se enganou e fugiu-lhe a boca para a verdade)e está a conseguir. Não entendo como é que ninguém faz nada dentro daquele partido, ou é medo ou é falta de competência e de inteligência.

Anónimo anti-rasca disse...

P....a. Não percebo nada disto. Afinal esses 700.000 votaram em que partido! Não votam. Porque não votaram nos camaradas satélites da CGTP. Não percebo esta "cunbersa"

Anónimo disse...

Mandem os estrangeiros para os seus países.
O maior problema não é eles virem para cá trabalhar, o problema é quando estão desempregados, e...das duas uma, ou andam a roubar ou estão a receber o subsídio de desemprego dos cofres do Estado Português...
Ou ainda estão a tirar cursos profissionais, subsidiados pelo IEFP, ou seja o Estado Português, ou sejamos NÓS, retirando esse lugar de formação a um dos nossos...
Chamem-me xenófobo ou outra coisa qualquer, mas acima de tudo chamem-me PATRIOTA, chamem-me PORTUGUÊS...

A situação actual não está para termos "pena" dos outros, está para termos "pena" de nós...

Anónimo disse...

O Sócrates anda a fazer tudo para ser demitido pelo Cavaco, ou então caso o não consiga, pensa demitir-se, basta ver a campanha eleitoral que já anda a fazer. Vão votar nele outra vez em massa, vão. Caso isso aconteça, merecem vir a estar no lugar dos que estão hoje com uma vida amargurada.

Anónimo disse...

O mal dos outros nunca me faz feliz.
É revoltante o desemprego e a precaridade.
È revoltante a condição de vida de milhares de portugueses do interior sem subsídio de desemprego e dos chineses rurais ou coreanos que trabalham 12 hoeas diárias 6 dias por semana.
Vamos ser intelectualmente honestos e ver o filme todo.
Depois talvez possamos pensar melhor e até ver onde errámos e descobrir qual é o nosso contributo para fazer um mundo melhor.

H2SO4 disse...

Não resisto embora não acredite na publicação:
«O Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) reivindica a abolição das normas da “lei do desemprego” que obrigam à procura activa de emprego e à apresentação quinzenal dos beneficiários do subsídio desemprego.

“Numa situação em que o emprego disponível é escassíssimo, a obrigatoriedade da procura activa de emprego obriga o trabalhador a procurar água no deserto”, disse à Lusa o presidente do MTD, reforçando que já apresentou uma carta reivindicativa ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e aos grupos parlamentares.

Em declarações à Lusa, Manuel Bravo explicou que não faz sentido os desempregados serem obrigados a apresentar provas da procura activa de emprego quando “as entidades patronais não são obrigadas a facultar essas mesmas provas”, o que, acrescentou, “leva os trabalhadores a serem mal-tratados pelos empresários ou pelos seus representantes”.» [Público]

H2SO4 disse...

Editorial
Há piratas a bordo da TAP: são sindicalistas
por André Macedo, Publicado em 24 de Dezembro de 2009 | Actualizado há 40 minutos

Defender e lutar por direitos é legítimo. Mas nem todas as armas são admissíveis. Não se brinca com a segurança dos aviões
A vida de uma companhia aérea é difícil. Não é só a turbulência nos céus; a tempestade económica é ainda mais ameaçadora. Este ano a indústria estima perder globalmente 7,7 mil milhões de euros. Para o ano a previsão é menos radical, mas ainda assim o altímetro indica novo prejuízo galáctico: acima dos 4 mil milhões. A TAP, claro, navega pela mesma bússola: o ano passado, 285 milhões no vermelho; este ano talvez fique a zeros, mas ainda será precisa muita ginástica contabilística e muita contenção orçamental para evitar novo rombo nos ares.

Com a companhia nos cuidados intensivos, seria de prever (para um crédulo) que os mais de 10 mil orgulhosos funcionários da TAP estivessem relativamente preocupados com o futuro imediato - o próprio e o da companhia. Não se esperariam elogios comoventes, cantares tiroleses ou juras de fidelidade canina. Apesar da época, já ninguém acredita no Pai Natal. Mas também não se esperaria exactamente o contrário.

É isso que está a acontecer. Em pleno período natalício, vital para as companhias aéreas salvarem as contas num ano acidentado - a segunda quinzena de Dezembro vale o mesmo que o pico de Agosto -, a comissão de trabalhadores da Groundforce decidiu enviar um simpático e-mail para terminar o ano em gloriosa apoteose. No email, a dita comissão recorda aos mais desatentos um acidente recente que teve como protagonista um avião da Transat (Canadá) enquanto era reparado nas oficinas da TAP.

Sempre num tom de descabelada ironia, apesar da delicadeza do tema, o email anexava o filme do acidente e despedia-se estabelecendo uma relação directa entre o despiste ocorrido no Brasil e a administração de Fernando Pinto: "Mais uma medida 'brilhante' da gestão da TAP, tal como muitas que sofremos."

Não há nada mais sagrado para uma companhia aérea do que a segurança. Em última instância, não é a comida a bordo ou a qualidade das almofadas aveludadas que importa: além da pontualidade, a segurança é de longe a maior preocupação. Claro, hoje essa tranquilidade é justamente dada por adquirida quando se viaja na TAP: a folha de serviços não permite mentir. No entanto, foi aí que o sindicato quis desferir o golpe ao relacionar o acidente ocorrido com pretensos erros de gestão que estarão a pôr em causa a fiabilidade dos aviões. Algum documento para provar a acusação? Zero, claro.

Não é apenas em Portugal que os sindicatos das companhias de bandeira fazem chantagem. A aviação comercial sofre dessa praga antiga: empresas do século xxi são confrontadas por uma multiplicidade de sindicatos - pilotos, pessoal de cabine, pessoal de terra, manutenção - que, à vez, exigem regalias do século passado, indiferentes ao momento difícil. Não é por acaso que as low cost florescem. Não será também por acaso que, a prazo, companhias como a TAP irão voar cada vez mais baixinho. Tão baixinho que um dia o modelo de negócio irá mesmo pelos ares. Não haverá governos salva-vidas para ninguém.

efernandes disse...

Ao Sr Jornalista que escreveu aquele texto, diga-se, a Ganhar dinheiropara o fazer, também lhe poderia responder com todas as letras e com algumas que ele não conhece de certeza. Mas como ele não iria entender, ficamos assim. En todo o lado há gente dessa!

Anónimo disse...

Com tanto desemprego ainda existe pessoas que levam 3000€ de reforma mais 3000€ de ordenado tudo pago pelo estado
No mês de DEZEMBRO é tudo a dobrar
DEMOCRATA SOU EU

Anónimo disse...

Este H2SO4 é tão corrosivo que corre o risco de se corroer a si próprio.

Tenho dito!

SetUp.