segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Palácio, agora casa Pidwell


Depois de anunciado durante vários anos pela autarquia como as futuras instalações do Conservatório do Baixo Alentejo, proposto pelo PS para com o prolongamento do edifício principal ser o Centro de Artes de Sines, foi deixado ao abandono até raiar a ruína, eis que Câmara Municipal de Sines aprovou o início da elaboração do Plano de Pormenor da Casa Pidwell

Aquele que é em meu entender o local indicado para fazer a devida homenagem ao Poeta Al Berto, através dum centro de estudos da sua vida e obra, assim como de outros escritores e poetas locais, a autarquia pretende alterar a utilização do solo da área de intervenção, passando de “equipamento” para “comércio / serviços”.
Segundo o site da autarquia "Esta alteração justifica-se pelo facto de que, tendo o Serviço de Música da Escola das Artes de Sines sido instalado no edifício da antiga estação de caminhos-de-ferro e havendo outros edifícios previstos para receber novos pólos, a Casa Pidwell já não irá albergar um equipamento de ensino de música, como se preconizava à data da elaboração do Plano de Urbanização da Cidade de Sines."
Comércio/serviços?! Agora entende-se porque o Palácio Pidwell foi despromovido para Casa Pidwell.

14 comentários:

Anónimo disse...

Sines não tem nenhum edifício digno de se chamar palácio. Nem a Quinta de Santa Catarina, nem a Quinta de São Rafael, nem a Quinta de Santa Isabel, nem a Quinta da Lameira. Também a Casa Pidwell não passa disso mesmo, de uma casa e não de um palácio, por mais que isso custe a alguns. Não é por se destacar na arquitectura de Sines que passa a ser um palácio. E mesmo a arquitectura da Casa Pidwell não é nada de especial. É interessante para Sines porque se destaca da média mas nunca teve caraterísticas de palácio.

Anónimo disse...

Quem nasceu para crocodilo, nunca há-de chegar a jacaré...

Muitos nomes tem tido esta casa...
Entre esses muitos..."palácio da droga"...entre outros...

Quem não quer fazer da "sua" terra uma terra de valor, nunca há-de chamar "palácio" a nada...

Quem quer esquecer a "história de uma terra", nunca há-de dar valor a nada...

Sines foi, é e será aquilo que os verdadeiros "Sineenses" quiserem fazer dela.
Se o Presidente quiser "apagar" a história de Sines, cá hão-de haver SINEENSES que vão "escrever a história da terra"...

Anónimo disse...

Por curiosidade, qual foi a posição dos vereadores do PS?
Será possivel fornecer essa informação?

Anónimo disse...

É uma casa apalaçada ou de características senhoriais, como de resto existem mais algumas em Sines. Mas "classificações" à parte que para o tema em questão pouca relevância têm, fico sem saber qual o uso futuro concreto deste imóvel de inegável interesse histórico e arquitectónico. Comércio/serviços????????? Não estou a ver, que tipo de comércio e serviços se pode ali instalar. Acho que a autarquia terá que ser mais clara neste aspecto. Pessoalmente preferia um uso na área da cultura para este imóvel. Em último caso, seria até conveniente lançar um debate na sociedade siniense para ouvir a população quanto a isso, e recolher ideias e sugestões. Penso que este tipo de decisões, quando envolvem espaços de grande simbolismo para as populações e que contam um pouco da história da terra não podem apenas ser decididos pelo poder político mas também ouvindo as populações e as forças vivas locais, que são os destinatários finais destes espaços.

Anónimo disse...

Como sugerido no post, a casa Pidwell faria mais sentido como um espaço ligado à memória de Sines, por exemplo dedicada ao poeta Al Berto e outros poetas populares e figuras do concelho, que muito fizeram por esta terra e estão praticamente esquecidos, nas suas diferentes áreas de intervenção.

Anónimo disse...

aprovado por unanimidade, logo...

Anónimo disse...

Uma dúvida que me assola. A casa é património classificado, ou não? Está em vias de classificação, ou não? Está dentro do perímetro de alguma zona especial de protecção, ou não? Será conveniente preservar não apenas o traço arquitectónico exterior, como também o miolo da casa. Se o interior for adulterado por força da sua adaptação a uma utilização diferente daquela para a qual foi construida, é o mesmo que extinguir ou matar a alma do edifício. Está muito em voga preservar os aspectos arquitectónicos exteriores e desvalorizar o interior dos edifícios antigos. Isso não é recuperação, é adulteração e descaracterização. O futuro desta casa e a defesa da sua memória vai muito além da imagem exterior, pelo que há que ter muito cuidado na intervenção que se vai projectar. Sou favorável que o seu aproveitamento seja no âmbito de um projecto museográfico que conte a história dos mais ilustres sinienses, aqueles que mais se destacaram ao longo dos séculos nas artes, nos oficios, na História, etc, e que desta ou daquela forma contribuiram para o engrandecimento do concelho.

Paulo disse...

Nada tenho contra o Al Berto ou a sua obra, mas não se pode homenagear o poeta no CAS ao invés de criar mais uma chafarica municipal com mais 15 funcionários e respectivas horas extras, mais uma adjudicação para as limpezas, mais uns serviços de consultoria, mais uns computadores, mais uns chefes de serviço, mais uns telemóveis(...)etc, etc.

Anónimo disse...

Porque será que só se dá o merecido valor às pessoas depois de falecerem? sei o que digo, e muitos o saberão também.

Pitchauba disse...

Palácio do Cavala, foi o nome pelo qual ouvi mais vezes a quem se referia ao dito imovel.

Anónimo disse...

"... Segundo o site da autarquia "Esta alteração justifica-se pelo facto de que, tendo o Serviço de Música da Escola das Artes de Sines sido instalado no edifício da antiga estação de caminhos-de-ferro..." e que também já não serve pois a camara prepara-se para construir uma nova...

Anónimo disse...

Parece que o tal serviço de música tambem não irá caber na "casa Pidwell", porque aumentou muito, parece que foi X dez, o número de alunos este ano, nos diversos instrumentos de música...
Assim já não cabem nas diversas salas da "casa Pidwell"...
Não mudando para lá...

Daí, talvez a história de comércio e serviços....

A "música" é só para atirar areia para os olhos de alguém...mais desatento...

Anónimo disse...

Esta casa tem que se lhe diga.
Aqui á uns tempos foi aprovado instalar ali o tal conservatório de musica. Fez-se o concurso foi adjudicado por 120.000 contos. Entretanto a CMS desiste e o empreiteiro sem lá por um unico prego leva 10% ou seja 12.000 contos de acordo como contrato.
A partir dai nada mais foi feito e a destruição tomou conta do edifiçio. Recupera-lo agora? Por quanto? Para quê? Não seria mais facil e mais barato para a autarquia impludir o dito e vender o terreno. Sejamos práticos a camara tem dinheiro para alguma coisa? Abaixo o edificio e construa-se ali algo de util.
Boas Festas.

Gastão de Brito e Silva disse...

É precisamente contra este tipo de atitudes que tenho lutado. O património arquitectónico é insubstituível!!! Deve ser preservado como testemunha de cultura e tesouro urbano....foi muito grave esta casa ou lá como lhe querem chamar, ter atingido este estado de degradação...queiram saber que na Europa civilizada a reabilitação ocupa uma fasquia de 85do mercado da construção, contra 15% de construção nova....aqui em "Tugalistão" é precisamente o contrário....estamos e estaremos sempre na cauda enquanto não houver educação e cultura....Ah!!! A reabilitação também é mais barata do que a construção...

Ideias de aproveitamento não devem faltar...basta ter um pouco de imaginação e procurar quais são as carências da zona...

Podem aqui fazer : Hotel, biblioteca, centro de cultura, centro de dia, centro de saúde, lar de velhotes, cresce, pousada de juventude, centro empresarial, casa de meninas...etc...etc...

Já agora peço a quem me puder facultar elementos sobre este edifício que me contacte...

O http://ruinarte.blogspot.com/
agradece...