31. ZIL 2
Situada numa zona sobranceira da cidade, com uma vista ímpar, sobre o Cabo e a Baía de Sines, facilmente se adivinhava terreno fadado à habitação para a classe média alta e alta. Precisamente o tipo de habitação que têm faltado em Sines, nas últimas duas décadas e que levaram à fixação de quadros médios e superiores, principalmente jovens, em Santo André e Santiago do Cacém e até ao êxodo de parte da população de Sines. Mas se existe algo indiscutível, quando se tenta compreender uma decisão situada no passado é a sua contextualização. De tão evidente a estranha decisão de localizar uma ZIL em local privilegiado, desde alguns anos que procurei entender o porquê, considerando que os decisores políticos, apesar de tomar decisões por vezes estranhas, não os tomemos por estúpidos.Situando-nos temporalmente na criação da ZIL 2, temos a vila piscatória de Sines, onde começava a despontar as pequenas oficinas e indústrias de apoio ao complexo industrial e ao aumento populacional da vila, situadas dentro do núcleo habitacional. Sobre Sines pairava, então, o todo poderoso Gabinete da Área de Sines que impunha os limites da pequena vila e o risco do êxodo da pequena indústria para Santiago do Cacém ou Santo André, era uma realidade. Com o advento da indústria pesada do Complexo Industrial de Sines, a poluição inerente, a exploração da pedreira e tudo o resto, poucos se atreviam a acreditar que Sines conseguiria sobreviver como núcleo urbano, mantendo a sua identidade e que o turismo continuaria a ter expressão. Neste contexto, seria quase patético olhar para a colina sobre a vila e vê-la coberta de vivendas e moradias.
De cada novo sopro da economia, a ZIL foi crescendo, uns constituíram pequenas e médias empresas, outros armazéns, outros ainda habitações que ocuparam ou arrendaram, pervertendo o mercado habitacional e o parque industrial da jovem cidade. De forma recorrente, os políticos, falaram da ZIL 2, do necessário regulamento, da sua expansão, do seu desordenamento, da falta de infraestruturas, etc, etc, etc.Contudo existe um tempo político, que tantas vezes é diferente do tempo da sociedade. Tempos houve que promessas de acabar com a habitação na ZIL, eram ameaças aos seus habitantes, situação que todos conheciam mas era politicamente correcto ignorar. Mas como o politico e o economicamente correcto nem sempre se conjugam, logo as imobiliárias começaram a anunciar a venda de habitações na ZIL 2.
Hoje, tal como a maioria dos problemas das cidades, mais de uma década de Coelhismo não foi suficiente para resolver ou tão pouco iniciar uma solução para o problema.
De cada novo sopro da economia, a ZIL foi crescendo, uns constituíram pequenas e médias empresas, outros armazéns, outros ainda habitações que ocuparam ou arrendaram, pervertendo o mercado habitacional e o parque industrial da jovem cidade. De forma recorrente, os políticos, falaram da ZIL 2, do necessário regulamento, da sua expansão, do seu desordenamento, da falta de infraestruturas, etc, etc, etc.Contudo existe um tempo político, que tantas vezes é diferente do tempo da sociedade. Tempos houve que promessas de acabar com a habitação na ZIL, eram ameaças aos seus habitantes, situação que todos conheciam mas era politicamente correcto ignorar. Mas como o politico e o economicamente correcto nem sempre se conjugam, logo as imobiliárias começaram a anunciar a venda de habitações na ZIL 2.
Hoje, tal como a maioria dos problemas das cidades, mais de uma década de Coelhismo não foi suficiente para resolver ou tão pouco iniciar uma solução para o problema.
32. Centro de Saúde
Outro problema que mais de 10 anos não foram suficientes para resolver. Depois de uma "trapalhada" da cedência de um terreno que um privado reclamava como seu, mudou-se a localização e invariavelmente de 4 em 4 anos surge como arma de arremesso eleitoral. Enquanto estiver por construir é responsabilidade do Governo Central, que a autarquia se desunhará para resolver, quando estiver construído, será mais uma "obra" de Manuel Coelho.
6 comentários:
Não tenhas duvidas o centro de saude vai ser feito por causa do manuel coelho.
moi-te....
Que eu saiba 1º tem que ser feitas as infraestruturas para depois então poderem e depois é pode ser feito o projecto.
Será que as infraestruturas estão prontas até dia 11 de Outubro?
Há tantos anos que o sr Dr é presidente e não fez o centro de saúde...vai fazê-lo agora?...
Olhe que não vai dr, olhe que não vai...
Nem dinheiro para acabar as obras que iniciou o nosso presidente vai arranjar. Bom exemplo disso é a obra na estrada da entrada principal de Sines que está parada.
em relação à Zil II, ela está sem duvida localizada numa zona de excelência, mas essa visão é recente porque há mais de trinta anos não se houvia ninguém criticar essa localização, o que a meu ver foi pena não terem surgido vozes discordantes, podia ser que se tivesse evitado a sua construção naquele local, hoje não estou a ver a camâra demôlir e indeminizar corretamente as pessoas , algumas delas que gastaram lá tudo o que tinham e que não tinham, aí temos que ser humildes e realistas, e quando falamos na Zil II temos que ter isso em conta se de facto somos democratas e se pensamos também um pouco nos outros, nesses que alí investiram tudo o que tinham, depois noutro ponto " Habitação" não tenho lá qualquer tipo de residência, mas se eu parar um pouco para pensar posso dizer que se podia ter evitado das pessoas terem ido para lá morar, mas já que estão e algumas não têem mais por onde ir por favor não as ponham na rua, que até bem vistas as coisas até servem também para que a Zil não esteja abandonada, porque nos dias que correm todos os que têem lá valores ficam mais tranquilos que estejam lá pessoas a morar do que, estar durante a noite abandonado, no outro ponto "Aluguer" não vejo mal, aquando o superficiário não consiga manter a sua actividade, ou que se reforme, apenas e só nestes pontos, mas isso seria bom que todos os candidatos se pronunciassem sobre estas questões.
Quanto ao centro de saude eu acho que isso não passa de pura campanha eleitoral dos partidos e em especial do actual presidente e candidato.Mas se olharmos mais para trás no tempo,podemos olhar e vêr que a nossa santa térrinha em vêz de andar para a frente só tem regredido nesse sentido,porque quando se deu a revolução dos cravos nós tinhamos um hospital(bom ou máu mas tinhamos)e dai para cá o centro de saude foi pulando de sitio até ao que temos atualmente,e agora pergunto-me eu,de quem é a responsabilidade?
Só pode ser da cdu,porque foi a unica força politica a comandar este conselho,e onde tambem incluo manuel coelho que para alem de autarca,ainda tem uma responsabilidade acrescida por ser médico,é que além de ter responsabilidades para com a população que nele votou tem tambem para com os profissionais que lá trabalham e que por acaso até são seus colegas de profissão e que trabalham nas condições que todos nós conhecemos,portanto não acredito que o proximo executivo seja capaz de honrar com esse compromisso,porque se em 12 anos não o fez tambem não acredito que em quatro o faça,sim porque temos de nos lembrar que este candidato já só tem quatro anos para acabar a obra que começou á doze anos,o que temos que chegar á conclusão que é muito tempo.Quanto á zona industrial ligeira Nrº2 só tenho uma coisa a dizer,deve ser a unica no pais onde moram lá mais pessoas do que as que lá trabalham,porque sendo uma zona industrial nunca se deveria ter permitido que tal chegasse a acontecer.
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