domingo, 16 de agosto de 2009

Monstros e dos Grandes


Amante de desporto, este foi um fim-de semana em grande e repleto de monstros.

No arranque do campeonato nacional do desporto rei, cada um dos cada vez menos grandes encontrou e enfrentou os seus monstros.

O meu Sporting foi à Choupana arrancar um empate. Com um futebol lento e previsível, sem alma e sem Liedson no seu melhor, o SCP banalizasse vitima da cristalização do seu sistema de jogo. Para recordar, a exibição de Daniel Carriço e o jogo anormal de João Aurélio, que consegue num jogo o que muitos não conseguem numa época - um golo, um auto-golo e falhar na cara de Patrício o 2-0 que resolveria o jogo.

O Porto depois de ter acabado a última época e iniciado a actual com duas vitórias sobre o Paços e arrecadado outros tantos troféus, esta tarde o monstro não foi o Hulk,mas o sistema táctico do Paços e uma ponta de excesso de confiança do FCP, comprova-se que em futebol não existem dois jogos iguais e jogar no reduzido campo do Paços é diferente de jogar em qualquer outro campo.

O Benfica de casa cheia e alma sempre renovada encontrou pela frente um monstro de nome Peçanha, com uma mão cheia de grandes defesas, entre as quais um penalti, facilmente o Benfica terá mais dificuldade de jogar em casa do que fora, tal a pressão que as legitimas expectativas dos adeptos exerce sobre equipa. Voltei a comprovar que Nuno Gomes era o ponta-de-lança que mais mobilidade traria a Liedson.

Outros palcos outros monstros, Nuno Ribeiro trepador por excelência, vencedor da Volta a Portugal, um dos desportos fisicamente mais exigentes.

Ponto alto do Mundial de Atletismo e do fim-de-semana desportivo, Usain não deixa de surpreender pela tranquilidade, pela supremacia e pelos constantes recordes mundiais obtidos. Quando o segundo classificado com o fabuloso tempo de 9.71 nos 100 metros e mesmo assim é claramente batido, significa que estamos na presença de um dos maiores sprinters da história do Atletismo de quem os nossos netos ouvirão falar: Usain Bolt.
A prova dos 100 metros é um dos palcos principais onde o Homem se confronta consigo próprio e com os seus limites. Não faz muitos anos em que a barreira dos 10 segundos era quase intransponível,hoje na final e nas eliminatórias são vários os atletas que reduzem este tempo. Ninguém consegue dizer qual o limite para o ser humano fazer os 100 metros.Mais que uma disputa entre atletas é uma luta entre o Homem e os seus limites, por isso admirei e odiei Usain Bolt nos Jogos Olímpicos, pela vitória sobre os adversários e pelo desprezo pela Humanidade quando desacelerou após confirmar a medalha de ouro. Perdoei-lhe no segundo seguinte, quando percebi que quem pode desacelerar numa final dos 100 metros dos Jogos Olímpicos pode levar os limites humanos onde mais ninguém chegou. Para já aos 9,58 segundos em 100 metros, mas isto não fica por aqui.

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