Em Sines sempre existiu uma ambivalência na relação com os “vindos de fora”, traduzida entre o bem receber e a violência com os estranhos, que se tem acentuado a favor da segunda. É uma questão cultural, própria de meios marítimos de pequena dimensão, com hábitos de consumo de álcool e vida nocturna.
Contudo nos últimos anos assistiu-se a uma mutação da violência em Sines. Da violência física pela defesa da honra ofendida, por ciúmes, por traição, era violência, é certo, mas tinha um código de honra e um motivo. Hoje trata-se de uma forma de violência gratuita, cobarde porque perpetuada em grupo contra quem não procura confrontos, canalha porque a única razão é humilhar e mostrar um suposto domínio territorial e um ascendente grupal e físico, muito mais perigosa porque com alvos aleatórios, organizada por gangues ou por membros de comunidades imigrantes.
A violência da minha adolescência que se resumia a fugir ou ficar e lutar, por um motivo devidamente identificado, numa luta mano-a-mano, tinha regras perceptíveis para os contendores, mas hoje não é dessa violência que falamos.
Não haverá noctívago de Sines, Santiago, Santo André e áreas que não tenha presenciado cenas de violência física em Sines. Muitos dos quais foram as próprias vitimas ou os seus amigos ou os seus familiares.
Bem pode o Presidente da Câmara, apregoar nos debates comicieiros do Movimento SIM “o reforço do Marketing Territorial associado ao concelho, tornando Sines num produto turístico durante todo o ano”, que mais que a poluição, as águas frias das nossas praias e as nortadas, a falta de alojamento, o comércio de droga e a prostituição, é a violência e a insegurança que esta gera que derrama a solidão sobre as noite de Sines.
Se a violência urbana é hoje “normal”, tal não significa que a aceitemos, como uma fatalidade sem solução, nem que compreendamos a passividade das autoridades, nem o silêncio cúmplice dos decisores políticos, nomeadamente do executivo camarário, como se ignorar o problema fosse a sua solução.
Contudo nos últimos anos assistiu-se a uma mutação da violência em Sines. Da violência física pela defesa da honra ofendida, por ciúmes, por traição, era violência, é certo, mas tinha um código de honra e um motivo. Hoje trata-se de uma forma de violência gratuita, cobarde porque perpetuada em grupo contra quem não procura confrontos, canalha porque a única razão é humilhar e mostrar um suposto domínio territorial e um ascendente grupal e físico, muito mais perigosa porque com alvos aleatórios, organizada por gangues ou por membros de comunidades imigrantes.
A violência da minha adolescência que se resumia a fugir ou ficar e lutar, por um motivo devidamente identificado, numa luta mano-a-mano, tinha regras perceptíveis para os contendores, mas hoje não é dessa violência que falamos.
Não haverá noctívago de Sines, Santiago, Santo André e áreas que não tenha presenciado cenas de violência física em Sines. Muitos dos quais foram as próprias vitimas ou os seus amigos ou os seus familiares.
Bem pode o Presidente da Câmara, apregoar nos debates comicieiros do Movimento SIM “o reforço do Marketing Territorial associado ao concelho, tornando Sines num produto turístico durante todo o ano”, que mais que a poluição, as águas frias das nossas praias e as nortadas, a falta de alojamento, o comércio de droga e a prostituição, é a violência e a insegurança que esta gera que derrama a solidão sobre as noite de Sines.
Se a violência urbana é hoje “normal”, tal não significa que a aceitemos, como uma fatalidade sem solução, nem que compreendamos a passividade das autoridades, nem o silêncio cúmplice dos decisores políticos, nomeadamente do executivo camarário, como se ignorar o problema fosse a sua solução.
6 comentários:
O importante é ter sido hoje assinado o protocolo como GOVERNO para a implantação dos Julgados de Paz em SINES.
IMPORTANTISSIMO.Braz investiga a noticia
mais pistas. não alcanço o significado do comentário.
Para que serve a criação de um tribunal extrajudicial ou julgado de paz em sines se depois de se consumarem os actos de violencia e das vitimas abandonarem o local (porque concordam comigo que mais vale fugir do que esperar pela autoridade e continuar a ser violentado), a autoridade presente em sines não pode fazer nada devido a não haver queixosos, participação formal do incidente, testemunhas ou flagrante delito? Pode ser bom ter cá um tribunal mas neste caso especifico não vai servir pra nada. É pena é continuar a haver uma mancha no nome da nossa terra devido ao aumento pontual destes casos de violencia contra internos e externos á terra.
Sou neto de corticeiros e filho de pescadores, sou de Sines e como todos os nativos de locais à beira-mar plantados e de destino turistico, mais que tolero a diferença, aceito-a como parte integrante da realidade.
Sou do tempo em que numa "cena de porrada" quando um dos intervenientes caía, esperava-se que se levantasse, sendo inclusive impedido travado pela plateia de se num acto mais impulsivo tentasse pontapear o adversário, e quem o fizesse era ostracizado pelos seus pares. Eramos homens de honra, lutavamos, só e quando era inevitável.
Aos vários tipos que tenho visto pontapearem na cabeça um homem indefeso no chão, pratica usual nas noites de Sines, desejo que sejam presos e sofram pratica semelhante devidamente acompanhada das sevicias sexuais, reservadas aos canalhas, cobardes e filhos da puta.
Mas enquanto em vez das portas da cadeia, se abrirem as portas de bairos sociais, terrenos gratuitos e demais benesses, para os coitadinhos vitimas de racismo, desempregados de colares e anéis de ouros, roupa de marca e bons carros, fruto da droga que mata os filhos de Sines, bem podem vir os ministros e primeiros-ministros que nada mudará.
Neste rol de cobardes e canalhas também incluo em igual sorte os canalhas e cobardes que em nome de meia dúzia de votos, tudo permitem até destruir uma terra que não é sua.
Veremos tudo isto acabar muito mal, normalmente a abrir noticiários.
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