
Como o título de "3,7 mil milhões para Sines até 2012", o Diário Económico de 15 de Maio, mantinha a chama da orgia de investimentos em Sines, bem acesa.
Para além dos investimentos descritos na noticia mencionada, acrescentei mais alguns anunciados noutras ocasiões, mesmo assim cheguei apenas a 3,5 mil milhões. Pequena diferença se considerarmos 200 milhões coisa pouca.
Para além dos investimentos descritos na noticia mencionada, acrescentei mais alguns anunciados noutras ocasiões, mesmo assim cheguei apenas a 3,5 mil milhões. Pequena diferença se considerarmos 200 milhões coisa pouca.
Investimentos anunciados:
Terminal XXI, segunda fase da expansão: 69 milhões
Terminal de GNL da REN: 159 milhões
Repsol, unidades de cogeração, polipropileno e polieteleno: 850 milhões
Artenius, fábrica de produção de PTA: 400 milhões
AICEP e AdeSa, infra-estruturas de apoio à fábrica da Artenius: 20 milhões
Veolia, fábrica de utilidades adjacentes à fábrica da Artenius: 90 milhões
Refinaria da Galp, conversão: 900 milhões
Galp, Central de Ciclo Combinado: 400 milhões
Central EDP, requalificação: 317 milhões
NGCR, fábrica de Etileno: 200 milhões
projectos de biocombustível: 160 milhões
Na presente data e de acordo com as circunstâncias actuais 1,85 mil milhões estarão concluídos em 2012, 1,36 mil milhões estão comprometidos por escassez de procura ou falta de financiamento, 600 milhões são de execução duvidosa e 160 milhões dificilmente se realizarão. Acresce ainda que dos 1,85 mil milhões parte está em curso ou realizados.
A gestão de expectativas é uma competências dos governos que utilizado devidamente tem um efeito de alavancagem na economia, desde que seja consequente, insuflar falsas esperanças nos agentes económicos, originando investimentos em meios humanos e materiais por partes das empresas que legitimamente aspiram a participar nos anunciados investimentos, e gerar movimentos especulativos, nomeadamente no sector imobiliário e nos bens de consumo das regiões alvo dos supostos investimentos, é algo diferente, que é pago por todos nós.
Não sendo um pessimista, sou um optimista cauteloso, não partilhei da euforia da suposta duplicação da população de Sines, não vi com esperança a multiplicação de imóveis em Sines, cujo aumento da oferta, contrariando as leis de mercado, não baixou o preço, que poderia assegurar o retorno de jovens sinienses que vivem em Santo André e Santiago, paguei como todos mais caro a restauração e outros bens de consumo, vi aumentar a concorrência a muitas das empresas estabelecidas no concelho, sem o que se verificasse o almejado aumento da procura, continuo a não ver com agrado a continuação de notícias deste teor na imprensa nacional.
3 comentários:
fico satisfeitíssimo ao ler este post. só gostaria de acrescentar mais uma pequena parcela ao rol das expostas pela estação...
e as expectativas criadas no nosso ensino universitário pelos engenheiros da galp e director técnico da artenius? sim...
como e quando vai a universidade de évora formar novos engenheiros sanduiche da 4ª geração?
na duvida vou mandar estudar meu filho para o seminário de portalegre! aí, estou certo, tem emprego assegurado.
Brás
Gosto da expressão "optimista cauteloso" mas neste caso estaremos todos a ser apenas "ingénuamente" muito optimistas?
temos assitido ao longos dos anos a continuas promessas e expectativas, chegam dão uns dinheiritos à autarquia, fazem umas publicidades institucionais, poluem quanto baste, esgotam os beneficios fiscais e abalam.
e os politicos continuam a embarcar nestas tretas e não srá só pelas inaugurações croquetes.
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