quarta-feira, 13 de maio de 2009

Financiamento atrasa fábrica


Desde cedo duvidei da megalomania dos investimentos previsto para Sines, como nunca acreditei na explosão demográfica e urbanística anunciada, mesmo longe de adivinhar a crise económica que se abateria sobre a economia mundial.

A construção da fábrica da La Seda (Artenius) está com um atraso de 5 meses relativamente ao planeamento inicial, que poderá se dilatar a permanecerem as dificuldade de financiamento.

A CGD accionista ( 7%) do grupo La Seda, disponibilizou até ao momento cerca de 80 milhões de euros no projecto de Sines, o que não impediu que a empresa tenha uma divida acumulada de 290 milhões a fornecedores.

Contrariamente ao que publiquei anteriormente, e que um visitante mais informado prontamente contestou, Manuel Matos Gil (Imatosgil) não detêm - mas já teve - 22% do Grupo La Seda, pois vendeu as suas participações no decurso de 2008, sendo neste momento "apenas" um accionista indirecto através do fundo espanhol Júpiter, que detêm 10% da La Seda Barcelona.

O Grupo La Seda devido às aquisições realizadas pouco antes do despoletar da crise e da contracção do crédito bancário e exigência de maiores garantia para titularizar os empréstimos, para além de descapitalizada, vê-se obrigada a redefinir as condições dos empréstimos contratados, 600 milhões contraídos junto do Deutsche Bank e 320 milhões com a Caixa Banco Investimento, destinados exclusivamente à fábrica de Sines.

O atraso na execução do projecto com o consequente adiamento da libertação de cash-flows compromete ainda mais a capacidade de liquidação dos empréstimos contraídos, cuja dilatação dos prazos poderá depender da exigência de garantias reais sobre os activos do Grupo La Seda Barcelona. Pelo meio ficam os empreiteiros e fornecedores a aguardar os pagamentos devidos e eventualmente alguns dos trabalhadores.

A venda das participações directas da Holding Imatosgil, deveu-se à necessidade do accionista obter liquidez, oportunidade de realizar mais-valias, ou tratou-se de um indicador de que o accionista não acreditava no projecto de Sines?

Sobre este assunto ver páginas 16 e 17 do Diário Económico de 13.05.2009

6 comentários:

Anónimo disse...

confirmado o que veio no " fundamental e o acessório" http://ofeoa.blogspot.com/2009/05/artenius.html ..

Os blogs estão melhores que o "Noticias de Sines".(que ao que parece está a morrer... dizem que vai morrer a sambar!!).

já agora, será boato ou realidade, que o MC está aflito com cash para a campanha?

fui

Anónimo disse...

claro amigo fui...

há dois tipos de informação: a produzida pela senhora ana gonçalves (paga a peso de ouro!) e a dos bons blogs.

pesoalmente prefiro a ultima! é que não gosto que me comam como parvo...

Anónimo disse...

Em resposta à pergunta levantada, a Holding Imatosgil existe obviamente, como qualquer empresa, com a finalidade de fazer dinheiro. Em altura de crise ou contracção é perfeitamente normal, que as empresas se desfaçam de alguns activos/participações para realizar capital. Para pagar emprestimos, para aliviar a sua estrututra, enfim por variadas razões. A mim, parece-me que neste caso, não foi por não acreditar no projecto de Sines. Só não acredita no projecto de Sines quem não conhece verdadeiramente o seu potencial. E Sines na área petroquimica tem-no como não tem mais nenhuma zona do País. Sines mais tarde ou mais cedo, vai-se afirmar...Agora o que é preciso é que toda a gente esteja alinhada e perceba duma vez por todas que esta cidade é industrial! E há vantagens nisso! Temos condições como mais ninguém no país para fazer um verdadeiro Cluster petroquimico. Mas ele só será verdadeiramente optimizado, com a presença da La Seda e de muitas mais empresas deste sector. Acho que o caminho deve ser por aí. E acho igualmente que quem tem a responsabilidade de atrair empresas deste tipo, tem de se mexer mais...Não basta trazer cá ministros e por aí fora a dizer que esta "terra" tem potencial.
É necessário haver uma equipa de pessoas a estabelecer canais directos com empresas que operam neste sector, a mostrarem porque seria vantajoso se instalarem em Sines.
Vejam o caso da AutoEuropa. Cluster automovel: é uma fábrica de assemblagem com muitos dos fornecedores a operarem a poucos metros de distancia. Foi necessário o empenho de muita gente para conseguir formar aquele Cluster em Portugal. MAs conseguiram-no.

Quanto mais empresas estiverem a operar em Sines, maiores serão as quantidades de matérias primas a chegarem ao porto de Sines, e consequentemente mais barato será o seu custo. Se é mais barato, mais competitivas serão as empresas que cá estão...
E atenção que falei apenas no serviço de transporte, em tudo o resto, o raciocinio é o mesmo...
Enfim, é obviamente um efeito de bola de neve, que vai crescendo, e tornando-se cada vez mais forte, falta apenas começar a formar-se...
Resumindo, nada de pessimismos, Sines tem potencial, façam por mostrá-lo... eu sempre que posso, faço-o!
Cumprimentos,
Ass:Alguém.

Anónimo disse...

já agora essa história do dinheiro para a campanha do MC.

ESCLAREÇA-NOS QUEM É MC?
PROVE QUE DINHEIRO É ESSE.
ACUSAÇÕES MUITAS, PROVAS NADA.
SE TIVESSEM QUE PROVAR EM SEDE PRÓPRIA FALAVAM MENOS.

FICA PARA OS ADMINISTRADORES ESTAS ACUSAÇÕES....

Anónimo disse...

Meu caro alguém:

De facto o Dr. Manuel Matos Gil não anda a brincar com tudo isto. A brincar andam os espanhois (e portugueses também) que nunca souberam gerir aquilo que esse GRANDE PORTUGUÊS lhe ofereceu de bandeija: - o maior grupo produtor de PET da Europa.

Não acredito quer ele tenha deixado cair os braços. Mas tenho a certeza que não tardará muito tempo em que o veja de vassoura na mão varrer toda essa corja de incompetentes que se instalaram à sua volta.

O resto é para esquecer. A La Seda «foi», já não «é». Tudo aquilo que «alguém» despejou neste blog a este propósito está no mesmo patamar daquilo que a senhora Ana Gonçalves escreveu nos seus pasquins!

Salvo raras excepções...

Anónimo disse...

O empresário matos Gil, que desconheço se é doutor, julgo ser aquele senhor que esteve no lançamento da 1.ª pedra com o nosso 1º, enquanto a La seda valorizava em bolsa e aproveitava para realizar mais-valias. este projecto veio para portugal porque houve um autêntico "leilão", entre várias localidades, e o nosso governo que tem sido mau a licitar, empurrou a CGD, que em conjunto com a Imatosgil, socios de rferência tiveram um peso decisivo pela escolha de sines.
Infelizmente. A actual crise demonstra que o paradigma em que aseenta o desenvolvomento do ciclo do petróleo faliu tal como existiu até aqui. Esta megafabrica de PET, é apenas mais uma demonstração da esperteza de alguns que a troco de empréstimos bonificados e beneficios fiscais, procuram rentabilizar negócios que de per si, são de retorno duvidoso.

"Mais depressa investia na indústria do vidro, que do plástico" disse recentemente um galardoado com o nobel da economia, porque será?

Não se preocupe em defender o sr.dr. (???), ele tem quem o defenda e bem.