sexta-feira, 15 de maio de 2009

Centro Histórico

imagem retirada da net, de autor desconhecido


No 14º Encontro Nacional de Municípios com Centro Histórico que decorre até Sábado em Beja, a investigadora francesa Françoise Choay defendeu a reabilitação dos centros históricos das cidades para serem habitados e usados e não “objectos mortos” para “consumo mercantil” de turistas e com monumentos considerados “peças de museu intocáveis”.

Segundo a investigadora, considerada uma “referência mundial” nas questões do património e dos centros históricos, “se as cidades históricas continuarem a ser objectos mortos oferecidos para consumo económico” e “não forem reapropriadas pelos seus cidadãos” irão “perder a sua identidade e a sua cultura”. Os centros históricos não podem simplesmente “pertencer aos novos-ricos e aos turistas”, enquanto “a população que está ligada à cidade, à sua cultura e à sua identidade está a ser expulsa para sítios periféricos desestruturados”.

Françoise Choay defendeu também que “é fundamental desembaraçarmo-nos do preconceito da sacralidade do património histórico” que tem “relegado” monumentos, casas e edifícios históricos para a condição de “peças de museu intocáveis”. “É essencial que as novas gerações possam viver nas cidades históricas”, porque, “só assim poderão reencontrar e continuar a desenvolver a identidade e a cultura” próprias das cidades.

Nas palavras da investigadora, bairros sociais de grandes dimensões na periferia das cidades, concentração de serviços em cidades administrativas e de actividades em complexos desportivos, não é o caminho para recuperar os centros históricos, que mais que um conjunto de casas representam a identidade e a cultura dos cidadãos, são parte integrante da memória colectiva das cidades.

6 comentários:

Anónimo disse...

Em Sines infelizmente fez-se precisamente o contrário. O centro histórico agoniza em fase terminal enquanto se transferiu a população para novos bairros. É claro que a terra cresceu e teriam que existir sempre novos bairros. O problema é que esse crescimento não foi equilibrado, e acabou por despovoar o centro histórico, para além da sua crescente degradação que se acentua de ano para ano. Tudo isto resulta de más politicas, da ausência de qualquer estratégia ao longo dos anos, sobretudo durante o consulado de M. Coelho, o autarca que melhores condições e meios teve à sua disposição para que nada disto existisse. O estado actual do centro histórico tem dois responsáveis. A CDU e Manuel Coelho.

Anónimo disse...

Já agora, alguém sabe se esteve alguém da CMS nesta iniciativa para trocar experiencias, recolher informações e conhecimentos ?

Anónimo disse...

Ora aqui estão algumas boas reflexões para os candidatos em Sines colocarem em prática, porque se existem exemplos do que não deve ser feito em matéria de desenvolvimento urbanistico e gestão dos centros históricos, Sines é um dos expoentes máximos.

Anónimo disse...

Estou muito curiosa para conhecer as ideias que os diversos candidatos vão apresentar-nos na campanha sobre este tema importante para Sines, porque penso que descer mais baixo do que desceu o centro histórico de sines deve ser quase impossível.

Anónimo disse...

A desgraça do nosso centro histórico é igual à do de Santiago, do de Grândola, do de Alcácer, Odemira ou seja em todo o litoral alentejano devido à fraquissima qualidade dos politicos que temos elegido que básicamente só se preocupam em aumentar a mancha de betão ainda que à custa de áreas protegidas, da natureza, da nossa qualidade de vida e naturalmente por arrastamento com o desertificação dos núcleos antigos que são o coração de qualquer vila, cidade, etc. Evidentemente que em todos os concelhos da região há uma marca transversal a todos eles que é o facto de terem sido geridos muitos anos pela CDU e por gente incompetente, ignorante e populista. A factura de tudo isso está bem à vista e não vai ser nada fácil reverter este quadro.

Anónimo disse...

temos que perdoar o pessoal que só fala mal do nosso centro histórico, pois não devem sair de Sines, e não conhecem outras realidades. E sempre é mais facil falar mal da autarquia, esteja lá quem estiver.