Sábado à tarde em Sines

Acabado de chegar a Sines, encontrei a garagem do meu prédio inundada. Por volta das 12h30m foi contactada a Protecção Civil que de imediato contactou o respectivo serviço municipal. Segundo o que me foi transmitido a Protecção civil foi bastante prestável e de imediato disponibilizou a sinalização para proceder ao corte da Avenida 25 de Abril caso fosse necessário. Passadas quase 2 horas sem vestígios dos respectivos serviços municipais, a Protecção Civil contactou novamente no sentido de estes se deslocarem ao local. Por volta das 15h15m lá chegou o piquete das águas, que depois de uma análise do problema concluiu que nada podia ser feito hoje, só amanhã, uma vez que teriam que descobrir em que conduta se encontrava a fuga, até lá o desperdício de água continua...
Como o Sol brilhava, não resisti a um passeio pedestre pelas ruas de Sines na companhia do meu irmão, tendo como objectivo intermédio um café no Ponto de Encontro. Ao chegar ao largo dos antigos correios, um aglomerado de pessoas prendeu a minha atenção, ainda afastado perguntei-me se estaria a ronda dos traficantes a decorrer, mas ao aproximar-me apercebi-me que se tratava apenas da sede da candidatura do Dr. Manuel Coelho, ai pude perceber o porquê da demora e da incapacidade do piquete.
Decidi porém não parar sequer e seguir caminho, porque num dia como o de hoje não convém perder tempo com visões macabras e assim, bebemos o nosso café e percorremos o Centro Histórico enquanto o sol se escondia algures no horizonte.
Amanhã já sei, a rua vai estar cortada e vou acordar sem água a cheirar a lixívia na torneira, para prevenir enchemos garrafões para lavar os dentes e a cara. Não sei porquê, mas vir a Sines faz-me sentir vivo...