SIM, queremos continuar a enterrar a Câmara em dívidas! Acerca da tão falada crise, que em Sines não tem a menor relevância, uma vez que apenas é sentida onde existiam preocupações em pagar dívidas em dinheiro e não de outras formas, devo dizer que discordo em absoluto com o Luis Maldonado, que menospreza a crise. Caro Luís, com todo o respeito, não me parece que as pessoas de Sines que trabalham na Repsol, na Petrogal e afins, sintam a crise... Já em Lisboa, porém, um jovem formado em inicio de carreira, com sorte ganha 900 euros limpos, paga por um quarto 300, se quiser dividir um apartamento 300 mais contas e se quiser viver sozinho tem de ir para os arredores e estar enfiado no trânsito 2 horas por dia. Depois há aqueles que trabalham em call centers com contratos mensais, que ganham cerca de 650/700. É fazer contas... Não vou sequer falar nas familias que vivem com 2 ordenados minimos e com 2 ou 3 filhos, porque senão já não janto hoje. Em Portugal há gente que no final do Mês come arroz e massa, esses à boa moda Portuguesa, sofrem em silêncio, com vergonha por não terem dinheiro. Nós somos assim, não somos capazes de admitir as dificuldades, de pedir ajuda, de gritar basta, assim não consigo viver!
Em Portugal enquanto uns ganham milhões outros contam tostões e essa estatistica que mostra que os Portugueses são os maiores consumidores do turismo em Portugal, revela isso mesmo, que já não há dinheiro para ir para o estrangeiro como havia antigamente. É certo que quem tinha carreira feita está bem agora, assim como aqueles que arranjaram um bom emprego, mas a maioria vê um futuro negro à sua frente e estes postos de trabalho que agora se perderam, jamais voltarão a ser recuperados. Caminhamos para uma cada vez maior automatização dos sistemas produtivos de forma a conseguirmos lutar com a escravidão de Países emergentes e se é certo que esses também um dia ganharão direitos, também é certo que niguém dá emprego por caridade...
Esta crise é apenas sentida por alguns e por nós não a sentirmos, não significa que possamos dizer que ela não existe e que deviam vir mais crises assim, principalmente porque ela aconteceu devido à ganância que ainda perdura de uma pequena minoria.
Muitos estudam soluções, outros injectam milhões que por magia aparecem desparecendo da mesma forma, no entanto enquanto as pessoas não pagarem pelos seus crimes e enquanto não houver uma supervisão eficiente, tudo continuará na mesma.
11 comentários:
"Em Portugal há gente que no final do Mês come arroz e massa, esses à boa moda Portuguesa, sofrem em silêncio, com vergonha por não terem dinheiro."
E se formos a ver, alguns deles têm um BMW ou um AUDI na garagem, para que o status se mantenha e as aparências não se esvaneçam...
Caro Bruno, tal como disse no meu primeiro artigo, "Eu falo por mim, e perdoe-me quem discordar", por isso a sua opinião é tão válida como a minha ou outra qualquer, apenas são opiniões diferentes.
E sim, tal como também disse no meu artigo, "Sim, é verdade, existe uma crise, muita gente foi para o desemprego por causa dela", mas não foi a esses que me referi, mas sim a todos aqueles que utilizam a palavra CRISE de modo leviano e pouco prudente, aproveitando o empolar da situação actual para despedir pessoas e fechar empresas auto-suficientes.
Bruno tu tens toda a razão , isto está mau mesmo muito mau.O Luis Maldonado tem a sorte que a maior parte de jovens licenciados não teve,a ele saiu-lhe o Euromilhões, o totoloto ,e a lotaria.
Eu tenho um filho licenciado que andou a queimar as pestanas enquanto muitos andavam nas discos etc,etc e ganha + ou - 1000 € e trabalha + de 8 horas por dia e passa recibos verdes ñ tem subsidio de natal nem férias renumeradas , sabes o que é isso Luis Maldonado , não claro que não , tu fos-te bafejado pela sorte e ainda bem, e o teu trabalho eu sei bem o que é vais lá cumprir 8 horas
Certo certo é que estão os 2 correctos!! Não em tudo, mas em boa parte concordo :) Há muita gente que se aproveitou da crise para safar a sua própria pele!
Possivelmente poucas vezes estive de acordo com os post's do Bruno. As razões foram diversificadas. Neste post's concordo em absoluto com ele. E por muito que o Luis Maldonado venha dizer, não apaga o que está escrito por ele em post anterior.
Tal como o Caranguejo, o Bruno, eu e muitos outros que por aqui passam, fizemos a mesma leitura do post do Luis, ou pelo menos semelhante. E por muito que ele explique o que quis dizer, uma coisa eu tenho certa, a "Crise de Valores", focada por um outro comentador, está bem patente no post.
Muito boa análise Bruno. Factos expostos e conclusões acertadas.
Bem haja.
O Caranguejo!
Luís vais-me desculpar se quiseres, claro!. Mas o post do Bruno manda o teu para lá de Marte, pelo menos.
A crise de que o Bruno fala existe na realidade, eu vivo-a nas duas vertentes.
Na minha pessoa, estou descansado, estou no primeiro grupo de que o Bruno fala, na pessoa da minha filha que se encontra exactamente a morar perto dele e vive parte do que ele expôs, a sorte dela é eu poder ajudar, senão estava á rasca.
Portanto para o Bruno um abraço, para ti uma taganhada, se pensares mais um pouco um dia vou abraçar-te.
Tal como demonstra o comentário que fiz ao texto de Luís Maldonado, estou de acordo com a análise feita por Bruno Leal. Está muito próxima da realidade e se falhar será por defeito, nunca por excesso.
Os exemplos apresentados por Luís Maldonado não são representativos da grave situação que Portugal, inserido que está num Planeta igualmente em crise, Económica, Financeira e de Valores Humanos, com certeza.
Caro Luís, concordo contigo no que diz respeito ao facto de alguns utilizarem a crise em proveito próprio, mas esses foram os mesmos que a provocaram.
Porém não acho que se possa falar da crise assim, de forma leviana, porque muitos sofrem na pele o facto de não terem dinheiro, de pura e simplesmente o dinheiro não chegar ao final do Mês e é com esses que eu estou solidário e é isso no fundo que me faz interessar pela politica e pelas causas sociais, porque estou farto de ver alguns a roubarem os outros, julgando que ninguém percebe ou que ninguém faz nada, acertaram na 2ª hipótese...
Abraço
Há de tudo um pouco, mas grosso modo é indisfarçável que as coisas estão muito más. Há quem se adapte melhor às circunstâncias e consiga gerir esta redução de rendimentos face ao custo de vida, aos spreads, juros bancários, etc. Mas também há quem não queira dar o braço a torcer e continue a fazer vidas de aparências com os tais BMW's, Audis's, lugar cativo nos principais estádios de Lisboa, férias a crédito, etc, e leve uma parte do mês a comer croquetes e sandes. Conheço gente que tem o BMW da praxe e vive em T2 arrendados, com meia dúzia de tarecos lá dentro, e só obrigados é que pagam o condomínio. No fundo, é também uma questão cultural. À portuguesa!
Luis, nós desculpamos-te ainda és muito novo ,ainda não comes-te o pão que o diabo amassou, como alguém já aqui disse és um sortudo
Em Sines tudo leva a crer que não há csrise e ainda bem! Os restaurantes continuam cheios-as casa mais caras são as que compram mais-o normal é o pessoal ter dois ou três carros para as deslocações a meia dúzia de passos..as lojas do pessoal da massa estão sempre cheias...os fins de semana são sempre com a rota para o Sul Algarvio--Isto é um Paraiso...Portuguese venham todos para Sines...SIM?
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