terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um elefante branco de cor...branca

Infelizmente este como outros projectos para Sines, que levaram responsáveis autárquicos a delirar com a perspectiva de duplicação da população, no espaço de uma década, geraram expectativas, inflacionaram primeiro do lado da procura imobiliária e depois do lado da oferta.
Lembro-me de projectos resplandecentes de uma Avenida General Humberto Delgado, ladeada por prédios (feios, no caso do empreendimento da Refer), arborizada, com faixa interior de circulação para os moradores, jardim público e ciclovia até à baixa de São Pedro, equipamentos públicos, etc. Passada que está quase uma década desde estes sonhos delirantes, e agora que já entendemos que a população não vai duplicar, que os investimentos não serão o que se previa, e não só por culpa da crise, que não serão criados os postos de trabalho imaginados, será que existe plano B, ou ficaremos rodeados por um anel de betão, com muitas casas a aguardar moradores e o centro desertificado. Sines é hoje, uma "bolha" especulativa pronta a rebentar.
A "falência" do empreendimento da Refer é só um ronco de um vulcão prestes a explodir.




Dezembro 2, 2008
Empresa imobiliária da Refer em risco de sobrevivência
A Invesfer, uma participada da Refer que tem como missão ganhar dinheiro com os terrenos e imóveis que já não têm utilidade "tendo em vista libertar meios financeiros para a melhoria da infra-estrutura ferroviária", acumulou dívidas de 48,9 milhões de euros."
Afigura-se muito difícil a sobrevivência da empresa com o modelo de gestão até agora prosseguido", diz um relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) a que o PÚBLICO teve acesso, que refere que existe a possibilidade de se terem vindo a "transferir prejuízos da Invesfer para a Refer".
A empresa tem empreendimentos em Viana do Castelo, Braga, Guimarães, Porto (Campanhã), Aveiro, Tomar, Lisboa (Rossio) e Sines, mas a sua rentabilidade tem sido fraca ou nula.
Publico online

Setembro 10, 2006
A Alameda da Paz, uma obra da Câmara, resulta de um protocolo celebrado em Outubro de 2000 entre a Refer, a Invesfer e a Câmara Municipal de Sines, no âmbito da qualificação urbana de toda a frente norte da Av. Humberto Delgado e do espaço do antigo trajecto do caminho-de-ferro.Um investimento global de 2,3 milhões de euros, quando estiver completamente concluído, o parque chegará à Baixa de São Pedro, atingindo uma extensão linear de 900m e uma superfície de 30 mil metros quadrados.
alentejomagazine

Setembro 8, 2006
No global, o projecto do novo parque urbano envolve um investimento de 2,3 milhões de euros, mas a primeira fase da obra, já concluída e na qual foi investido um milhão de euros
Designado Alameda da Paz, o parque, nesta primeira fase, estende-se por uma área de 18 mil metros quadrados, ao longo do antigo troço urbano da linha ferroviária, explicou hoje a Câmara Municipal.
No total, o projecto vai ter uma extensão linear de 900 metros e uma superfície de 30 mil metros quadrados, entre o Jardim das Descobertas e a Baixa de São Pedro, englobando um jardim público, ciclovias, vias pedonais e mobiliário urbano diverso.
Manuel Coelho explicou ainda que o projecto "resulta de um negócio entre a Câmara Municipal e a Refer Invesfer, que se traduziu numa permuta de terrenos".
A autarquia cedeu terrenos à Refer para a construção de loteamentos (os primeiros já estão prontos), enquanto a empresa ficou obrigada à realização de obras de urbanização, construindo o parque urbano e requalificando um troço da Avenida.
A construção do restante segmento do parque urbano será feita à medida que for evoluindo a edificação dos empreendimentos habitacionais promovidos pela Invesfer na zona.
Agência Lusa

Julho 25, 2002
Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal de Sines, acrescenta ainda que este projecto insere-se no esforço de qualificação da cidade e que a sua construção “acontecerá numa fase crucial tendo em conta os investimentos estruturantes projectados para o porto de Sines”. No dia de apresentação do projecto o autarca reafirmou a necessidade da construção de acessibilidades para que estes investimentos “tenham ainda mais sentido e para que sejam mais proveitosos”.
Setúbal na Rede

3 comentários:

Anónimo disse...

e com o prometido ...continuam a ser ingénuos ....ver pra crer,mas é uma pena!

Anónimo disse...

Nada melhor do que estas retrospectivas do nosso amigo Braz para avivar a nossa memória. É que há por aí alguma amnésia...

Anónimo disse...

Moro no "elefante Branco", como lhe gostam de chamar, e posso afirmar que as casas são bastante boas, se bem que caras.
O problema aqui é a falta de policiamento, o aumento do vandalismo, e a ineficácia da GNR, que não faz frente a uma carrada de putos estúpidos que só o que sabem é destruir aquilo que não é deles!!

Luis Sousa, Sines