Análise Evolutiva
De acordo com os dados da Marktest, em Maio o PS atingiu a percentagem de intenção de voto mais baixa desde as últimas eleições legislativas, em Fevereiro de 2005. Para além deste dado convém reter:
O empate entre PS e PSD, derivado da quebra de intenção de voto no PS, enquanto o PSD apresenta uma suave subida, ainda sem o impacto da eleição do novo líder;
O retorno da CDU à terceira posição;
Os partidos à esquerda do PS (não considerando o PSD) já atingem 24% das intenções de voto;
O CDS-PP que apresenta a maior subida entre todos os partidos;
A exclusão do cenário de maioria absoluta do PS.
A serem hoje as eleições e perante a ausência de maioria absoluta, do PS ou PSD, estaríamos perante um cenário nada tranquilizador. É preciso muita boa vontade e sede de poder para acreditar em coligações, quer com o PSD, como com o PS, o que conduzirá Portugal a uma instabilidade governativa que é tudo o que não precisamos neste momento.
Ironicamente, a crise dos combustíveis - provocada por factores externos - teve um efeito de degradação na imagem do Governo que a contestação social às medidas governativas não logrou alcançar. Não será fácil os portugueses aceitarem que depois de tanta contenção e rigor orçamental, uma qualquer crise internacional ponha tudo a perder.
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