quarta-feira, 11 de junho de 2008

O Rei vai nu



Um grupo de camionistas organizados como uma milícia, mostraram as fragilidades do nosso País. A interdependência entre actividades e sectores e o abandono da produção e economia de auto-suficiência ditaram o resto.
O Governo que mostra um rosto autoritário às actividades que não podem paralizar o país, - mas a bolsa do cidadão -, como as pescas, opta agora pelo silêncio, próprio dos fracos e indecisos.
Onde Cavaco pecou por acção, Sócrates peca por inacção.
Quando é necessário mais Estado, ou pelo menos, Estado onde este é necessário, como na segurança e este não diz presente, abre a porta à lei dos mais fortes que nunca é o cidadão cumpridor.
Depois de os camionistas, ou antes os proprietários de camiões, conseguirem aquilo que todos os sectores reclamam, redução de custos, via redução dos impostos, esperemos ingenuamente que baixem os custos de transporte e que o Governo não aumente os impostos para compensar a cedência à chantagem.
Entretanto, se os piquetes de greve estão a 40 quilómetros da refinaria de Sines, na rotunda de Grândola, não pode Sines, Santiago e Santo André ser abastecido?

2 comentários:

Um lugar ao Sul disse...

Excelente sentido de oportunidade, num podia haver melhor música para estes dias! Sinto-me tentado a "roubar" a originalidade para o meu blog :p

Estação de Sines disse...

Tás à vontade, amigo.