terça-feira, 24 de junho de 2008

O Mundo nem sempre é redondo

A europa sentada no trono da História e civilização e os Estados Unidos da América escudados no poderio militar e económico, impuseram subtilmente através das denominadas elites e orgãos de comunicação, um pensamento único e global, baseado no conceito de democracia e liberalismo económico, construindo uma sociedade de informação de sentido único. Mas as esquinas da realidade reservam supresas, que nem as mais elaboradas e testadas teorias estatísticas podem prever. E assim, em pouco mais que um sopro, o humanidade acordou para um pesadelo: o modelo de Sociedade em que vivemos começa a dar sinais de esgotamento.

Neste contexto é interessante, independentemente de concordarmos ou não, com outras formas de encarar o Mundo, manifestados por quem se atreve a pensar por si próprio, recusando as idéias concebidas e exportadas pelas elites europeias e norte-americanas, como panaceia civilizacional.

Falo de Hugo Chávez e da magnifica entrevista - apesar do desnecessário castelhano de Mário Soares e das excessivas citações do presidente da Bolívia - que passou na RTP1, do sonho que vai concretizando da sua República Democrática Bolivariana, da sua concepção de socialismo que se reinventa, adaptando-se a cada sociedade, do seu socialismo cristão, etc. É certo que têm como alavanca as enormes reservas petrolíferas, mas outros também as têm, e não têm feito tanto pelo seu povo e região.

lembro-me do rei Abdallah, da Arábia Saudita, que num documentário passado na Sic Notícias, explicou para quem quis ouvir que a democracia têm que ser um caminho a percorrer e não um modelo a impor. Chamar-se-á democracia aquela que se impõe, ou a que se conquista pela vontade do Povo?

Falo de Bjorn Lomborg, o ambientalista céptico, um dinamarquês que está a agitar a discussão mundial, pela coragem de enfrentar a ideia dominante em relação ao aquecimento global, diz-se um pensador livre, preocupado com a sida, a malária, a pobreza e a má nutrição, ataca sem pudor os custos do Protocolo de Kyoto e demonstra que com menos teríamos feito muito mais, suscitando dúvidas pertinentes sobre o verdadeiro impacto do aquecimento global no nosso planeta.

Não sei se estão certos ou errados, se serão melhores ou piores que os seus pares, mas são diferentes e fazem-nos pensar, o que não é pouco numa sociedade com tantas "certezas".

7 comentários:

Anónimo disse...

Começo a ficar fã deste blog, para mim um dos melhores da região. Parabéns à equipa que o gere.

Estação de Sines disse...

Brigadão.

Anónimo disse...

A equipa? é o braz, o braz e o braz, da célia nem ver, deve andar entretida com o seu partido.lol

Anónimo disse...

De facto muito bom para sentir o pulsar do que se passa em Sines, principalmente para quem sempre aí e agora, apesar de estar longe, gosta de saber as novidades da "santa terrinha".

Anónimo disse...

Mas sinto que falta algo neste blogue. Não acham?

Anónimo disse...

Falta-lhe mais vida, mais participação.

Anónimo disse...

Grandes textos e grande capacidade desta parelha de bloguers de sines. é um orgulho ver que a grande sines ainda tem gente com massa cinzenta de primeira água e sem olhar a politiquices. Em frente, que sines merece.