quinta-feira, 15 de maio de 2008

Taxa de mortalidade no Concelho de Sines

Sines é um dos Concelho de Portugal com maior taxa de mortalidade.
Segundo a edição do Expresso de dia 30/05/2008, um estudo realizado por quatro investigadores do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, que analisa a mortalidade ao nível concelhio entre 2000 e 2004, Sines é o único Concelho do Litoral Alentejano e Costa Vicentina que apresenta uma taxa de óbitos por 100 mil habitantes superior a 1076,5. De forma a não desvirtuar o estudo foram analisadas todas as causas de morte, excepto causas externas, como os acidentes e suícidios e para evitar que o efeito do envelhecimento da população e poder comparar concelhos com estruturas etárias diferentes, recorrem a taxas padronizadas.
Pelo mapa Nacional verifica-se uma grande concentração de concelhos com maiores taxas de mortalidade na àrea metropolitana de Lisboa e Vale do Tejo, Península de Setúbal, Alentejo Interior, Coimbra, Viana do Castelo e Vila Real.
A pobreza, iliteracia, comportamento de saúde e estilo de vida, assim como a poluição atmosférica e as variações climatéricas são os factores de peso referidos pelos especialistas, para as conclusões deste estudo.
Cada um tire as suas conclusões.

6 comentários:

Um lugar ao Sul disse...

Que taxas padronizadas são essas que se referem? Os estudos valem o que valem, também ouvi falar do estudo nos jornais, mas falavam de dados avulso, retirados sem qualquer rigor estatístico, só a mostrar os extremos, sem falar da constituição da amostragem.

Não tive pachorra para ler o estudo com atenção, também não faço questão de com base nisso ir escolher a cidade para ir morrer longe... :p

Perante estes resultados para a cidade de Sines o que concluis?

Estação de Sines disse...

As taxas padronizadas a que se referem, mais não são que um factor de correcção que pretendem eliminar os desvios, neste caso de cada concelho, em relação à média nacional, procorando deste modo anular o efeito envelhecimento da população e não enviesar a análise dos dados.
Em relação a Sines, os estudos com base científica começam a compreovar aquilo que o senso comum nos diz, a poluição mata.

Um lugar ao Sul disse...

Sabes como calcularam essas taxas? É que isso pode ser feito de várias formas, e nem todas pode ser representativas da realidade.

Achas mesmo que é a poluição de Sines? Como disse não conheço o estudo, mas acho que seja demasiado dramatizador considerar isso.

Estação de Sines disse...

Sabes tive um professor de estatistica, no 1.º ou 2.º ano, já não me recordo, que no 1.º dia colocou a seguinte questão: qual é a probabilidade de irmos num avião e la estar um terrorista com uma bomba? muito pequena respondeu o pessoal.
E a probabilidade de estarem dois bombistas cada um com a sua bomba? quase impossível, respondemos.
Então para a próxima que viajarem de avião levem uma bomba e convidem uma amiga para levar outra boma, pois a probabilidade de irem 3 pessoas cada qual com uma bomba é infinitésima.
Depois tb há aquela de qual é a imposrtância da temperatura média, para alguèm que têm os pés no frigorifico e a cabeça no fogão.
É claro que a estatica tem destas coisas, contudo o importante é que de todos os factores que os especialistas questionados pelo Expresso acerca do estudo para as diversas localidades com maior taxa de mortalidade, apontam a pobreza, iliteracia, comportamento de saúde e estilo de vida, assim como a poluição atmosférica e as variações climatéricas.
De todos estes factores o único em que se distingue em Sines é a poluição, depois há o senso comum. Aqui em Sines estão a morrer pessoas que nunca tinham morrido. Não resisti à piada. Bom fim de semana.

Um lugar ao Sul disse...

Desses factores, acredito que a pobreza afecte a qualidade de vida, e inevitavelmente poderá ser causadora de problemas de saúde (devido a má alimentação, exposição a condições adversas, dificuldade de acesso a tratamentos ou só em ultima instância, quando o problema já e considerado grave, não percebo como a iliteracia poderá afectar negativamente (se calhar a iliteracia está associada à pobreza, e essa é que mata), comportamento de saúde e estilos de vida é compreensível também, essa das variações climatéricas é um bocado vaga, aqui em Portugal todos temos o inverno e o verão...

Estação de Sines disse...

De acordo com o referido estudo a iliteracia leva a incorrecta toma dos medicamentos, parece forçado mas é o que lá diz.
As variações climatéricas são mencionadas em zonas com elevado índice de doenças do aparelho respiratório. Existem zonas de Portugal com consideráveis amplitudes térmicas que em pessoas de idade avançada ou grupos de risco têm efeitos mortais.