quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pens há muitas, seu palerma!

Nesta coisa de objectos, principalmente de pequenas dimensões, o período de espera para declarar o desaparecimento conta-se em dias, ao contrário dos humanos que é em anos. Descobri que como nos desaparecidos as primeiras horas são fundamentais. Ontem todo o dia olhei de soslaio para a minha cadela, principalmente quando ela resolvia devolver algo ao mundo, o meu filho de 5 anos teimou em dar pistas falsas, a mulher a dias foi interrogada como um perigoso terrorista, os colegas de trabalho andaram de rado para o ar como se Meca chamasse por eles a toda a hora, os cafés e restaurantes habituais abordados, os bolsos de calças, cesto de roupa suja e máquina de lavar revistados, as viaturas observadas a golpe de lanterna, felizmente fui travado a tempo, quando já saia de casa com uma resma de papéis para afixar em postes e montras. E nem contei a ninguém que esta noite os meus dedos, dos pés inclusivé, se haviam transformados em pens que introduzidas em portas USB liam os meus pensamentos.
Definitivamente a minha pen desapareceu e com ela uma base de dados com alguns anos, já sem utlidade a não ser a da memória, mas as matrizes, essas não têm preço. Minto, têm o preço de largas horas de trabalho.
Mas pronto, assumi a perda, jamais encontrarei a minha pen. Estou a fazer o luto. O seu espaço será preenchido em breve por um disco externo, menos prático mas muito mais difícil de perder, convenhamos. Superei definitivamente a fase da negação.
Mas continuo a acreditar que ela voltará, e eu aceitá-la-ei de braços abertos

2 comentários:

Um lugar ao Sul disse...

Se tivesses cópias de segurança tinhas o problema resolvido, com uma pen nova concerteza pensarias duas vezes sempre que criasses um ficheiro importante, e guardarias uma cópia de segurança nos teus documentos.

Com um disco externo, de grande capacidade (várias vezes superior à memória disponível no computador) depressa o vamos encher com quantidade monstruosas de informação inútil mas temos de a lá ter porque parece mal ter um disco com apenas 1% da memória preenchida!

Mas tendo um disco com memória superior à capacidade do disco rígido do computador a possibilidade de cópias de segurança vai ser uma miragem (porque todos os ficheiros são importantes até perdermos algum, que esse passa a ser o mais importante de todos) e quando perderes o disco, ou o danificares, ou... vais voltar a culpabilizar-te por não teres os tais milagrosas cópias de segurança!

Estação de Sines disse...

Eu sei, eu sei. uso disco externo no trabalho e ainda temos backups em fita magnética e politicas de segurança de acordo com as normas de qualidade, guardadas em dois locais distintos e em locais anti-fogo e inundações, e tudo isso. Mas esta era a minha, minha pen, onde eu guardava perto de uma centena de projectos de investimento que realizo para empresa a título particular (RIME, SIME, SIPIE, ILE's, apoios à contratação e etcs), e as matrizes feitas`há anos e apreveiçoadas ao longo do tempo. Tive cópias no disco, depoi em dois cd's e agora facilitei. Já recomecei a matriz, o lado positivo é que relembramos e melhoramos. O lado mau é que enquanto não acabr a matriz não faço projectos e estes variam entre 500 a 2500 aérios. É uma chatice.