segunda-feira, 26 de maio de 2008

As bestas e as praxes

foto obtida aqui
Espero que as mãezinhas, das bestas recalcadas que chamam a isto praxe, estejam neste momento a praxar o vizinho. Quanto aqueles que defende a praxe enquanto tradição ou acto de integração, espero que as suas filhinhas ou namoradinhas estejam neste momento num processo de aculturação ou devidamente integradas.

1 comentário:

Um lugar ao Sul disse...

Eu acho que se está a misturar várias situações quando se fala de praxes. Em primeiro lugar temos de compreender uma coisa: Só vai à praxe quem quer, não conheço ninguém que tenha sido praxado de obrigado. Nas praxes estamos a lidar com adultos e como tal conscientes das suas acções. O que acontece é que certas pessoas, talvez por terem medo de impor a sua posição são "levadas pelo grupo" (a psicologia de grupo faz muitas coisas) e com medo de não serem aceites sujeitam-se a coisa que a sua consciência por si só não o permitira e só no dia seguinte quando acordam e tomam consciência do que fizeram é que "ai meu deus" e armam um escândalo.

Outra questão é o facto de estes casos "de jornal" só acontecerem em faculdades onde não existe tradição académica (universidades do interior, institutos Piaget e afins). Porque será que não acontece na Universidade do Porto ou de Coimbra? Será só casualidade?

Eu penso que não. Nessas academias a instituição praxe é capaz de ser das organizações mais estroturadas e onde as hierarquias melhor funcionam, é impensável alguém "vestir-se de preto" e sair à rua a praxar só porque lhe apetece. Existem normas, regras, castigos para os incumpridores, por outras palavras, existe organização e bom senso, coisa que não existe em instituições onde não existe qualquer tradição académica, organização ou hierarquia.

Contudo, como em qualquer organização de pessoas (e neste caso de jovens) existem erros, por vezes exageros, mas cada um deve ser autónomo e deixar-se ir até onde pretender e saber dizer NÃO nesse momento, e não se deixar levar e vir para os jornais no dia seguinte!