terça-feira, 25 de março de 2008

Da série Portugueses com Tomates

António Marinho Pinto

O Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, voltou a afirmar, hoje na Sic Notícias, que em Portugal há pessoas em cargos de destaque na hierarquia do Estado que praticam crimes e não são punidas por isso, que existem Faculdades de Direito, "vendem cursos" e estão transformadas num negócio e aceitam cada vez mais alunos com o objectivo de receberem mais financiamento do Estado.

“O fenómeno da corrupção é um dos cancros que mais ameaça a saúde do Estado de Direito em Portugal. Há aí uma criminalidade em Portugal muito importante, da mais nociva criminalidade para o Estado, para a sociedade, e que andam aí impunemente e alguns deles andam aí a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade. Alguns, inclusive, ocupam cargos relevantes no Estado português,” já havia anteriomente afirmado Marinho Pinto, hoje falou de advogado que propõem e votam leis que promovem a transferência de património (riqueza) para os seus clientes.



Pinto Monteiro

Em entrevista a 22 de Novembro de 2007 à revista Visão, o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro acusava a ministra da Educação de "minimizar a dimensão da violência nas escolas". O responsável afirmou que a violência escolar é uma das suas prioridades, no âmbito da nova Lei de Política Criminal. O PGR garantiu que iria preocupar-se com "cada caso de um miúdo que dê um pontapé num professor ou lhe risque o carro", por não querer que haja "um sentimento de impunidade" nas escolas, nem que "esse miúdo se torne um ídolo para os colegas". "Quanto à escola, ao nível penal, deve existir tolerância zero. Mesmo que seja um miúdo de 13 anos, há medidas de admoestação a tomar. Se soubessem a quantidade de faxes que eu recebo de professores a relatarem agressões...", afirmou na ocasião Pinto Monteiro. Segundo dados do Observatório da Segurança Escolar divulgados em Março no Parlamento, no passado ano lectivo foram contabilizadas 390 agressões a professores nas escolas e arredores, o que dá uma média diária superior a dois casos, tendo em conta que há 180 dias de aulas por ano.
A ainda ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, em mentrevista à RTP, no mesmo mês, considerou "exageradas" as preocupações do Procurador-Geral da República sobre violência nos estabelecimentos de ensino. "O PGR fez eco da sua preocupação, mas não há motivos para isso porque a violência escolar é uma situação rara e não está impune. O que existem é situações de indisciplina e incivilidade", sustentou, na altura, a ministra da Educação, adiantando que não queria que fossem criminalizados "actos que têm características específicas porque acontecem no meio escolar".

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