quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O Homem planeia e Deus ri-se

O Orçamento Municipal de 2008 foi aprovado por maioria. A bancada socialista - excepto o Presidente da Junta do Porto Covo - e social-democrata votaram contra. Até aqui nada de novo
Mas eis que... a bancada comunista não vota unanimemente a favor. O presidente da Assembleia Municipal, Francisco Pacheco, eleito pela CDU não acompanha a votação do seu partido por uma questão emocional, que se prende com a venda do mercado municipal, dizem. Uma questão de consciência, penso.
Não parece nada de mais que um membro de um partido quebre a disciplina partidária, independentemente de estar esgotada a discussão partidária interna ou por uma questão emocional ou de consciência.
É de estranhar por suceder no PCP e particularmente no PCP de Sines, mais ainda se o voto contrário vem do Presidente da Assembleia Municipal e ex-Presidente da Autarquia
Após mais de 30 anos de poder autárquico, consubstanciado na mítica disciplina partidária comunista, eis que sugerem brechas nas muralhas da irredutível aldeia Gaulesa.
Da bancada CDU surgem neste mandato depois de um independente/dissidente um contestatário. Não é pouco, para quem nos habituou a nada.
Ao longo da última campanha autárquica Manuel Coelho, presidente da autarquia, acreditou e apostou forte numa Assembleia Municipal com maioria que lhe conferisse uma legitimidade acrescida, independência de humores abstencionistas do PSD e da real politic do Presidente da Junta de Freguesia de Porto Covo, eleito pelo PS. Está a começar a perder no partido o que logrou alcançar nas urnas.
Parece-me que a esta CDU falta uma oposição forte que fomente a sua coesão.

ver post "Estranha forma de vida" e "Estados de Alma, Francisco Pacheco e Manuel Coelho".

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