segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Investimentos em Sines

Sempre conheci Sines em obras - verdadeiro estaleiro de gente mais ou menos atarefada - alimentado a balões de oxigénio de supostos grandes investimentos que criaram grandes expectativas e frustrações ainda maiores. A ressaca provocada pela desilusão é sempre maior que a inebriante ilusão. Em abono da verdade seja dito que na última década o Pólo Industrial de Sines foi alvo de investimentos consideráveis que resultaram num incremento da sua actividade económica.
O facto de ao longo de muitos anos ser uma vila piscatória e destino turístico e mais tarde um pólo industrial com as consequentes vagas de novas gentes das mais variadas origens e hábitos criou em Sines uma estrutura social multiétnica tolerante e receptiva à mudança, com uma plasticidade social rara nas sociedades modernas.
Mais uma vez estamos perante um ciclo de expectativas de investimento e crescimento do Pólo Industrial e da Cidade como tantas vezes ouvimos e poucas sucedeu.
Nunca acreditei nas estimativas de duplicação da população como alguns políticos afirmavam e duvido do incremento de 3.000 trabalhadores, como agora dizem.
Creio, sim, que trabalhem em simultâneo 3.000 trabalhadores, contudo uma parte substancial é constituída por mão-de-obra existente em Sines.
Posto isto nada justifica o alarmismo da política caseira. Em termos de saúde será o Hospital do Litoral Alentejano a dar resposta a novas exigências, em termos de segurança pública já hoje não a temos e infelizmente a isso nos habituámos - a contenção do défice público oblige.
Depois do final das obras ficaremos apenas mais umas dezenas, talvez uma ou duas centenas de habitantes, nada a que não estejamos habituados.

Este Post foi transformou-se em "Carta Aberta aos políticos da casa", leia a versão integral no próximo "Notícias de Sines".

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