domingo, 27 de janeiro de 2008

Veteranos Vasco da Gama Atlético Clube


Fui convidado à cerca de dois anos para jogar futebol 11, pelos veteranos do VGAC. Eu que nunca passara da formação dum momento para o outro vejo-me transportado para dentro do mais famoso rectângulo do Mundo a jogar, discutir, garrear (sim no futebol garreamos, não guerreamos), com muitos dos Ídolos do Vasquinho, que eu via ao Domingo no estádio - Belchior, Patan, Chico da Glória, Matilde, Alberto e Vítor Canastra, Tó Luís, etc- e que representaram o melhor das suas gerações, na III e II Divisões Nacionais (longe vinha a Liga de Honra). A par disto reencontrei velhos companheiros das camadas jovens e que lograram chegar a Seniores e representar o clube da nossa Terra.
Não fora o companheirismo e amizade que fomos cimentando e tudo se conjugava para ser um estranho num balneário cheio de estórias e glória.
Agora a cada quinzena juntamo-nos. Volto a correr atrás da bola, regresso à minha rua, ao intervalo da escola, aos jogos do IOS, aos iniciados e juvenis do Vasco, aos torneios de futebol salão e volto a ser criança. Não há mundo para lá das quatro linhas. Jogamos como se não houvesse amanhã. É no lance ganho, no passe acertado, na bola recuperada, na assistência para o golo, no golo que reside a nossa felicidade, por breves momentos é aquela a razão de ser e toda a vida faz sentido.
A par de tudo isto, que, não é pouco, ainda oiço o partilhar de estórias, a queda de mitos, o despertar de heróis arrancados ao passado, o relato de grandes jogos, momentos de glória e derrota, tudo, mas tudo acompanhado por um brilho nos olhos destes velhos lobos do futebol.
Se a tudo isto juntarmos o facto de fruto de uma boa condição fisica - resultante da prática quase diária de 10 a 15 Kms - muita vontade, bastante sorte e também - permitam-me esta presunção -, algum jeito, esta época depois de dois golos que representaram 2 empates, no último jogo 2 golos ao Grandolense que significaram uma vitória por 2-0.
No regresso a casa o meu filho, na alegria de 4 anos, grita:
- Pai, pai ganhaste?
- Sim, atiro-lhe com um sorriso denunciador.
- E marcaste muitos golos, indaga com os olhos abertos, em expectativa.
- Sim, dois.
- Aiií! E foram com muita força? pergunta ao mesmo tempo que abala a correr, chutando no ar, imitando os golos imaginados, sem esperar resposta.
Por vezes a felicidade é tão simples.

Em homenagem ao nosso Vasco, quem não reconhece esta música dos The Fevers, tocada vezes sem conta no estádio Municipal.




Sem comentários: