sábado, 26 de julho de 2008
Férias
Contudo este blogue, como deixou de ser meu e passou a ser de todos aqueles que o visitam e comentam, não entra em férias.
Deixo para reflexão uma questão que me têm acompanhado e cresce na mesma proporção do aumento do preço do petróleo e das notícias da sua escassez: Como seria (será) Sines, se dentro de 15, 20 anos, as economias deixarem de depender dos combustíveis fósseis?
Agradeço os vossos comentários, que durante uma semana, não vou pensar nisso.
Um abraços a todos.
Questionário às forças políticas
2. Uma medida para cada um dos seguintes problemas de Sines: poluição, segurança, divida municipal, associativismo e urbanismo.
3. A falta de alternância, na Câmara de Sines, deve-se ao mérito da CDU, ou à incapacidade da oposição? Qual é para o PSD, o perfil ideal de um candidato à Presidência da CMS?
FMM 2008

Crendo nos entendidos – que não é manifestamente, o meu caso – em termos de cartaz e organização, este foi (e está a ser) o melhor festival de sempre. Para quem, como eu, se deslumbra com o ambiente e multiplicidade de gente, num caleidoscópio social, a estratégia de segmentar públicos – Porto Covo, Centro de Artes, Avenida Vasco da Gama e Castelo de Sines – originou uma dispersão das gentes, em função de factores de identificação grupal. Reduzindo a beleza deste eventos, que era precisamente não haver públicos mas um público único em partilha e comunhão.
Bairros Sociais
O excesso de proteccionismo e paternalismo, praticado pelos governantes e pago com os nossos impostos, tornou Portugal numa ditadura de minorias.
Finalmente foi necessário a televisão mostrar que o racismo não é a preto e branco, pelo contrário é feito de muitas cores. E muitos dos escribas, frutos de uma esquerda extremista e cega, viram que existe racismo entre mais etnias e brancos e pretos, existe entre minoria, e pasme-se dentro das próprias etnias.
Durante anos confundiu-se tudo, em prol de alguns votos e de uma ingenuidade lírica, que a realidade desmente todos os dias. Não tenhamos ilusões São maioritariamente, aqueles que mais protegemos e beneficiam de apoio social que prevaricam, são aqueles que mais usufruem do Estado Social que mais problemas de segurança trazem ao Estado de Direito.
A política social colapsa, quando se vê carros de alta cilindrada, plasma, parabólicas, em casa de habitação social, onde se recebe o rendimento mínimo, circula sem carta de condução e usa-se armas como quem usa telemóvel.
A Justiça falha quando se anda na rua aos tiros, se trafica e consome à luz do dia, sendo um dos principais envolvidos um foragido da justiça e um delinquente relapso, insiste em falhar quando manda para as ruas, indivíduos, que nos foram servidos à hora de jantar, de arma na mão aos tiros em plena via pública
A política de habitação erra quando encerra em bairros imensos centenas de famílias, desenraizadas do seu meio e em que a maior parte transporta passados de violência, droga, alcoolismo, etc.
A comunicação social falha, quando casos destes são comum, e o despertador do país foi um vídeo amador.
Resta-nos esperar que a politica de segurança não falhe. Fraca esperança, pelos exemplos que temos.
Depois dos pais e avós sofreram explorações várias, sem que fosse dado um décimo das oportunidades, que hoje estão ao alcance das gerações mais novas, esta resolver trocar as oportunidades e a liberdade, por uma impunidade arrogante e negligenciar a responsabilidade devida. Se temos consciência que muito foi feito, é altura de exigir algo dessa gente: civilidade, urbanidade e respeito, é o mínimo.
Não tenhamos ilusões, sendo os acontecimentos do Bairro da Quinta da Fonte, quase uma rotina em muitos bairros sociais do país, o que está a ser feito para que não suceda o mesmo em Sines?
PT discrimina
A Portugal Telecom enviou recentemente para a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) uma proposta de novo tarifário para o serviço de acesso à Internet de banda larga. A nova tabela diferencia os preços de acesso ao serviço, criando uma "zona favorecida", onde o custo a pagar pelos clientes é reduzido. A aplicação desta medida coincide com as áreas onde operam empresas que concorrem com a PT, as quais, em termos gerais, estão situadas no litoral. Na prática, os clientes dos concelhos do interior do País vão pagar mais pelo mesmo serviço do que os do litoral, podendo a diferença de preço chegar aos 148 euros anuais para quem tenha telefone fixo e Internet e 184 euros para quem possua apenas Internet.
O Baixo Alentejo não é excepção e, de acordo com o mapa a que o "DA" teve acesso, estão fora da zona privilegiada 10 concelhos – Almodôvar, Barrancos, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Ourique, Serpa e Sines. Os restantes oito que fazem parte desta sub-região – Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito, Beja, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Vidigueira – estão dentro da zona privilegiada e terão preços mais baixos. No fundo, este factor de discriminação introduz uma desvantagem competitiva nos concelhos genericamente situados no interior, onde as dificuldades económicas e sociais já são maiores.
Esta situação, a concretizar--se, pode levar a que, em dois concelhos vizinhos, a tarifa deste serviço da PT seja substancialmente diferente.
Sobre esta matéria, o "DA" questionou a Anacom, tendo a entidade que regula o sector respondido, através do gabinete de apoio à imprensa, estar "ainda a analisar a proposta", a qual lhe "parece não conter qualquer problema". Contudo, deixou claro que a sua "posição não é definitiva, podendo ser alterada se, entretanto, houver outro entendimento".
Recorde-se que o Estado é detentor de uma "golden share" na PT, o que lhe confere o estatuto de accionista privilegiado, com poderes de decisão especiais.
www.diariodoalentejo.pt
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Correio dos Visitantes
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Derrame

O seu a seu dono
Sines 1634
Quercus

A associação ambientalista Quercus exigiu que a Administração do Porto de Sines (APS) preste mais esclarecimentos acerca do derrame de crude ocorrido há uma semana, que atingiu várias praias da zona, interditando-as a banhos.
«Ocorreu um derrame de crude no Porto de Sines, de média gravidade, sem que a APS tenha prestado os esclarecimentos suficientes e obviamente devidos para se evitarem especulações e até para se obterem as colaborações eventualmente voluntárias ou institucionais, aliás previstas no documento ‘Mar Limpo’», denunciou a Quercus.Em comunicado emitido, os ambientalistas lamentaram não ter conseguido obter «informações oficiais» por parte do Porto, já que «nenhum elemento da Administração esteve disponível, apenas tendo sido possível o contacto com um quadro que não tinha informação de pormenor».«A ausência de informação permite todas as especulações já que, como diz o povo, quem não deve não teme e não há fumo sem fogo», critica a organização.A Quercus questiona a veracidade da informação veiculada pela administração portuária de que o derrame ocorrido dia 14 no posto 2 do Terminal de Granéis Líquidos do Porto de Sines, aquando da preparação para uma operação de descarga, seria de dois mil litros.«O «pequeno» derrame, de cerca de dois mil litros que a APS diz ter ocorrido prolongou-se até ontem, passados que são oitos dias, e chegou a 20 quilómetros a sul de Sines», frisam os ambientalistas, juntando o Malhão ao rol de praias atingidas, no concelho de Odemira.Durante toda a semana, as praias do concelho de Sines (Vasco da Gama, Morgavel, Vieirinha e Grande de Porto Covo) foram atingidas por pequenas bolas de crude provenientes do derrame, tendo chegado a estar interditas a banhos, até que se concluísse a sua limpeza.Segundo a Quercus, informações de fontes não oficiais apontam para que o derrame tenha sido, na verdade, de cerca de «três toneladas» de crude, «sendo que outras referem que poderia ter atingido as oito ou dez».Admitindo que «parte destas informações não sejam totalmente rigorosas», a associação cita novamente «fontes não oficiais», que terão assegurado que «70 por cento dos equipamentos de sucção da APS estão em deficientes condições de operacionalidade» e que «as barreiras de contenção chegaram ao local cerca de quatro horas depois».«Em seis semanas terão ocorrido dois derrames nos Postos 4 e 2 (em 8 de Junho e 14 de Julho) de que, aliás, ninguém falou!», aponta também.A organização teme ainda que o navio que descarregava no terminal petroleiro quando se deu o derrame, o ‘Isi Olive’, que deverá zarpar hoje do Porto de Sines, parta com o casco por limpar, como, referem, aconteceu com outro petroleiro.«O ‘Sn Stella’ largou com o casco sujo, sendo previsível que o vá limpando enquanto navega!», observa a associação.
MMS - Movimento Mérito e Sociedade, em Sines
O MMS - Movimento Mérito e Sociedade, no próximo dia 29 de Julho, vai estar em Sines às 14h30, no Salão Social da Santa Casa da Misericórdia, para apresentar os seus princípios, bases orientadoras e o que pretende fazer para mudar Portugal.
Depois da formalização junto do Tribunal Constitucional como novo partido político, no passado mês de Junho, o MMS inicia uma nova etapa que tem por objectivo levar a mensagem a todas as casas, famílias e cidadãos.O fundador do Movimento - Eduardo Correia - irá também apresentar um conjunto de propostas desenvolvidas pelas equipas de trabalho do Movimento Politico, em áreas como: Arquitectura Política, Saúde, Justiça, Segurança Social, Educação e as Opções para a Economia Portuguesa, que sustentam o projecto para Mudar Portugal.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Às moscas

A crise económica, o nevoeiro e as bolinhas de crude - para a APS - ou o derrame - para a comunicação social -, aliaram-se para fazer deste o pior Verão, da última década, em termos de afluência turística, com as graves consequências económicas para o comércio e restauração, que somente o Inverno revelará em toda a sua dimensão.
O lado positivo é a constatação que a aposta, quase obssessiva, dos vários executivos camarários, no turismo, é um caso de sucesso, caso contrário, a sua ruína, não teria um impacto tão significativo no Concelho de Sines.
Da série: "Mau Gosto"

domingo, 20 de julho de 2008
questionário às forças políticas
Na qualidade de administrador do blog, "Estação de Sines", pretendo levar a cabo uma iniciativa, que consta em colocar 3 questões aos líderes das forças políticas com representatividade autárquica, presidente da Concelhia de Sines do PS, Presidente da secção de Sines do PSD e presidente da CMS (CDU), ou se o pretenderem a quem os represente.
De cada conjunto de respotas resultará um post, a publicar no dia da recepção.
As questões serão diferentes para cada uma das forças políticas e pretende-se que representem aquilo, que no meu entender, mais inquietam a população em geral, e os militantes/simpatizantes de cada partido.
As respostas serão publicadas na íntegra e sujeitas aos comentários dos visitantes do blog.
Certo que aceitarão o desafio deste blog, que mais não pretende, que ser um contributo para o livre debate de ideias e compreensão da nossa Cidade, aguardo o v. contacto, para envio das questões.
Cumprimentos
sábado, 19 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Paquete "Infante Dom Henrique"

Antigo navio-almirante da frota de comércio portuguesa, com o nome INFANTE DOM HENRIQUE, serviu as companhias Colonial e CTM de Setembro de 1961 a Janeiro de 1976. Em Maio de 1977, o GAS ( Gabinete da área de Sines) adquiriu-o para acomodar alguns dos milhares de trabalhadores do complexo da área de Sines, instalando-o numa lagoa artificial, situada, entre o Clube Náutico e, onde hoje fica a Portsines, faz parte da memória colectiva, de uma geração de sinienses e trabalhadores do Complexo.
Voltou ao activo em 1988 com o nome Vasco da Gama, acabando por ser desmantelado em 2004, na Republica Popular da China.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Proposta de Lei
É uma praia pequenina, às bolinhas pretas, que eu vi...
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Bolinhas de crude, coisinhas fofas


terça-feira, 15 de julho de 2008
???????
Acabou o trabalho na quinta-feira e ter-se-á dirigido para casa, contudo já não regressou no dia seguinte, o que o diferencia de nós, foi o que se terá passado entretanto.
De acordo com quem o conhecia bem, tratava de um homem de hábitos simples, afável, estranho a conflitos e que não frequentava ou convivia em mundos de violência. Apesar disso foi barbaramente assassinado, tudo indica que por alguns euros.
Estranho quando a violência extrema e a morte, se passeiam tão perto de nós, assustador pensar quantas vezes nós e os nossos filhos nos cruzamos com gente desta, arrepiante pensar como alguns euros, e estar no local errado à hora errada, fazem toda a diferença, avassalador verificar como a violência e a necessidade de segurança estão ancestralmente inscritos nos nossos genes.
Para todos nós, mas principalmente para a sua mulher e filha o mundo e a vida, são hoje mais injusto e difíceis de compreender.
Exercicio do direito de resposta do Presidente da CMS
É fundamental que se abram vias de discussão e se aprofundem as perspectivas da criatividade e da inovação, para uma valorização de cada parte da cidade e do seu todo como um sistema (composto por subsistemas) vivo, dinâmico atractivo.
Vamos à discussão profícua e às propostas criativas.
O Presidente da Câmara Municipal de Sines
Manuel Coelho Carvalho"
domingo, 13 de julho de 2008
Doutores e Engenheiros

Torna-se patético quando, estes frustrados eruditos, perguntam as coisas mais disparatadas que eles sabem e o interlocutor por ter estudado supostamente devia saber. A mais recente que era suposto eu saber, - “porque sou doutor” – é que a cenoura é o único legume, em que só se come a raiz. Mas porque raio, haveria eu de saber tal coisa!
Temos em Portugal este complexo dos graus académicos, que utilizamos, ou desejamos, de forma única, pelo menos na Europa.
Algo que a formação académica nos ensina, é precisamente que ninguém sabe tudo, sobre o que quer que seja; que temos que actualizar permanentemente os nossos conhecimentos; torna-nos curiosos; ensina-nos técnicas e métodos de aprendizagem e desenvolve a nossa capacidade de aprendizagem.
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sábado, 12 de julho de 2008
É a crise
Num gesto generoso, a actriz quis ajudar as crianças da Associação Sol. Ofereceu uma nota de 500 euros, que tirou do seu próprio bolso, autografou-a, escreveu nela uma dedicatória simpática e ficou à espera que ela rendesse bastante mais num leilão de benemerência organizado em Odivelas.
Da Série: "Nada como a inocência"

Primeiro pela falta de pontaria. Nada, nem ninguém nos diz que não acertaram porque não quiseram;
Segundo, o que são uns tiritos, afinal existem em todo o mundo, são aliás um sinal de progresso e modernidade;
Terceiro, last but not least, aposto que são individuos envolvidos em elaboradíssimos projectos sociais, alunos dedicados das Novas Oportunidades, ou até alunos com excelentes notas nos recentes exames nacionais.
Estado da Nação

Tiroteio em Loures
Na sequência do tiroteio - foi disso que se tratou - em Loures, o secretário de estado da Administração Interna, conseguiu dizer, na mesma entrevista uma coisa e o seu contrário, sem pestanejar.
Afirmou que os efectivos policiais são suficientes e que serão admitidos mais 2.000 elementos. Ou são suficientes e trata-se de afectação de recursos ou não é necessário, ou são admitidos porque os existentes não são suficientes.
Primeiro devia começar por aplicar o Simplex às esquadras e trazer para a rua os agentes de autoridade, depois contratar funcionários administrativos. É tão confragedor ver um agente da autoridade a fazer trabalho administrativo, como seria ver um escriturário a patrulhar as ruas.
A insistência nas questões económico-sociais como raiz única do problema, trata-se de uma falácia, que remete para a terra de ninguém a responsabilidade. Algures entre a actuação brutal da polícia brasileira e a displicência da policia lusa, encontrar-se-á a actuação correcta, que deverá ser complementada com medidas sociais.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Assim, enganam as crianças.

quinta-feira, 10 de julho de 2008
Ainda as Tasquinhas
É inquestionável que a sua localização - Edifício Docapesca - e modelo anterior estava esgotado. A presente edição é, em minha opinião, a melhor organizada e participada, sendo que este evento - uma referência na região -, apresenta ainda um enorme potencial de crescimento quantitativo e qualitativo. Do mesmo modo, que o seria na localização que sugeri.
À semelhança da maior parte das cidades europeias e mundiais cuja frente de mar é uma zona nobre por excelência da Cidade, e ao contrário de outras opiniões não vejo a falésia como uma barreira geográfica, mas uma oportunidade de valorização da nova centralidade. Do mesmo modo que entendo que o desenvolvimento da Avenida Vasco da Gama será um complemento e não um factor de esvaziamento da zona histórica, assim a sua ligação seja bem estruturada (acessos pedonais, rodoviários, sinalização, etc).
Sou apologista do encerramento definitivo ao trânsito na Avenida Vasco da Gama - assegurando a existência de corredores de segurança -, entre a Docapesca e o Pontal, devolvendo aos Sineenses a sua aproximação ao Mar, berço da sua criação.
Entendo que estas são ideias legitimas, naturalmente discutíveis, e que têm apenas a pretensão de contribuir para que Sines seja uma Cidade para vez melhor, para quem vive e visita.
Notícias de Sines em tempos de crise
A Petróleos de Portugal - Petrogal S.A., a Câmara Municipal de Sines e um conjunto de entidades de Sines assinam, hoje dia 9 de Julho, às 18h00, nos Paços do Concelho, protocolos de colaboração para 2008.
No âmbito dos protocolos, a empresa patrocina a décima edição do Festival Músicas do Mundo (uma organização da Câmara de Sines) com 160 mil euros.
Exercicio do direito de resposta do Presidente da CMS
Ao abrigo do direito de resposta, venho por este meio solicitar a publicação do texto em anexo no blog ESTAÇÃO DE SINES (http://estacaodesines.blogspot.com). O texto é da responsabilidade do presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, e tem como referência a entrada do blog intitulada “Nova localização tasquinhas” (http://estacaodesines.blogspot.com/2008/07/nova-localizao-tasquinhas.html), de 7 de Julho de 2008.
Obrigado
Toda a expressão do pensamento resulta de uma construção – sobre a visão ou a nossa leitura da realidade.
Vamos aplicar este princípio à visão desta realidade - da realização das tasquinhas no local actual, no troço da Av.ª da Praia, e das suas interacções com a vida da cidade e a sua afirmação.
Mas tratemos a visão desta realidade não de forma espartilhada ou fragmentada – mas numa perspectiva sistémica, isto é, uma visão alargada ao conjunto do universo da cidade, habitantes, visitantes, turismo – tudo isto voltado para o futuro, embora radicado no presente. Vamos por partes – mas sempre com a vista no todo.
1º As tasquinhas são uma iniciativa e/ou um projecto interessante para a cidade e o município de Sines? Afirmamos: são!
Como é que se revelou a opção pela Avenida? Revelou-se um sucesso: para os comerciantes que nela participam, para os Sinienses, para os visitantes.
Porquê? Porque apreciam, gostam do local, pelas suas características e enquadramento cénico.
2º No arco da Avenida há outros locais / soluções melhores? Não. Porquê?
Porque este é o espaço mais abrigado dos ventos, que são um elemento desagradável e incómodo.
Porque este troço da Avenida é bem servido de acessibilidades, em ambos os topos, e o que tem melhores condições de estacionamento automóvel nos dois extremos.
3º A opção do Pontal não é boa: é demasiado exposta aos ventos, não tem espaços suficientes para se construir um bom cenário de gastronomia, é descentralizado, tem problemas de estacionamento e a sua realização em concomitância com a circulação automóvel tornava-o num espaço perturbado e incómodo.
Que visão temos da realidade (de um cenário) do futuro para a Avª Vasco da Gama?:
- Desenvolver um conjunto de actividades de Verão, uma festa da gastronomia cada vez mais relevante em qualidade e estrutura, introduzindo-lhe outros componentes (do pescado e da gastronomia do Alentejo) e completando esta actividade com outras: uma feira de artesanato e de produtos do Alentejo e do mar, ocupando a Avenida até à área da Lota.
- Desenvolver um projecto de transformação do pavimento, iluminação pública, tratamento da falésia, ligação à cidade (zona histórica com elevador), instalação de restaurante e bares permanentes, instalação do Museu do Mar e dos Descobrimentos e outros elementos de animação;
4ª Questão / problema e visão desta realidade:
O magno problema do trânsito e das suas graves repercussões na vida dos sinienses; nos visitantes – no “corte” das ligações da cidade com a sua envolvente, invocado repetidamente pelos críticos desta opção.
Aqui está o principal busílis – o tropeço para um conjunto de visões críticas da coisa.
Questão central:
A Avenida Vasco da Gama foi construída com base num projecto, numa visão de auto-estrada – via rápida – tipo cintura de uma grande urbe – e …para servir os terminais portuários! – Felizmente que as coisas se alteraram e passou a ser fundamentalmente um espaço de lazer e de apoio à Praia, onde as pessoas gostam de passear e fazer desportos, tranquilamente.
Aquele troço de avenida deixou de ser um eixo viário, felizmente para a cidade e para as pessoas. Presentemente já é proibido a circulação de viaturas pesadas naquela avenida.
As pessoas da cidade de Sines têm boas opções para sair da cidade para sul: os habitantes das zonas norte podem circular pela rua Vasco da Gama; rua Teófilo Braga, descida pelo castelo, sem transtornos ou problemas de maior. E o mesmo para entrar na cidade vindas do Sul.
Os visitantes! Como sabem, mais de 95% dos visitantes entram na cidade pela rotunda a norte de Sines.
Os que utilizam a actual via rápida – que entram na Avª Vasco da Gama e seguem pela mesma para sul, não param em Sines – estão de viagem.
Mas para estes (agora e no futuro) será bom para a cidade que parem na Avenida, visitem as tasquinhas e fiquem a ser futuros clientes.
No caso de seguirem viagem, sobem a estrada da Ribeira, seguem pela Rua Vasco da Gama e podem parar junto ao Castelo, tomar uma bebida, visitar o futuro Museu e Casa Vasco da Gama (é um excelente motivo de paragem) e seguir para sul com boas razões para voltar à cidade de Sines.
Os viajantes que vêm do sul não entram na Cidade – seguem pela via rápida para Norte.
Mas para estes, nos próximos anos, haverá painéis a convidá-los para visitar as Tasquinhas e será mais um motivo para se desviarem da rota habitual, entrar, visitar, consumir e voltar com outros amigos. E Sines ganha e afirma-se.
Uma questão pertinente, relacionada com estes cenários, é tratar de uma boa sinalização, o que não tem sido feito e é fácil (e importante) fazer.
Em conclusão:
Aqueles que acham a realização interessante (na Avenida), mas que criticam o encerramento temporário do trânsito automóvel naquele espaço, têm uma visão curiosa, do tipo a defender uma coisa e o seu contrário. Isto é, não são capazes (ou não querem) entender que não se pode fazer as duas coisas naquele cenário – porque a passagem de automóveis inviabilizava esta realização (não há espaço para as duas coisas) e causava ruído, poeiras e punham em risco a tranquilidade das pessoas e segurança para as crianças que vão com os pais e brincam à vontade.
Estas pessoas têm uma visão “mixuruca” desta realização e, por isso, descrevem cenários um tanto ou quanto caricatos - valor absoluto do trânsito automóvel, visões de risco grave para a segurança (vide comunicado do PS) -, apesar de saberem que o cenário actual garante a passagem de veículos em caso de emergência.
No fundo confundem tudo, o essencial com o secundário, e não acreditam num projecto arrojado, com qualidade para o futuro deste belo espaço e cenário da Avenida da Praia.
Em todas as cidades se fizeram (e fazem) opções de pedonalizar avenidas e espaços de circulação viária - que se revelam um êxito para a vida económica e para a qualidade urbana das cidades ou centros urbanos.
Nós vamos continuar a apostar no desenvolvimento deste extraordinário espaço com medidas e iniciativas faseadas – que vamos testando e aferindo do seu alcance, valor e interesse para todos e para a afirmação desta promissora cidade cada vez mais atractiva e voltada para o futuro."
Manuel Coelho Carvalho
Sines, 9 de Julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
Incompatibilidade pessoais e/ou Institucionais
O que é extraordinário é que a direcção do CCEN se tenha deslocado à Câmara de Sines para convidar o Presidente da Autarquia para presidir à abertura dos trabalhos e tenha obtido um rotundo não com base numa sua incompatibilidade - resultado de criticas publicadas num artigo de opinião - com o recém eleito Presidente do CCEN, o historiador João Madeira."
Metáfora
A realidade não podia oferecer melhor metáfora.
Sim, sou Socialista
Entre críticas várias, observações, sugestões e ofensas, não consegui descortinar, quem não concorda com a minha opinião, de quem apenas viu mais uma boa oportunidade de desancar no cronista e quem reunia as duas condições. Muito mais fácil é entender quem percebeu a mensagem e quem lhe passou ao lado.
Não me preocupa os que entendendo não concordaram, inquieta-me sim os que não perceberam, ou não estavam predispostos a tal ou porque não tive capacidade suficiente para transmitir o que pensava.
Assim, a necessidade de me explicar resulta unicamente do facto de deixar claro aquilo que não consegui fazer na crónica anterior.
1. Desde muito novo que identifiquei a minha forma de pensar, e mais importante agir, como sendo de esquerda. Mais tarde com os conhecimentos que adquirimos e aqueles que a vida nos oferece nunca tive dúvidas que o meu entendimento da sociedade e do seu desenvolvimento enquadrava-se na ideologia do Partido Socialista. Assim foi, e assim continua a ser.
2. Entendo que são as ideias e não as pessoas que os servem que são importantes. Quantos nobres ideais foram utilizados para praticar as maiores atrocidades? Não acredito no poder pelo poder, menos ainda na eternização de poder e a ausência de alternância no poder significa que algo está errado, com o poder, com a oposição ou com ambos;
3. Gostaria que o Partido Socialista de Sines ganhasse as eleições autárquicas, desde que represente uma evolução para o Concelho e a sua população. Como sempre disse primeiro sou de Sines e só depois Socialista;
4. Por muito que me custe, - e é muito acreditem -, o Partido Socialista de Sines continua por demonstrar qual a mais valia que pode significar para a nossa Terra. Limitar-se a criticar apenas a CDU é nivelar por baixo. É necessário um projecto para a cidade, uma ideia de desenvolvimento, que diferencie. Escolham-nos a nós, por somos menos maus, não é um bom slogan;
5. Pedir que o PS seja em Sines um partido actuante e dinâmico, que aproveite o facto de ter maioria nos destino da nação para ascender ao centro de decisão e resolver ou ajudar a resolver questões do nosso Concelho, será ser menos socialista?;
6. Defender a sociabilidade dos Bairros, criar um Parque da Cidade que permita o encontro da cidade, desenvolver uma nova politica de gestão dos solos, “pôr Sines na rua” não apenas nas “Tasquinhas” e FMM, atrair e manter os mais jovens em Sines, promover o desenvolvimento da sociedade civil e de massa critica, em suma preservar a entidade histórico-sócio-cultural de Sines, assegurar a modernidade sem desprezar a tradição, é aquilo que entendo como fundamental para Sines progredir enquanto Cidade, respeitando o passado e contribuindo para o enriquecimento social e cultural dos seus cidadãos. Se for o Partido Socialista a discutir e desenvolver estas ideias de cidade tanto melhor, senão paciência. Dizê-lo publicamente tornar-me-á menos Socialista, que aqueles que esperam mais do partido, do que estão dispostos a dar e a sua opinião e intervenção cívica são um enorme deserto? Não creio, e se assim for, não sou eu que estou errado, mas o partido socialista.
Não sou socialista por teimosia ou qualquer interesse obscuro, mas por convicção ideológica, daí que me assista o direito de ao abrigo de princípios como a liberdade e a democracia, por que tantos lutaram, e muitos infelizmente, tem que continuar a defender, dizer aquilo que penso seja ou não de acordo com o pensamento socialista vigente.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Prestação de Contas Municipais 2007
Reduzida taxa de execução orçamental – este é um problema crónico, - apenas 56%, em 2007 - continua-se a orçamentar pelo lado das despesas e depois “arranja-se” receitas para cumprir a regra do equilíbrio orçamental. Em suma, promete-se muito e cumpre-se o que se pode;
Endividamento - é já uma imagem de marca da Câmara Municipal de Sines. Em 2007 teve a particularidade de transformar dívida de curto prazo (fornecedores) em médio/longo prazo (empréstimos bancários). Trata-se de uma operação de engenharia financeira, em termos globais, o endividamento é praticamente idêntico. Se eticamente é aprovável pagar a quem se deve, dignificando a autarquia como pessoa de bem que cumpre os seus compromisso, em termos de gestão pura, transforma uma dívida sem custos (desgraçadamente os fornecedores não cobram juros) numa dívida com encargos, numa fase de spreads nada convidativo. Em termos práticos, apesar do endividamento global ter aumentado de € 14.797.258, em 2003, para € 23.824.984 em 2007, nos últimos dois anos reduziu mais de € 1.250.000.
Em 7/5/2005, o jornal Notícias de Sines publicou uma crónica de minha autoria com o sugestivo título “Prestação de contas ou contas que não prestam”, em que afirmei que devido aos Investimentos no Bairro Social e Centro de Artes, a divida municipal passaria dos 15 milhões para 25 milhões, como se veio a confirmar. Compete aos agentes políticos e população avaliar se ao crescimento galopante do endividamento correspondeu uma aplicação correcta.
Aumento dos custos com pessoal – para além das obrigações decorrentes da lei - aumento anual, progressões, etc - a autarquia não consegue travar os custos com pessoal. A autarquia não consegue através da formação profissional e a promoção interna de técnicos qualificados consegue responder às crescentes exigências da sociedade.
Aumento de impostos - o governo central promoveu o financiamento das autarquias à custa dos contribuintes, deste modo a autarquia viu crescer a cobrança de impostos directos em relação a 2006, em 78%, ou seja de € 4.218.305 para € 7.546.634. Felizmente o bom senso imperou e os eleitos aprovaram uma redução dos impostos, assim como o Governo Central definiu novas regras.
Saldo global de 1,36 milhões de euros – como as contas das autarquias não reflectem o princípio da especialização do exercício (segundo o qual todos os proveitos e os custos devem ser contabilizados no ano em que sejam obtidos ou suportados, independentemente do seu recebimento ou pagamento), este resultado em termos de desempenho económico diz-nos pouco mais que nada.
À excepção da grandeza dos números e da alteração da fonte de receitas (venda de património e impostos) a análise e tendência das contas de 2007 é praticamente a mesma dos últimos 5 anos.
Regista-se a contradição, entre a politica nacional e a realidade politica local, o PS que não quer reduzir impostos, reclama em Sines a sua diminuição, a CDU que branda pela diminuição da carga fiscal encaixou mais 78% de receitas, via impostos, que no ano anterior.
Nova localização Tasquinhas
Geração Adiada

Existiriam - e existem - Escolas Superiores de Educação, principalmente privadas, cuja avaliação era facilitada para atribuição de notas elevadas, para facilitar o ingresso na carreira e deixando de fora quem, eventualmente, estará mais preparada, mas sujeito a um regime de avaliação mais rigoroso.
Este facilitismo entrou agora de rompante e parece que por decreto, em todo o sistema de ensino. O evidente facilitismo nos exames escolares deste ano e os duvidosos critérios das Novas Oportunidades, não só descredibiliza o sistema de ensino, como gera dúvidas pertinentes nos agentes empregadores e banaliza a formação académica.
Ao melhor estilo do pensamento vigente na sociedade actual: mais importante que ser (conhecedor) é ter (diploma).
De toda a herança que este governo possa deixar, esta é sem dúvida a mais ruinosa e que se propagará mais tempo na nossa sociedade.
Está aí mais uma geração adiada.
domingo, 6 de julho de 2008
recebido via mail
A central termoeléctrica da EDP instalada em Sines figura numa lista das produtoras de energia eléctrica mais poluentes dos 25 estados-membros da União Europeia elaborada pela organização ecologista WWF (World WildlifeFund) International. A instalação da EDP ocupa o 15.º lugar numa lista que reúne 30 fábricas eléctricas e na qual não consta mais nenhuma instalação portuguesa. A elaboração da lista teve em consideração a eficácia das fábricas, nomeadamente o dióxido de carbono libertado por quilowatt de electricidade gerado. Na lista elaborada pela WWF International, a fábrica mais poluente no espaço da União Europeia é a grega Agios Dimitrios, seguida de uma instalação alemã, Frimmersdorf, e de outra espanhola, Abono.O país com maior número de fábricas poluentes no estudo elaborado pela organização ecologista é a Alemanha, com um total de nove unidades, seguida da Polónia (5), Reino Unido, Espanha e Itália (4), Grécia (2), Portugal e República Checa (1)._________
Comentário: É verdade, é poluente e no entanto, a Europa dos 27 vai construir 40 centrais destas a carvão nos próximos 5 anos. Só a Alemanha vai construir 15. Há 3 anos era verdade como o era há 20. Como se vê na notícia, Portugal apenas tem uma central poluidora (sines)embora não considerem o Pego, enfim... Porquê esta "chicanne" toda? O que está por detrás desta notícia que se desconhece? Quem alinha no "diz-que-disse" sem qualquer consistência apenas para dizer mal? Poderíamos discutir este assunto do ponto de vista técnico mas, pelo que já foi dito e escrito, entendemos que não iam perceber a causa das coisas.
Cumprimentos
ef--
Sines - União dos Sindicatos
Nota do autor do blogue: Inquestionavelmente se existe algo que estamos de acordo é que é poluente. Argumentar que existem mais centrais igualmente poluente na Europa ou em Portugal de nada resolve a questão em debate, assim como a teoria da cabala ou a dispensa de explicar aquilo que pretensamente sabem e que estará para lá da nossa capacidade de entendimento.
Procurar soluções de reconversão profissional para os trabalhadores de uma imensa indústria assente em combustíveis fósseis - condenada a curto/médio prazo - e alternativas de desenvolvimento económico para o Concelho de Sines, é em minha opinião o contributo mais válido que os sindicatos enquanto parceiros sociais podem prestar a Sines.
PS em queda
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Mas nós sim.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Encerramento da Central Termoeléctrica de Sines

Refugiados Judiciais
