Limpar, Educar, Conservar - Cidadania
Quando há alguns dias "postei" um vídeo do Youtube sobre a acção que estava a ser levada a efeito na Estónia, apesar de não ver qualquer comentário ao mesmo, o que não é importante, percebi que, rapidamente aquela ideia deveria ser transportada para o nosso país, até porque, por vezes, os Portugueses quando bem sensibilizados, na sua generalidade são cidadãos solidários e cidadãos de causas.
Quem não passeou já por este país e se deu conta de aberrações à beira da estrada, quem não se indignou já, muitas vezes calado, quando viu deitar beatas de cigarro na areia da praia ou garrafas de plástico e outros lixos na mesma? Quem não viu já, quando circulava numa estrada, apesar de proibido, saltarem objectos do carro do condutor da frente? Quem não visitou, aqui mesmo os pinhais do litoral alentejano e encontrou a mais completa gama de acessórios domésticos, industriais e resíduos de obras?
Saberão muitos dos munícipes que as Câmaras Municipais Têm serviços e contentores para nos levarem de casa os trastes velhos e os resíduos das obras?
Eu creio que a maioria sabe mas questiono-me sobre o que os faz continuar a deixar estes lixos no Pinhal!
Não é pelo custo certamente porque, tanto quanto se sabe, para as obras particulares o serviço é gratuito. Não quero crer também que sujamos porque gostamos das coisas sujas.
De qualquer modo, o movimento Limpar Portugal num só dia já existe e não é só importante porque o país vai ficar mais limpo. Tão ou mais importante do que limpar, é que as consciências ficarão mais despertas para a necessidade de não sujar. Sujar por sujar, gasta recursos do colectivo dos cidadãos que poderiam ser aplicados em outras obras sociais muito mais importantes, para além de, resolvermos um dos problemas de saúde pública.
Há já centenas de pessoas já inscritas e a trabalhar
As siglas para Sines e Santiago do Cacém são SNS e STC respectivamente. Innscrevam-se se entenderem ser esta uma nobre causa.
2 comentários:
É minha opinião que Portugal continua a ser país sujo porque as pessoas continuam a ser porcas, perdoem a crueza da expressão e deitar lixo para a via pública é apenas um dos exemplos da falta de civismo que continua a imperar entre nós.
Hoje não há desculpas para que se continue a fazer das ruas um enorme caixote de lixo porque, para além das campanhas nos meios de comunicação social, as localidades estão, na sua maioria, bem servidas de recipientes para o lixo mas ainda que tal não acontecesse isso não justifica o laxismo que continua a verificar-se.
Eu consigo entender e até desculpar os mais idosos porque não foram educados nesse sentido mas já não aceito que os mais jovens se comportem da mesma forma, até porque nos manuais escolares o civismo e as suas implicações é tema obrigatório.
Aconteceu eu ter assistido a uma situação protagonizada por um rapaz novo, vestido com roupas modernaças, todo janota e penteado “prafrentex” que abriu um maço de tabaco e deitou os restos para o chão. Chamei-lhe a atenção para o facto e ele olhou para mim como se olhasse para um marciano e - sendo assim - não deve ter entendido as minhas palavras, porque continuou na “sua”.
Por isso, e se os cidadãos não colaborarem, não haverá governos ou autarquias que consigam combater o flagelo do lixo nas ruas, nas praias, nos pinhais ou em qualquer outro sítio, que não nos locais próprios.
Também não acredito nas multas e acho ridículo que o Código de Estrada conste a proibição de atirar lixo pelas janelas dos automóveis. O facto de ser preciso proibir uma acção destas diz bem da nossa (falta de) civilização.
É evidente que é também a falta de civismo que explica muitos dos acidentes – de viação e não só - os automóveis em cima dos passeios ou das passadeiras; o chico-espertismo dos que vivem de expedientes, baseados no enganar os mais crentes; a falta de ética e por fim, mas não menos importante, a inexistência de uma Opinião Pública, informada e interventora que não precisasse de eleições para se pronunciar nem de tutores para lhes dizer o que deve – ou deveria - fazer.
Almada Negreiros dizia que todos os povos têm defeitos e qualidades e que nós, Portugueses, não nos devíamos preocupar porque os defeitos já nós tínhamos…
Camarada Egídio, concordo em tudo o que dizes, e para mim que estou habituado a trabalho social e solidário não me choca o teu post, mas à ai muito menino que pensa logo não isso pode-me tirar rendimento, prestigio ou algo mais.
Uma acção deste tipo é simples e de fácil execução, mas apenas se houver solidariedade.
Solidariedade que é isso palavra estranha, para muitos não para nós, mas aqui fica o significado para os mais distraídos:
Solidariedade
1. Qualidade do que é solidário.
2. Dependência mútua.
3. Reciprocidade de obrigações e interesses.
e para quem não sabe também o que é ser solidário.
Solidário
Que tem interesses e responsabilidade mútua.
Mas como tenho as minhas próprias definições para as duas palavras, para mim ser solidário não é dar ao outro aquilo que tenho, mas sim ajuda-lo a encontrar o caminho para lá chegar, e a solidariedade é a forma como se percorre esse caminho com o apoio de todos, e juntos conseguiremos.
Bom trabalho para todos os que partilham da nossa opinião, para os outros bom trabalho na mesma, mas não critiquem ajudem.
Enviar um comentário