quinta-feira, 3 de setembro de 2009

De tão bom reproduza-se

SIM, o que o Governo fez fomos nós.
A candidatura do SIM à autarquia de Sines organiza-se em volta dos titulares dos cargos polítcos, eleitos em 2005 nas listas da CDU, que, colocados perante outras escolhas do seu partido para o próximo ciclo político, reagiram organizando um movimento de cidadãos que os suportasse.
Trata-se de um movimento de base familiar centrado naqueles que exercem o poder político e nas suas famílias e nos que trabalham na autarquia nomeados ou admitidos por quem exerce o poder político.Para os que, como é seu hábito, diferiam para daqui a quatro anos a clarificação política, depois da entrada em vigor da limitação dos mandatos, o SIM veio clarificar as coisas: vai constituir-se em Associação. Nada de novo se pensarmos noutras associações que se organizaram exactamente em volta das mesmas pessoas e gerindo dessa forma património que é de todos. Um projecto de base familiar, construído à volta das famílias dos titulares dos cargos políticos e dos seus interesses, não pode acabar no dia das eleições. Tem que continuar depois das eleições, dando dessa forma a ideia de que estamos perante um genuíno movimento de cidadãos capaz de dar uma resposta democrática aos interesses de amplos sectores da população. O unico óbice é a necessidade de ir a eleições. São sempre imprevisíveis. Para reduzir a imprevisibilidade o SIM opta por uma estratégia clara: as obras anunciadas pelo Governo, já adjudicadas ou em processo de concurso, são obras do movimento. Já não são obras da Câmara, são do movimento. A confusão é aperfeiçoada pela deliberada mistura entre o plano do presente e do futuro. O SIM promete ”Trabalhar, Lutar, Vncer” as batalhas para construir a via férrea de ligação do Porto-de-Sines à rede Ferroviária Nacional, a construção urgente de “rodovias rápidas(…) para criar milhares de postos de trabalho” etc. Isto é prometem Trabalhar para realizar obras que outros -neste caso o Governo, ou a REFER ou a PSA - já estão a construir. No caso da saúde e do ambiente, depois de 12 anos de exercicio do poder, marcado pela rotina, pela omissão e pela incompetência, com a degradação progressiva da qualidade de vida das populações e a degradação da qualidade dos serviços de saúde ao nível concelhio, apenas melhoradas com a construção do Hospital do Litoral Alentejano pelo Governo, manifestam um elevado oportunismo político no aproveitamento da vinda de dois médicos cubanos para o concelho. Vinda para a qual nada contribuíram. Só faltou o Embaixador Cubano ter vindo a Sines em vez de ter optado por ir a Santiago do cacém, isso é que teria sido a cereja em cima do bolo.

4 comentários:

Anónimo disse...

será que estas coisas todas juntas ainda não chegam para que este povo da minha terra abra de vez os olhos e perceba o tipo de pessoa e a sua amargura pelo poder recorrendo a tudo para nos enganar

Anónimo disse...

Pelo que me apercebo,as únicas análises políticas com pés e cabeça são feitas pelo BE. Parabéns Sines irá perceber isso.

Anónimo disse...

E tem toda a razão para dizer que as obras são suas. Por acaso não foi o Dr Coelho que se tornou amigo de Sócrates para conseguir tudo? É assim que vai conseguir que finalmente o PS governe Sines. Nós Sinienses, somos muito ingratos. Não queriamos a CDU de lá para fora. Então! Esta é a oportunidade. Força Coelho! Ganha e faz o que sempre sonhas-te. Coliga-te com o partido do teu amiguinho.

Anónimo disse...

O escrevedor desta pagina, das duas UMA:- ou não é de SINES e por isso não conhece as pessoas que estão empenhadas em levar por diante este projecto,ou escreve por má fé e despeito por alguma razão que não expõe.