quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Preocupada, estará mesmo?

A ministra do Trabalho, Helena André, apelou ontem à necessidade de a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) promover a vertente pedagógica da sua actividade. "A punição é importante, mas tem de haver a pedagogia e o ajudar a cumprir a lei", disse. A ministra mostrou-se ainda Preocupada com o facto de no primeiro semestre do ano existirem 23 mil trabalhadores com salários em atraso, o dobro do ano anterior.
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Preocupada a ministra, a Sério?
Pedagogia é o que?
Será telefonar para as empresas a avisar que o inspector vai chegar? Só se for!
Parece que vivemos num mundo de "anjinhos"
No nosso âmbito (Distrito de Setúbal), quando a intervenção estava adstrita à sede do Distrito, era má! Agora, quando a intervenção da IGT passou para a influência de Beja, piorou radicalmente. São factos!

4 comentários:

Marius Herminius disse...

A Ministra do Trabalho apela à Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) para ser pedagoga na sua actividade. Apela?
Mas a ACT não depende do Ministério do Trabalho? Ou está em autogestão?
E pedagoga em que aspecto?
Deverá sugerir ao trabalhador que aceite metade do salário de modo a que o empregador lhe possa pagar?
Ou que o trabalhador aceite trabalhar sem horário ou normas de segurança de modo a que ao patrão sobre dinheiro para o gasóleo do Mercedes ou para ter casa de férias no Algarve?
A ACT só actua se, para além da vontade política que responsabiliza a própria Ministra, tiver inspectores em número suficiente, o que não é o caso.
Por outro lado também não convém que a ACT levante muitas contra-ordenações porque - para além de outras razões menos confessáveis - não há juízes em número suficiente nos tribunais de trabalho para depois julgar os processos.

Muito melhor do que esperar pela actuação da ACT, é agir como aqueles trabalhadores da construção civil, em Lisboa, que fecharam o estaleiro a cadeado em protesto pelo atraso de quatro meses no pagamento do salário.
Para já conseguiram a atenção da TV, o que neste país é meio caminho para se resolverem certas injustiças.
O dono da obra diz que a culpa é dos subempreiteiros mas olhando para os trabalhadores, a maioria são africanos (leia-se estrangeiros e com escassíssima formação), ajuda a compreender como é fácil o patrão “esquecer-se” de lhes pagar…

carlos andré disse...

Já tive alguns contactos directos com inspectores da ACT e a ideia com que fiquei é a seguinte :A ACT é "tipo Narciso...
Só aparece quando não é preciso".

A ACT geralmente não faz o trabalho que realmente lhe compete.
Trazem um caderno debaixo do bolso,tomam notas e depois fazerem cumprir a lei é que está quieto.

No meu local de trabalho , pedir a intervenção da ACT é perca de tempo.
Será por trabalhar para um prestador de serviço numa grande empresa?

Mas registei a preocupação da Senhora ex.sindicalista.

Anónimo disse...

É por isso é que eu digo cada Politico cada Mentiroso.

efernandes disse...

Não vale a pena Generalizar...
A velha "máxima" de que somos todos iguais já não se usa e não pega!