Vivem-se momentos de dúvida e ansiedade, por esses pais fora. Estão aí as eleições e com elas o fim de muitos cargos e encargos pagos com os nossos impostos. Independente de quem ganhar, o "tachismo" nacional, que tanto tem hipotecado o futuro de Portugal, vai-se alterar.
Os eleitos para cargos políticos ainda tem o mérito da eleição por sufrágio popular, os nomeados políticos e assessores nem isso, perdurará sobre eles a dúvida do mérito.
Dos eleitos políticos e do seu mérito, faremos a sua apreciação brevemente nas urnas, dos eleitos dos políticos não teremos essa possibilidade.
Assim como entre os presos existem inocentes, também entre nomeados e assessores existem profissionais sérios, com provas dadas, mas em ambos os casos serão poucos.
Entre os nossos políticos eleitos e seus "muchachos", que tomam decisões com profundo impacto no tecido empresarial, existem muitos que não sobreviveria mais que alguns dias na competitiva iniciativa privada, quem não faça a mais pequena ideias do que é o mérito, o cumprimento de objectivos para além de agradar a quem lhe confere as benesses, a obrigação diária de ser melhor e se manter permanentemente actualizado, o stress de cumprir prazo, a pressão de fazer melhor, etc.
Para muitos de nós o ordenado não chega invariavelmente no mesmo dia do mês, directamente do orçamento de estado ou do orçamento municipal, é ganho dia a dia, acrescentando valor às empresas e ao país, para que o nosso trabalho pague o nosso ordenado, e os nosso impostos o vencimento deles.
Conforma, noutros tempos defendia-se em Terras de sua Majestade que os membros do parlamento deviam ser ricos e ter uma amante, de forma a prevenir que fosse subornáveis e a evitar escândalos, eu defendo que os políticos, os nomeados, os assessores, etc, deviam de obrigatoriamente ter trabalhado na iniciativa privada para valorizarem e respeitarem mais o vencimento e quem lhes paga.
Resta-nos a consolação, por nestes tempos de incerteza eleitoral, a modéstia e a preocupação do mérito, ocupar por momentos - breves para muitos, infelizmente - as suas preocupações.
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