quarta-feira, 22 de abril de 2009

Correio dos Leitores

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

A Galp Energia,
Não quer aplicar o prémio e pretende negar a actualização dos salários aos trabalhadores das áreas de serviço, além de contratar uma empresa para “trabalho sujo”.

Depois dos enormes lucros de 2008 e dos salários milionários dos seus administradores, a Galp Energia, além de não querer aplicar o prémio, pretende ainda castigar os trabalhadores com 0% de aumento no salário. Ou seja, os que auferem menores salários no Grupo e que diariamente trabalham nos postos de abastecimento de combustíveis, sujeitos ainda a várias pressões, nomeadamente, as resultantes dos assaltos. Alegam os seus representantes na Galpgeste que os resultados da empresa em 2008 não foram positivos e que o balanço do primeiro trimestre também não é favorável. Esta situação seria dramática se estivéssemos perante uma empresa isolada, apenas dependente do mercado, o que não é o caso. Sendo a Galp Energia, a accionista principal da Galpgeste, a dona do produto e proprietária das áreas de serviço, quem define os preços e as margens de comercialização, não se compreende nem se aceita esta pretensão de tratamento discriminatório e desfavorável a quem piores salários tem no Grupo.
Os Sindicatos, através dos dirigentes e delegados sindicais, vão desenvolver contactos com os trabalhadores nas áreas de serviço, para que se tomem as medida necessárias, de forma a levar a Administração da empresa a proceder à reposição do seu poder de compra, exigindo o aumento real dos salários e a aplicação a todos os trabalhadores do prémio Galp.A Administração da Galp Energia entregou em 2 de Março de área de serviço do Fogueteiro à empresa Petrolinos, a qual no dia 15 de Abril comunicou a 10 dos 16 trabalhadores, a sua intenção de os despedir, através de despedimento colectivo. Estamos assim, perante a contratação de uma empresa para fazer o trabalho sujo da Galp Energia, já que face aos enormes lucros arrecadados em 2008 dificilmente encontraria justificação para proceder a qualquer despedimento. Ninguém de boa-fé acredita que esta empresa ao receber esta área de serviço não tenha antecipadamente combinado o valor para efectuar estes despedimentos, o que, na prática, significa que foram contratados para eliminar 10 postos de trabalho e o sustento de 10 famílias.
Por isso, o Sindicato na reunião de negociação a realizar no dia 24 de Abril com a presença de representante da DGERT, vai exigir a anexação à acta, do contrato de transmissão desta área de serviço.

Sindicato dos Metalúrgicos
Sindicato dos Metalúrgicos (Sul)

5 comentários:

Anónimo disse...

Depois da EDP ter vendido os seus postos de trabalho à empresas sanguessuga do trabalho subcontratado é agora a GALP a fazer o segundo movimento.

Como é que este tipo de empresas podem continuar a propagar-se neste país desta maneira?

Empresas em que basicamente ficam com parte do lucro dos trabalhadores para próprio beneficio dos donos dessas Empresas? Com contractos e direitos muitas das vezes ilegais ou pelo menos dúvidosos?

É este tipo de coisas que revolta o povo e que é uma dura realidade duma grande maioria dos jovens trabalhadores em Portugal.

Anónimo disse...

CONTINUEM A VOTAR SOCRATES E DIGAM BEM DO NOVO CODIGO DE TRABALHO.

alguns que vêm para aqui falar deviam ter que passar pelo que andam passando muitas das familias portuguesas, incluindo ministros, gestores publicos, o sr do banco de portugal, os srs deputados, etc

Anónimo disse...

Sines tem sido madrasta...neste caso em relação as estas firmas e outras do género também não se aplica?

Vários políticos, em especial nos países europeus e na USA, falam que não devem ser adoptadas medidas proteccionistas, mas vão aplicando, como em Espanha. Aqui ao lado foram aplicadas medidas a trabalhadores portugueses e não só, quando ficam desempregados é-lhes proposto o pagamento na totalidade do subsídio e se assinarem um documento comprometendo-se num espaço superior a um 1 ano (em alguns casos até 3 anos), não irem trabalhar para aquele país. Desta forma “sobra” mais emprego para os residentes naturais.

Nos países africanos como Angola e Moçambique, também estão a dar prioridade aos naturais daqueles países, apenas efectuam negócios de “topo” se tiverem nascido lá.

São ou não são medidas proteccionistas?

Aqui no comentário anterior fala em “…postos de trabalho à empresas sanguessuga do trabalho subcontratado…”, estes são portugueses? Pois, parece que não.

Não tenho nada contra aos imigrantes e a percentagem de portugueses infelizmente que têm que emigrar é cada vez maior. Mas constato mais protecção no nosso próprio país em relação os imigrantes do que aos naturais.

Portanto se os nossos políticos não arrumarem a “casa” aplicando algumas medidas, ficamos sem emprego e sem firmas, porque estas fazem o que querem e se os chatearem vão-se embora com os milhões que receberam de apoios sem qualquer penalização.

Daskalos disse...

Todos nós sabemos que as administrações destas empresas têm salários milionários.
Não é por acaso que acontecem estas situações, eles ( as administrações) estão-se "cagando" para os trabalhadores que sejam das próprias empresas ou de subcontratações "manhosas" o que querem é ao fim do dia olhar para o movimento financeiro da empresa, com "paletes" de engenheiros, gestores, economistas, secretárias etc. e tal a trabalhar para esse fim.De vez em quando convocam os abutres da comunicação social para lhes dar mais uns zeros à direita e por os economistas a dizer que a Galp, EDP, Telecom tiveram lucros de mais uns milhões.
Amigos, no tempo do outro fascismo eram meia dúzia a "mamar", agora são umas centenas. O fosso entre ricos e pobres está a aumentar.
Com a gestão actual destas empresas a classe média está desaparecer e qulauer dia só existem 2 classes sociais : ricos e pobres.
Não se esqueçam que a actual maioria da A.R. ( dois terços), faz parte ou tem lá os seus lobys nos conselhos de administração destas empresas.

Anónimo disse...

É ver quem são os administradores das empresas públicas, quanto ganham, as "mordomias" que teem, as indemenizações que recebem, as reformas que lhes dão, e quanto tempo lá estão...
Normalmente mudam quando muda o governo, de 4 em 4 anos...(mudam duma empresa para outra)não ficam desempregados...
É só "mamar" à conta dos nossos impostos...
Depois há que "gerir", apertar o cinto, despedir, cortar regalias de anos de trabalho, aos TRABALHADORES...
Isto tem-se vindo a verificar com todos os governos...cada vez pior...