sábado, 3 de agosto de 2013

Novo ciclo para Sines

A modernização da refinaria de Sines está a proporcionar uma apreciável exportação de combustíveis e representa uma mais-valia no futuro estratégico de Portugal. Nesse âmbito, o Presidente do Panamá esteve por cá, mas a imprensa não falou disso. Preferiu, antes, as ninharias político-partidárias.


O porto de Sines e as instalações industriais (refinação de petróleo e petroquímica, sobretudo) que ali se desenvolveram concretizaram um projecto gizado anos antes do 25 de Abril. Depois, o projecto passou por várias vicissitudes, muitas delas negativas, como a destruição pela violência das ondas de parte do terminal petrolífero do porto. 

Mas a modernização da refinaria de Sines já proporcionou uma apreciável exportação de combustíveis. E Sines é um porto de águas profundas, o que lhe dá valor acrescido neste tempo de enormes cargueiros. 

O porto de Sines está ligado ao canal do Panamá, cujo alargamento deverá ficar completo em 2014 – será, assim, a via ideal para as mercadorias da China chegarem à Europa. 

Esta semana, esteve em Portugal o Presidente do Panamá. Como observou Henrique Raposo no “Expresso” on-line, a comunicação social quase não falou nessa visita, durante a qual o futuro de Sines foi abordado. 

No entanto, trata-se de um assunto de enorme importância estratégica para o futuro colectivo dos portugueses. Mas preferimos falar de ninharias político-partidárias.

02-08-2013 7:11 por Francisco Sarsfield Cabral

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fábrica em Sines vai produzir combustível a partir de resíduos de navios

Uma empresa com sede em França está a construir no porto de Sines uma fábrica para produzir combustível naval a partir dos óleos residuais recolhidos nos navios de carga, aproveitando material que actualmente é incinerado.
A unidade, que deverá estar pronta a funcionar em Outubro deste ano, será a primeira a nível mundial com esta tecnologia, adiantou hoje à agência Lusa o presidente e fundador da Ecoslops, Michel Pingeot.
O projecto representa um investimento superior a 14 milhões de euros, comparticipado em 55% das despesas elegíveis por fundos comunitários, e irá criar 35 postos de trabalho directos e 25 indirectos, estimando-se que venha a gerar receitas na ordem dos 10 milhões de euros anuais, referiu o empresário.
A Ecoslops Portugal tem, desde o final do ano passado, o exclusivo da recolha dos óleos residuais gerados pelos navios de carga no porto de Sines, por via de uma subconcessão contratada com a Companhia Logística de Terminais Marítimos (CLT), do grupo Galp Energia, concessionária do terminal de granéis líquidos.
Segundo Michel Pingeot, “todos os navios” originam óleos residuais, quer devido ao armazenamento e utilização de combustível para o seu funcionamento, quer, no caso dos cargueiros de granéis líquidos, dos resíduos de produtos (crude e refinados, entre outros) que ficam nos tanques.
“Dependendo da dimensão do navio”, a quantidade de resíduos produzida pode chegar às 250 toneladas, explicou.
O lançamento destes resíduos para o mar tem representado um “problema ambiental”, indicou o empresário, mas, mesmo a solução adoptada actualmente tem consequências negativas, uma vez que a incineração provoca a emissão de substâncias poluentes para a atmosfera.
Na fábrica em construção em Sines, por empresas locais, após a separação dos óleos residuais em água, sedimentos e hidrocarbonetos, estes últimos são submetidos a um processo que os transforma em combustível naval, que será vendido aos fornecedores deste produto.
Michel Pingeot sublinhou o carácter “amigo do ambiente” deste combustível, não só pela reciclagem dos resíduos, mas também porque todo o processo de produção, desde a recolha ao fornecimento, se desenrola num espaço físico limitado, dispensando transportes e reduzindo a “pegada ecológica” do produto.
De acordo com o responsável, a unidade terá uma capacidade de produção de 100 toneladas de combustível naval por dia, o que implica o processamento de cerca de 200 toneladas de óleos residuais.
O porto de Sines deverá ser o único a receber uma fábrica da Ecoslops, já que, conforme adiantou o empresário francês, esta será suficiente para processar a totalidade dos óleos residuais produzidos no país.
Lusa/SOL

UM NOVO CICLO

Depois de consultar várias pessoas, ouvir várias opiniões e conciliar algumas vontades, decidi reiniciar o funcionamento deste espaço que já foi, o arauto da informação no litoral alentejano.

Foi de facto, e disso ninguém pode dizer o contrário, o sítio de informação, opinião, crítica e até diversão que, de Sines a Santiago, passando por Santo André, não passava despercebido dos mais distraídos aos mais atentos para as questões da sociedade. 
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Criou amigos, alguns inimigos, outros nem por isso mas, sem dúvida nenhuma, anónimos (muitos), outros que deram a cara e tantas vezes com o nome próprio ou pseudónimo, cá vinham discutir ideias (alguns desconversavam é certo), fazendo o que uma sociedade democrática nunca se pode abster de fazer: FALAR, DIZER, ESCREVER e PENSAR Livremente.

Tudo isto foi proporcionado pelo António Braz, fundador deste espaço que aqui, publicamente cumprimento.

Um dos pontos altos das múltiplas intervenções, foram as últimas eleições autárquicas passadas. Mas, não é esse facto, de facto importante para a Democracia, que me move nesta ténue tentativa de ressuscitar o blog.

Não querendo tornar este espaço apenas de espaço para a discussão sobre as autarquias e as várias propostas que se perfilam, entende-se que é talvez, o tema que, para esta região, num blog local, seja o mais apetecido, tudo bem!.. Mas há certamente, muitos outros temas para se discutir, ou não?

Desde a sua criação e semi-encerramento, outros meios de comunicação no ciber espaço ganharam notoriedade pela facilidade de acesso e não só. Creio que ainda haverá espaço para este blog, daí esta tentativa.

Independentemente dos artigos que aqui forem sendo colocados a partir  de hoje pelo "administrador" do espaço, outros também poderão e deverão ser colocados, desde que sejam enviados previamente para o seu Administrador.

Para já, os vídeos colocados lateralmente manter-se-ao até poderem ser substituídos, até porque gostaria de obter comentários sobre os mesmos, colocados há bastante tempo, numa altura em que, para muitos, havia um mar de dúvidas. Hoje, creio poder afirmar, que esse mar de dúvidas se transformou em certezas...

Ficarei imensamente feliz se contribuir para o "desenconchar" da sociedade que, no meu entender como é óbvio, tende a canalizar as suas discussões em sociedade, para áreas que distraem da construção duma vida digna e verdadeiramente democrática.

Egídio Fernandes