sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Poema de agradecimento à Corja

Obrigado, excelências.

Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade de vivermos felizes e em paz. Obrigado pelo exemplo que se esforçam em nos dar de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem dignidade. Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada. Por não nos darem explicações.  Obrigado por se orgulharem de nos tirar as coisas por que lutámos e às quais temos direito. Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria. Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero. Obrigado pela vossa mediocridade. E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer. Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber. Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera. Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias um dia menos interessante que o anterior. Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar. Obrigado por nos darem em troca quase nada. Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade. Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço. E pelo vosso vergonhoso descaramento. Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer, o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar. Obrigado por serem o que são. Obrigado por serem como são. Para que não sejamos também assim. E para que possamos reconhecer facilmente quem temos de rejeitar.

Joaquim Pessoa

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Governo faz, dissimulado, o pior ataque aos direitos dos trabalhadores desde o 25 de Abril

Em 1 de Outubro é necessário a manifestação de todos. Juntos temos que travar este ataque feroz 

sábado, 24 de setembro de 2011

Fossas sépticas no centro da nossa cidade em 2011?


Na caixa do correio
Sines parece a terra dos fenómenos ! Senão vejam lá o desfecho de um problema que há anos afligia um dos moradores desta rua vulgarmente conhecida como rua do depósito da água.
Há anos que os proprietários se queixavam de problemas de mau cheiro , até que ultimamente o problema se agravou com o total entupimento  da canalização . Afinal , apesar do pagamento da taxa de conservação dos esgotos ao longo dos anos, a moradia não tinha ligação àquela rede , sendo os mesmos enviados para uma fossa séptica o mesmo acontecendo a várias moradias da referida rua!!!
Fossas sépticas no centro da nossa cidade em 2011? Será que há mais? Este problema transformou-se num problema de saúde pública que merecia uma justificação à população !

sábado, 17 de setembro de 2011

Cadaver em decomposição

Cada vez mais eu me convenço de que os seres humanos dão mais valor ao dinheiro e a si próprios, e pouco se importam se os outros estão bem ou mal
Esta semana ao subir para o meu apartamento notei um cheiro naseabundo num piso do edificio ancorope, e pelos vistos já outros residentes daquele piso se apercebiam do mesmo, nada tendo feito para averiguar o que se passava
Sabendo eu que ali morava um enfermeiro que a solidão fazia com que se refugiasse no alcool e que há algum tempo tinha estado doente, não o vendo também já há algum tempo, achei por bem alertar a GNR e os Bombeiros de Sines
que protamente se deslocaram ao piso e se depararam com o cadaver do dito senhor que já estava morto há pouco mais de uma semana.
O curioso é que na falta do pagamento da renda do apartamento, a administração do prédio em causa, apenas teve a preocupação de colocar um papel na porta ou por baixo da mesma para chamar o inquilino a atenção para a limpeza do apartamento e o pagamento da renda do mesmo.
Já há alguns anos ocorreu uma situação semelhante em que uma residente no primeiro andar esteve morta 26 dias dentro de um apartamento a dois ou três metros do escritório da administração. Pelos vistos o mau cheiro não incomóda muita gente que apenas se preocupa com dinheiro ou a manutenção de lugares, e não é capaz de pensar que o civismo e os actos de cidadania são atitudes mais nobres

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sines-Trocar saúde por trabalho


Na caixa do correio

O Sr. Van Zeller fez um exercício curioso ao dizer que acha normal a contestação dos trabalhadores às medidas anunciadas pelo governo. O dito patrão dos patrões faz um exercício de normalização da luta dos trabalhadores tentando retirar-lhe força e ao mesmo tempo integrando-a numa rotina como ele diz normal. Disse ainda o mesmo senhor que se assim não acontecesse o povo seria tonto ou molenga.
Serve este episódio para introduzir o tema que realmente quero abordar: o mau-cheiro que repetidamente invade a cidade e a resposta a essa mesma situação.O problema permanece sem que alguém ouse levantar a voz e agir no sentido de resolver alguma coisa. Quem o deveria fazer em primeiro lugar seria a Câmara Municipal porém esta está completamente manietada e comprometida com as Empresas do Complexo fazendo parte do problema e não da solução. O actual executivo aprofundou a dependência da CMS, muito devido à gestão ruinosa e a sempre pronta mão estendida para subsídios e patrocínios de ordem vária.Junto da população o sentimento não é muito diferente, é regra geral associada a criação de emprego ao complexo e este à poluição, o que indirectamente associa o emprego à poluição e faz com que a aceitem como uma coisa normal retirando-lhe o peso negativo à semelhança do Sr. Van Zeller. De uma forma simples é feita uma troca de saúde por trabalho o que não faz sentido. O negócio não é justo nem compensa porque temos direito a ter emprego e saúde sem considerar que nos fazem um favor. São 23:50h de 12 de Setembro e o ar na Cidade de Sines está irrespirável, seria normal a revolta e a indignação. Porque não é assim?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Carnaval de Sines - O que é preciso mudar?

Pela importância que tem tradicionalmente e como veículo de promoção da cidade, o Carnaval vive momentos difíceis. Mais que um opinião acabada, este post pretende ser um contributo para iniciar um debate que está pendente e que.por falta de coragem de uns, "medo" de outros e apatia de muitos se vai adiando...


A imposição da localização na Avenida imposta pela Câmara Municipal é ou não a melhor solução?

A apropriação do Carnaval por uma Associação tem-se revelado a mais ajustada para o desenvolvimento da iniciativa ?

Faz sentido realizar uma mostra de Carnaval de Verão e nos moldes imitativos do original brasileiro?

Deve o Carnaval de Sines assumir uma identidade própria que o diferencie dos demais?


São apenas perguntas às quais penso que a comunidade local pode e deve responder.