domingo, 26 de junho de 2011

As Caravanas junto à praia

Na praia de São Torpes, temos assistido a um infindável e cada vez maior parque de caravanas que ocupam sistematicamente aquele espaço.
Numa zona de paisagem "privilegiada", quem não gostaria de acordar ao som das ondas do mar, quem não gostaria de olhar aquela imensidão de água, quem não gostaria de tomar o seu pequeno almoço, olhando o mar, respirando a brisa fresca da manhã, e quem não gostaria de contemplar o pôr do sol ao mesmo tempo que toma o seu repasto ao ar livre? 
Obviamente que qualquer um, porque viver a natureza enche-nos o corpo e o espírito de bem estar e reforça-nos as defesas para enfrentarmos as agruras do dia a dia.
Sendo adepto da natureza e do campismo de caravana há regras OBRIGATÓRIAS de bem viver e conviver para o uso destes equipamentos. Falo de regras Sanitárias e de Segurança.
Não me consta que em São Torpes, existam infraestruturas para além do parque de estacionamento para acolher todas aquelas dezenas de caravanas que ainda hoje lá estavam, que não ponham em causa a saúde pública, e não degradem a qualidade da praia.
Claro que, se todos aqueles caravanistas quisessem pernoitar no parque de campismo, não sei se aquele teria capacidade para os acolher. Portanto, deverá ser assumido pelas autoridades competentes, que São Torpes não tem condições sanitárias para acolher todos aqueles cidadãos que duma forma espontânea vão aproveitando aquele sítio maravilhoso para passarem as noites de verão.

A questão que se coloca agora é a seguinte:

Não seria interessante do ponto de vista ambiental e económico que a Câmara Municipal de Sines promovesse a construção de um parque de autocaravanas, ambiental e economicamente sustentável nas imediações de São Torpes?
É que metermos a "cabeça na areia" e fingirmos que nada se passa dizendo apenas que os caravanistas não podem lançar dejectos, e etc, é muito pouco...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

As Palmeiras na Avenida Vasco da Gama


O Lamento e Protesto, na caixa do correio

O ainda recente episódio do arranque das palmeiras na Avenida Vasco da Gama é um caso paradigmático da gestão casuísticamente desajustada da actual presidência da câmara. Resta dizer que no lugar das palmeiras ficaram clareiras com terra, quais toupeiras por ali habitassem. 

Algumas questões:

1. Tinham as palmeiras alguma doença?
2. Obstruíam de algum modo a passagem das pessoas?

A resposta é uma dupla negativa porque a suposta razão é não serem as palmeiras espécies autóctones tal como todas as outras que lá permanecem. 
A câmara argumenta desta forma e só acredita quem quer, porque sabemos bem que a principal e única razão para a eliminação das palmeiras foi arranjar espaço paras as Tasquinhas fruto do seu local original estar sobre o risco de derrocada. Este episódio reflecte os três traços principais da actual gestão camarária.

1“Prá frentex” sem planeamento algum, hoje dá jeito arrancar as palmeiras e depois logo se vê o que fazer. Nem que se tragam umas toupeiras para fazer um parque temático.
2. Teimosia militante sem a preocupação de arranjar consensos, a Presidência teima contra tudo e contra todos, que a realização das Tasquinhas é naquele sítio sem se preocupar em arranjar um sítio alternativo nem que para isso tenha que destruir toda a cidade, agora foram as palmeiras e, é conhecido o coro de protestos que todos os anos se fazem ouvir pelo incómodo do encerramento da avenida durante um mês inteiro.
3. Tremenda insensibilidade, porque não percebe que a cidade não é pertença da câmara sendo muito menos de quem a gere.


A cidade pertence aos cidadãos, neste caso aos Sineenses que possuem um sistema de referências que não podem ser apagadas nem malbaratadas por dá cá aquela palha ou um qualquer capricho do Senhor Doutor.
Os Sineenses que cresceram em Sines, todos os dias vivem em sobressalto sobre qual vai ser o próximo devaneio do senhor iluminado que à noite aparece de retroescavadora em riste e não deixa pedra sobre pedra daquilo que eles são. Dói na alma e tenho pena.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Projectos viaveis

Muito se tem falado no comboio de alta velocidade como um projecto que nos coloca em pé de igualdade com outros países europeus, sem que este comboio seja essencial para o desenvolvimento do país, sendo que os custos de manutenção da estrutura, a par dos baixos salários auferidos pela generalidade dos portugueses, bem como o elevado preço das viagens, são apenas três factores que fariam com que este comboio fosse pouco utilizado, o que certamente tornaria este, mais um investimento falhado.
Fazemos parte de uma comunidade de nações, e muitas vezes têm-nos sido colocados desafios aos quais nalguns casos temos sido capazes de dar resposta, mas seria desejável que não apenas tivéssemos capacidade de resposta, mas superássemos as expectativas, tais como investir sim, em projectos que além de serem viáveis, são geradores de riqueza.
A par das outras infra-estruturas portuárias, Sines, pelas suas características únicas, é o maior porto nacional, e já há muito tempo que deveria estar dotado de uma moderna via-férrea que permitisse o rápido escoamento das mercadorias, principalmente no que diz respeito à carga contentorizada.
Quando até agora se gastaram verbas em estudos de viabilidade económica sem posterior aproveitamento prático, está mais do que provado de que Sines tem viabilidade, a qual se traduz em ganhos para a economia nacional, para o meio ambiente e para a credibilidade do país no exterior.
Se não conseguirmos aprender com os nossos erros, então não há razão para os fazermos, pelo que apostar em Sines não será um erro, mas mais um passo na direcção do sucesso de Portugal

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sines e o futuro


Na Caixa do Correio

Sines é hoje no ano de 2011 da graça de Deus uma cidade sitiada e em muitos casos chateada. Vive-se um período de final de ciclo, ou seja o actual executivo liderado pelo Dr. Manuel Coelho arrasta-se exangue de ideias para o futuro de Sines e atolado nas suas próprias dívidas em muito provocada pela falta de uma estratégia de Governo para a Cidade, que não vai além dos gostos pessoais do presidente. Resta saber como foi atingido o presidente, o mais socretino dos socretinos após a queda do primeiro-ministro.

Eis o cenário para a arrumação das forças políticas em Sines:


1. O CDS está em crescimento, porém não o suficiente para ser determinante na luta política local;


2. O BE está em queda sem que se vislumbre o inverter da tendência nos próximos anos;


3. O PS, cinzento e igual a si próprio espera que o poder lhe caia no colo fruto das escaramuças entre a CDU e o SIM;


4. O PSD sem figuras de rasgo que possam capitalizar a subida nas eleições legislativas;


5. A CDU é a maior incógnita e dependerá em larga medida das alianças que estabeleça e da abertura que conseguir;


6. O SIM desaparecerá na exacta medida dos interesses da sua figura tutelar e actual presidente da câmara que abertamente apoia o PS.Tudo indica que vamos ter dois anos de intensa luta política quer no país como em Sines e que está na hora dos protagonistas terçarem armas.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

As Obras nas Vias rápidas..."Xanta Ingrácia"

Qualquer cidadão do Litoral Alentejano e não só já percebeu porque  foi já incomodado com um conjunto de obras que estão a decorrer nas vias rápidas de Sines-Santo André e Sines-Grandola.

Tratam-se de obras com o objectivo de para Santo André tornar aquela via com o perfil de Autoestrada e a outra vir a ser a própria Autoestrada (IP8) que ligará Sines a Espanha.
Mas até aqui, tudo bem, são obras necessárias e há muito tempo previstas.

O que não me parece de todo necessário é que se abram várias frentes de trabalho em simultâneo e que, na prática, se elimine a possibilidade dos cidadãos poderem ter pelo menos uma parte da via sem obras à medida em que outras partes se forem concluindo.
Concretizando por exemplo, há 13 km dos 15 que ligam Santo André a Sines que estão apenas circuláveis numa faixa e com vários remendos, com até algumas situações de insegurança. O mesmo acontece na futura autoestrada para Grândola.

Tudo isto me parece algo confuso. Esta forma de planeamento dumas obras que, sendo necessárias, poderiam, digo eu, ser executadas salvaguardando os direitos dos utentes.

Será que, as mesmas obras no IC19, na VCI, no eixo norte-sul ou noutra qualquer via de "GRANDE"  importância do país teriam o mesmo planeamento e execução? Não me parece mas...

sábado, 4 de junho de 2011

(PEC1; PC2; PEC3; Troika do FMI) ou votar contra tudo isto?

A Encruzilhada
Viveremos daqui a pouco um período angustiante de reflexão, uma reflexão tradicionalmente legal onde os "indecisos" se é que existem, terão o direito de dar a vitória a qualquer dos lados.
O País onde vivemos tornou-se tão previsível que o "romantismo" de outros tempos me faz algumas saudades. Não é que seja contra o progresso, contra as ciências, antes pelo contrário. O que eu sou é frontalmente contra o mau carácter de muitos que saltam de poleiro em poleiro à procura de melhor poiso e pelo caminho vão "cagando" os vários travessões.
Não fosse o aparecimento de gentes novas com o direito ao voto, as campanhas não serviriam para nada, uma vez que a "treta" dos indecisos facilmente seriam convencidos pelas televisões, a dar o voto a uns ou a outros.
Por mim, creio cada vez mais que, nunca o país esteve tão dividido quanto o está agora. De um lado teremos os chamador "troikos" que se degladiam entre si. Do outro temos as forças de esquerda, capazes noutras circunstâncias de dar algum furor à política a seguir no futuro  que é já na segunda-feira.
No Domingo à noite logo veremos depois do soberano povo escolher o seu futuro e só depois disso é que haverão novidades.
Não direi que seja o que Deus quizer porque se Deus se metesse nisto, creio que muitos nem a boca conseguiriam abrir de tantos "pecados que lhes atravessariam a laringe..

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Política Sineense - As voltas que o mundo dá!

 Na caixa do correio
Li há dias, que Sines era uma cidade baralhada relativamente à política e seus actores. Digo baralhada por todos os lados e mais alguns porque aquilo que alguns diziam há pouco mais de 1 ano, outros nem lhes passava pela cabeça, outros ainda afirmavam a pés juntos que essas coisas eram invenções de dor do cotovelo.

Trata-se concretamente da atitude de alguns, que foram CDU's desde pequeninos, que combatiam toda a direita inclusivé o Partido Socialista (principalmente o Local), que estavam na vanguarda dos direitos dos cidadãos, etc, etc. 
Duma hora para a outra mudaram de ideias (direi eu), formando um movimento "sui generis"

SIM, a mudança tendo sido abrupta acontece numa altura, em que por força das circusntâncias e sede de poder, o PS local se fazia para tomar o dito mas, faltou-lhe a galhardia e porque não a credibilidade, para não usar outro termo mais pernicioso.

Mas o namoro vinha de muito antes, quando Sócrates e seus "muxaxos", quase faziam desta terra o seu quartel General nas múltiplas visitas que faziam, até uma bem célebre para anunciar o fim da crise, quando ainda nem tinha começado.

O Objectivo era claro como claro é hoje para todos, que o principal adversário do PS , não é o cds ou psd. Todos sabemos quem é para aquele partido o principal adversário.

Nada de estranho para quem conhece e acompanha estes actores de um Teatro já visto e revisto.
Não é estranho mas é triste.
É triste porque os Adversários e até "inimigos" de ontem, são hoje grandes amigos e "camaradas" como se essa postura se adquirisse duma hora para a outra.

Esta é uma postura que contribui de forma significativa para que hoje tanta gente, uns por comodismo e oportunismo mas outros de forma convincente, desacreditem em quem se propõe trabalhar em prol dos outros, metendo tudo no mesmo saco.

Não está em causa o ser-se de direita ou de esquerda e ter-se pretensões a mudar. O que se passa não é um problema de côr ou de dor do lado esquerdo ou do lado direito.
Este, é um problema de Coluna Vertebral que, pelos vistos vai faltando a muito boa gente, sabe-se lá porquê.
As eleições gerais estão aí no próximo dia 5. Esta deveria ser a hora e a oportunidade para o castigo merecido mas, o desejo está longe da crença.
1.6.2011
(Leitor Identificado)