sexta-feira, 30 de julho de 2010

Relatos de um Festival

- Deve saber bem acordar todos os dias com vista para esta baía!

Ia a caminho do castelo quando ouvi isto vindo de um grupo de quatro jovens sentados na esplanada do restaurante Mexilhão.
Gosto de ver Sines assim, vestida com o colorido de um corropio de gente para todos os gostos, ou quase, porque durante estes dias, por aqui, não há lugar a cinzentismos dos velhos do restelo habituais.
A música começou em Português, mas esperava-nos um mergulho nocturno por sons do Continente Americano. Um bom ponto de partida, unir os dois lados do Atlântico com dois palcos a servir de ponte.

- Nunca vi um festival com um ambiente assim!

Uma pessoa derrete-se a ouvir estas coisas, afinal o festival é a minha terra e essa, já não consegue viver sem as músicas que lhe trazem o Mundo por alguns dias.
À saída do castelo,

- Desculpa, ainda vais entrar ou posso ficar com a tua senha?

- Epá, olha há ali uma bilheteira em baixo, se calhar é melhor ires comprar bilhete, sempre davas dinheiro a quem faz isto, e olha que eles bem precisam...

Que raio de gente é esta que nem serve para comprar bilhete para um festival? Para mim o  FMM passa-se no castelo, ou nasce lá pelo menos, porque depois espalha-se dali para todo o lado, como a brisa que nos traz a meio de um concerto o cheiro a maresia.
O parque de campismo cheio, tendas na relva da APS, seres a deambular a toda a hora, por todo o lado, sem rumo aparente, preenchendo até os sítios que nos habituámos a ver desertos, bancos vazios agora acompanhados, canteiros que servem de poltrona, muros que são por uns minutos mesa de jantar e quase aposto que Sines gosta destas aventuras.

- Ai! Ainda agora aqui passou um casal, os dois descalços cada um com a sua garrafa de vinho debaixo do braço veja bem!

- Isso a mim não me faz confusão nenhuma, só não percebo porque é que os concertos da Avenida não são pagos.

Nem eu percebo, mas isso são contas de quem não as sabe fazer. Dois mais dois afinal são três de maneira que me é difícil tentar perceber alguns porquês. Nem estou para isso aliás, que o nosso Presidente diz que isto sim é serviço público, e se é público que se lixe a diferença deste dois mais dois, porque o que se arranjou aqui foi um espírito que não se pode perder e isso não tem preço. Daqui a alguns anos, quando estes jovens que em paz nos invadem forem pais, quando forem chefes, nem que seja de si próprios, quanto irá valer a imagem que guardam da nossa terra?

- O melhor de tudo é que aqui é tudo à borla! Só gastas dinheiro em comida e bebida.

Que isto dos espiritos não tem preço, e a coisa cria-se e depois não apetece nada deixá-la ir, assim de mão beijada à mercê de um prejuízo mais escondidinho.

- Ainda estou para ver o que vai acontecer ao FMM quando o Coelho sair daqui.

Não acontece nada, que o homem lá por ter deixado criar isto não lhe fica assim com o exclusivo e acho que ninguém quer perder este festival, mesmo que não dê dinheiro por x menos y. Ainda não sei como, mas qualquer dia ainda vos provo que a riqueza de um povo não se mede apenas pelo seu ouro em caixa.

- Há uma tenda na pedreira com festa até as quatro da tarde!

- Estes moços até metem medo...

Eu também tenho medo de chegar ao final de Julho e a minha Sines deserta, de bancos solitários, canteiros vazios, noites despidas, os mesmos sítios desertos, como costumam estar sempre, dia após dia. Mas agora passa, quando descer as escadas e me misturar com a maré de gente que inunda Sines, que me inunda a mim, da ilusão de que isto podia ser tão diferente daquilo que realmente é.

Aproveitem!

Galp admite congelar central em Sines

O presidente executivo da Galp Energia disse hoje que a empresa não avançará com uma nova central de ciclo combinado em Sines, caso o Governo não institua, para as novas centrais, uma remuneração de potência semelhante à existente em Espanha.

oferece-se emprego



procura-se comerciais e venderes para:
amaciadores para todos os tipos de cabelolocal: antigo parque de campismo de Sines e provável futura urbanização do parque

período: FMM
remuneração: à comissão e boa sorte

Curioso ou Talvez Não!

Freitas defende nacionalizações das empresas estratégicas

Se as golden shares e os direitos de veto forem declarados ilegais pela UE, Freitas do Amaral diz que "haverá que caminhar sem receios para a nacionalização de 50,01% do capital das empresas que não estamos dispostos a perder".

Freitas do Amaral aconselha Sócrates a nacionalizar 50,01% da EDP, GALP e PT.

Quando fala em sectores estratégicos, Freitas refere que empresas como a "PT,a EDP, a GALP (e a TAP!) estão entre os nossos "campeões nacionais". "Portugal não pode ficar sem elas, pois são para nós empresas estratégicas, são o melhor que fomos capazes d pôr de pé nas últimas décadas, em boa parte com o dinheiro dos nossos impostos".

"O Estado português não pode ceder. Tem de traçar um risco no chão, dizendo em voz alta e sem complexos: daí para cá não passam", afirmou o antigo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo de José Sócrates.

Freitas do Amaral lembra que na Europa continental "o interesse público sempre teve, e tem, primazia sobre os interesses privados, nomeadamente os económicos e lucrativos". "Por isso a nossa Constituição determina (e bem) que o poder económico está sempre subordinado ao poder político; e, quando tenta não estar, deve ser colocado no seu devido lugar".

"O projecto europeu fez-se, além do mais, para aumentar a concorrência - e não para reduzir essa competição incentivando as grandes a engolirem as pequenas", acrescenta Freitas do Amaral. "É paradoxal ver os capitalistas liberais, consciente ou inconscientemente, a contribuírem para dar razão a Marx, na sua 'lei da concentração capitalista'".
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Curiosas as coisas que se dizem, tantos anos depois dos Governos de bloco Central (de direita), terem destruído o que de melhor o país detinha.
Não gostaria de ter razão (por estes factos)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

As notícias que os outros "esquecem"

O hastera das bandeiras azuis é smpre motivo de noytícia da autarquia vangloriando-se, e bem, da qualidade das praias, já o contrário merece o mais profundo silêncio.

Na última semana a praia da Vieirinha, em Sines, perdeu a Bandeira Azul, «devido a obras de requalificação do acesso ao areal», dizem.

O Programa Bandeira Azul iniciou-se em 1987 com o objectivo de elevar o grau de consciencialização para a necessidade de se proteger o ambiente, marinho e costeiro e incentivar a realização de ações de educação ambiental, de melhoria da qualidade da água balnear, dos acessos, da segurança e equipamentos para os utilizadores.

Realizar as obras de acesso às praias no inverno não é pedir muito.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Despesismo com vista para a baía

imagem meramente ilustrativa, não corresponde ao banquete mencionado no post

Desenganem-se os guardiões da contenção de custos, os defensores da redução de despesas e os inocentes que acreditavam que doravante nada seria igual. Contenção de custo e redução de despesas há, mas ao contrário do sol, quando nasce não é para todos.

Por mais que a crise aperte, os fornecedores gemam, os munícipes berrem e os eleitores se sintam defraudados se existe algo inatacável pela crise é a paparoca na abertura do FMM. É certo que mais comedida, devido à crise. Ou seja existir festim com o dinheiro dos contribuintes é garantido, só que apenas para alguns, o povoléu ficou de fora. 

E assim, junto aos canhões do Castelo, com o manjar em nova localização, dá-se o tiro de partida para mais uma etapa do vale tudo. Unidades hoteleiros com repórteres instalados à despesa - que isto de laudatórios também tem o seu preço -, restaurantes a servir músicos a crédito, música até o sol raiar (como justificar depois de todas as limitações horárias a bares e festas, iniciar um espectáculo na avenida da praia às 3 da manhã, numa quarta-feira), estacionamentos nos telhados se conseguirem, acampamentos dentro da nossa casa se permitirmos, vale tudo para o prazer, lucro e protagonismo de poucos.  

Autêntico atavismo provinciano, comida, procissão e patrono e foguetório não podem faltar num arrial popular, mesmo que travestido (ah! que prazer utilizar este termo do Primeiro) de evento cultural erudito. Esquecendo a procissão que os compêndios marxistas da juventude afastaram-nas para longe até como sinal do progressismo de uma juventude libertária, o resto está bem presente.

Turismo de calidade

Considerando que consigo fazer uma viagem até Lisboa sem ouvir um pingo de música, sintonizando a rádio em  notícias, debates ou relatos, não conheço parte dos grupos da moda, nem tenho ipod, não sou propriamente um melómano -  o que reconheço não torna a minha vida mais feliz.

Daí que o FMM não seja para mim um acontecimento musical, mas a sua essência transcende a música, sendo esta apenas o motivo. Adoro a moldura humana, o gentio, o movimento e o seu burburinho que torna Sines uma cidade por escassos dias.

Invariavelmente o FMM, arrasta consigo bandos de freaks de verão, pelos quais nutro uma repugnância que quase roça a indiferença. não pelo aspecto fisico ou falta de àgua, pelos cafés cheios, as caixas ATM sem dinheiro, o cheiro, o barulho, nada disso me incomoda, mas o que me tortura é o abandono da verdade.

Depois de um ano inteiro a aturarmos de falsos comunistas, interesseiros socialistas, espectantes sociais-democratas, amigos de ocasião, defensores de causas próprias, alpinistas sociais e toda a sorte de gente que vende princípios e valores pelo vil metal e sabor do poder, ainda temos de aturar os freaks e rastas de Agosto, que após as férias correm a vestir o fato e gravata e deixam de ser cool no último dia de férias.

Não não quero comprar artesanato africano, nem calendários com a nossa senhora, nem óculos de marca, nem haxixe, nem dou cigarros - porque não fumo e não tenho o hábito de dar a quem pede, mas antes a quem precisa, o que nem sempre é a mesma coisa - não pago copos senão aos amigos e vá lá conhecidos, desamparem a loja.

Não é este turismo de qualidade que se pretende, nem o futuro (?) parque de campismo serve para este turismo, nem a venda de melancias à beira da estrada e de atoalhados nos parques de estacionamento das praias, nem caravanas a ofuscar a paisagem, nem um trânsito cuja circulação e sinalização é no mínimo patético, nem ruas esburacadas, ausência de passeios e espaços verdes, nem tampouco haverá turismo, quanto mais de qualidade.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Primeiro esteve em Sines

O primeiro-ministro esteve hoje na nossa localidade para a inauguração de um investimento privado. Segundo José Sócrates para quem quer investir em Sines é a altura para isso, afirmando ainda que o Governo vai acompanhar esses investimentos. "Sines vai-se afirmar como o grande porto da fachada atlântica da Europa, é isso que nós queremos, não queremos menos que isso, e por isso conjugaremos esforços entre as políticas públicas e os investimentos privados”.

O Primeiro-ministro estava acompanhado do Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, e visitou ainda as obras de ampliação do Terminal XXI, realçando a importância do porto de contentores de Sines, que só no primeiro semestre cresceu 71% no dia em que o Porto de Sines recebe os dois maiores navios do mundo.

Entre a inauguração e o Terminal XXI, a sorte bafejou o Primeiro-Ministro que não teve de passar na Avenida Vasco da Gama, futura estrada ou rua Vasco da Gama, pois caso contrário teria de subir para gigantesco, confuso e caótico ordenamento do tráfego da pequena cidade.

sábado, 24 de julho de 2010

Acidente IP8




Cerca das 12h30, no IP8, junto à saída para Santa Cruz, um brutal acidente envolvendo 6 viaturas, originou uma vitima mortal e 3 feridos, um dos quais uma criança em estado grave.


Notícia Sic Online
"Dois mortos, 2 feridos graves - 2 crianças - e ainda 4 feridos ligeiros é o resultado de um violento acidente ocorrido esta tarde no IC 33, estrada que liga Grândola a Sines. O acidente envolveu 6 viaturas. Em causa, um choque em cadeia, que envolveu cinco viaturas. De acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, no local, estão 32 bombeiros e o helicóptero do INEM. O acidente aconteceu perto de Santa Cruz."

Jesuítas deixam Vila Nova de Santo André


A Companhia de Jesus vai encerrar em Setembro a comunidade da cidade de Vila Nova de Santo André, onde estava desde 1975, quando se formavam as estruturas básicas de um núcleo urbano destinado a apoiar os trabalhadores da Plataforma Industrial de Sines.

Os primeiros jesuítas a serem enviados para Vila Nova de Santo André foram os padres Amadeu Pinto, - entretanto falecido, figura proeminente do ensino em Portugal, foi entre outros cargos director do Colégio São João de Brito, distinguido recentemente com a atribuição do seu nome ao novo pavilhão Desportivo de Santo André, - a que se seguiram mais oito religiosos da congregação.

Os dois jesuítas que trabalharam em Vila Nova de Santo André nos últimos anos já receberam outras missões: o Pe. Manuel Malvar vai para Moçambique e o Pe. Domingos Gonçalves transfere-se para Soutelo (Vila Verde).

Tenha o Pe Malvar um terço da popularidade que lhe conheci em tempos e assistiremos a mais um levantamento popular dos fiéis contra as decisões da Igreja, desta feita em Santo André.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cinema em Sines


Sou do tempo em uma localidade ter sala de cinema era sinónimo de desenvolvimento social e o Cine-Teatro Vasco da Gama motivo de orgulho, nomeadamente perante os nossos vizinhos de Santiago do Cacém.

Os tempos mudaram, o Cine-Teatro veio abaixo, apareceram leitores de video e depois de CD's, e a HD e o Blue-Ray, pelo meio os clubes de vídeo, a pirataria informática com os downloads da internet, os dvd's piratas, etc, etc, etc e foi-se a magia do escuro da sala de cinema.

Desde o encerramento e posterior demolição do Cine-Teatro Vasco da Gama, ainda houve uma tentativa, bem sucedida durante algum tempo, de manter uma sala de cinema a funcionar em Sines que acabou por claudicar. Agora a reabertura desta sala coloca fim a quase dois anos sem cinema comercial em Sines, agora com novo equipamento que vai ser instalado, nomeadamente sistema digital e 3D e a exibição de grandes filmes em estreia a nível nacional.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Lá vem betão

Tal como a Bimby, os terrenos do parque de campismo de Sines, servem quase para tudo, mas parecem demasiado caros.

Primeiro terá havido uma tentativa de urbanização, ideia da qual ninguém me demove, depois o parque de campismo passaria para um particular  e seria construído junto da Ribeira dos Moinhos, o actual parque de campismo seria transformado num parque da cidade, a última versão pretende requalificá-lo de modo "a abrir um capitulo novo no campismo da cidade" com a criação de um espaço com módulos, tendas e bungalows que atraia o turismo de qualidade, segundo o presidente da autarquia. Sempre em grande, nada é pensado com peso de medida, passamos de um parque de campismo inqualificável para um parque de campismo de direccionado para um turismo de qualidade. Existe mercado para esse turismo?

Terá havido muito de promessas, mais de politicas e menos intenções. Ao certo perdeu o parque que como praticamente todos os equipamentos em Sines não sofreu obras de manutenção até à degradação actual, perderam os potenciais campistas, perdeu o turismo, perderam os comerciantes e por fim perdemos todos nós. Existirá alguém que tenha avaliado qual o impacto económico do encerramento este ano e da degradação e encerramento parcial em anos anteriores. estarão os comerciantes devidamente representados pela sua associação nesta questão? onde mora a oposição?

Se o parque não reúne condições para estar aberto, será que fica momentaneamente licenciada somente para os espectadores do FMM ? estamos perante uma excepção, tratar-se-á dum mundo à parte, dum desígnio municipal, que se sobrepõe à lei e à ordem, uma espécie de transe em que Sines se esgota no FMM?

A CM de Sines justifica o encerramento do único parque de campismo da cidade com a necessidade de concessionar aquele espaço, e se não houver interessados ficamos sem parque?

História que vai longa e cabeluda e acabará invariavelmente em betão.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A torre de babel gastronómica


As Tasquinhas voltam a revelar-se um sucesso em termos de visitantes, aplaudo a iniciativa da autarquia de abrir o espaço às colectividades e associações. Quanto a sucesso e aplausos fiquemos por aqui. Esqueçamos por enquanto a sua localização e o transtorno para quem utiliza diariamente, talvez a única via digna desse nome na nossa cidade, porque tudo o resto está errado.

O Andebol Clube de Sines tomou a iniciativa de efectuar as festas no Castelo e com isso terá aberto uma porta que temos que evitar a todo o custo que se feche. O conceito que hoje assume o evento das Tasquinhas pertence ao Castelo, a sua função para além da actividade lúdica é o contributo para gerar a independência dos subsídios autárquicos.

O sucesso, em número de visitante das tasquinhas revelam a falta de eventos em Sines e o manifesto desejo da população pela sua existência. As tasquinhas que se assumem como um reencontro com a gastronomia popular regional, redundam num estrondoso fracasso, excepto se a cerveja a rodo faz parte da dieta alimentar do alentejo litoral - o que é bem possível e merecia um festival da cerveja.

O abandono da dinâmica de festival ou mostra gastronómica - e pensar que tudo começou num bem sucedido festival de gastronomia, na Docapesca - tornou aquilo que podia ser um importante cartaz turístico - veja-se o festival do Marisco em Olhão - numa quermesse manhosa onde cabe desde farturas e pipocas, a associações e colectividades, a movimentos do SIM e partidos do Não, tudo numa alegre caminhada para coisa nenhuma.

O que é hoje as Tasquinhas é feito à medida do Castelo de Sines, por ocasião dos Santos Populares ou num evento de Verão, para os clubes e associações, o que se pretende que sejam as Tasquinhas deverá ser efectuado pelos restaurantes,  no estacionamento da Marina e espaço junto ao Pontal, promovendo a gastronomia regional, nomeadamente o peixe grelhado - provavelmente o melhor do país, o marisco e a sardinha, sempre a sardinha, assada de preferência.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dunas, são como divãs

A Quercus exigiu a retirada dos equipamentos para actividades desportivas instalados pelo concessionário na praia da Ilha do Pessegueiro, em Sines, alegando estarem "a destruir áreas de vegetação dunar", o que é refutado pela Capitania do Porto local.


"A instalação e o uso de equipamentos de apoio para actividades desportivas de aventura estão a destruir áreas de vegetação dunar, junto à praia da Ilha do Pessegueiro", disse à agência Lusa Dário Cardador, do Grupo de Conservação da Natureza da associação ambientalista Quercus.

Dário Cardador explicou que estão montadas "estruturas de desportos de lazer, umas aquáticas e outras em cima das dunas", numa área de "70 a 100 metros quadrados" que está dentro dos limites do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina (PNSACV).

A Capitania do Porto de Sines explicou que a estrutura foi por ela autorizada, tendo sido informada a ARH do Alentejo e tendo também já decorrido uma reunião com o PNSACV e com o concessionário para que seja apresentado e analisado o projecto concreto.
 
Sem conhecer o caso em concreto, pois a Praia da ilha não é a "minha praia", só lamento que a Quercus não seja tão célere noutros casos, parece quase ridículo que com  a dimensão que a poluição na nossa região a Associação Ambientalista seja notícia por causa de um equipamento desportivo.
 
Mas falemos de dunas. As moto quatro e os jipes continuam a fazer destas o seu parque de diversão privado, as caravanas sempre que o seu rodado possibilita não hesitam a estacionar o mais perto possível da rebentação, como se estivessem arrependidos de comprar uma caravana em vez de um barco. 
Como em quase tudo a solução não tem um único caminho, é necessário por um lado criar parques de estacionamento para as caravanas e circuitos para os jipes e motos (bem longe das dunas, entenda-se) e depois punir quem prevaricar. Na ausência dos citados equipamentos, aplique-se a segunda medida, puna-se e exemplarmente.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Visita Instituições no Litoral Alentejano

Catarina Marcelino, Deputada do Partido Socialista eleita por Setúbal, que no Parlamento integra a Comissão do Trabalho, Segurança Social e Administração Publica, deslocou-se no dia 12 de Julho aos Concelhos de Santiago do Cacém e de Sines para visitar os equipamentos sociais das Santas Casas da Misericórdia, contactando assim com a realidade destas Instituições.

A Deputada, após as visitas realizadas às Santas Casas e ainda a um novo equipamento para a infância da Cáritas de Sines, que oferece condições de altíssima qualidade às crianças que o frequenta, pode concluir que estes dois Concelhos do sul do Distrito de Setúbal se caracterizam por um forte envelhecimento da população, sendo necessário que as respostas aqui desenvolvidas possam qualificar-se no sentido de responder com o máximo de qualidade às necessidades existentes; que os Cuidados Continuados são uma realidade nesta região, sendo uma resposta fundamental integrando a área social com a área da saúde, de extrema importância no combate à dependência. Mas também constatou que existe uma visão de futuro por parte das Instituições, que se traduz na aposta em creches, contribuindo para a fixação na região de casais jovens, combatendo assim a desertificação e o envelhecimento geracional.

 
Notícia completa Rostos On-line
Sublinhado da minha autoria

terça-feira, 13 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mundial 2010



Um Mundial em que para além do do polvo adivinho e de Larissa Riquelme ficará marcado pelo choro, só poderia terminar com um momento romântico como este.

Se existe imagem que defina este Mundial será uma qualquer estrela a chorar. Foi o Mundo em lágrimas, não houve selecção que eliminado, algumas das estrelas não brotassem lágrimas como se não houvesse amanhã.

Num desporto colectivo, voltou a ganhar o colectivo. Cada vez mais as metodologias de treino na componente física e táctica, defesas fortes e meio-campo muito defensivo, povoando os espaços em dobras continuas, arreda dos títulos os jogadores de futebol de praia e premeia a rapidez de execução e a redução do tempo de posse de bola individual.

Golos de livres, excepto uma ou duas excepções, nem vê-los. Foi o contributo da Jabulani. Enquanto a Fifa não aceita a introdução de novas tecnologias porque o erro faz parte do desporto, e inventa um bola que induz em erro os pobres do guarda-redes.

Excepto a eliminação prematura da Itália e do Brasil e o desempenho do Uruguai - tudo o que não seja a final é sempre cedo de demais para o Brasil - este Mundial decorreu sobre o signo da normalidade.

A campeã Espanha não foi surpresa, independentemente de ser das selecções mais convincentes, partiu como campeã europeia, o que só por si lhe conferia o estatuto de favorita.

Veteranos VGAC - Época 2009-10

Mais uma época que chega ao fim para os Veteranos do Vasco da Gama de Sines e é com enorme orgulho que afirmamos que está terá sido a época com a maior participação de jogadores e envolvência de todos em torno dos Veteranos do Vasco da Gama.

Acreditamos que a construção deste blogue contribuiu para que tal facto se torna-se numa realidade, pois foi com esse intuito o que o mesmo foi criado, ou seja, servir de ponto de encontro para aumentar a união do grupo, baseada na amizade e grande convívio entre todos os jogadores.
Assim sendo, aqui fica o balanço estatístico da performance da equipa nos 23 jogos disputados, de acordo com o calendário em baixo:





Lista dos Melhores Marcadores:Vítor canastra, Golos= 23
Zé Oliveira, Golos= 7
Paulo Pronto, Golos= 7
Edgar, Golos= 6
Nuno Serralha, Golos= 6
Paulo Viegas, Golos= 3
Brás, Golos= 3
Sequeira, Golos= 3
Armando, Golos= 3

Saudações desportivas

 fonte: Blog Veteranos VGAC

domingo, 11 de julho de 2010

Apeadeiros

A partir de hoje os visitantes encontrarão no canto superior direito do blog um conjunto de páginas com posts que em minha opinião, pelo seu interesse devem permanecer mais tempo na Estação, ao invés de serem diariamente "empurrados para baixo".
 
Tratam-se de apeadeiros da nossa Estação.

sábado, 10 de julho de 2010

Refinaria Petrogal Sines

No seguimento de uma audiência realizada com a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas, o Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que pede esclarecimentos ao Governo, através do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, sobre os conflitos laborais na PETROGAL – Refinarias de Sines e Porto - e o atropelo dos direitos dos trabalhadores, nomeadamente durante a realização da greve em Abril deste ano.


Divulgamos o texto integral da pergunta colocada na Assembleia da Reoública pelo Partido Ecologista «Os Verdes»:
O Grupo Parlamentar “Os Verdes” recebeu recentemente em audiência a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas.
A situação relatada na Empresa Petrogal (Refinaria de Sines e Porto), relativa às relações laborais, é extremamente grave. Antes do início da greve e durante a sua realização, de 19 a 22 de Abril, no âmbito da revisão salarial do AE (Acordo de Empresa) da Petrogal, alguns trabalhadores foram alvo das mais variadas acções de pressão por parte de chefias. Os actos praticados por responsáveis de departamentos, visando criar um clima de terror psicológico, condicionam e obstaculizam o normal e constitucional exercício do direito à greve.
Foram feitas ameaças sobre despedimentos e com as suas carreiras profissionais, ofensas verbais, sobre representantes sindicais, chamando-lhes de ”gandulos”, entre outros nomes que nos dispensamos aqui de transcrever, a amostragem de um cartaz onde se viam pessoas a cavar uma vala, guardados por soldados nazis, com a legenda “Estás a cavar a tua sepultura”, entre outras. Mas mais grave é que foram processados descontos nos salários de funcionários para além dos dias de greve. Sendo a greve de três dias houve funcionários que viram uma redução brutal no seu salário que chegou, nalguns casos, a oito dias.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Ex.ª O Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social possa prestar os seguintes esclarecimentos:
1. Sendo a Petrogal uma empresa com participação do Estado tem o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social conhecimento destes factos? Se sim, que medidas tomou para resolver estas ilegalidades.
2. Se não tinha conhecimento, que medidas pondera tomar para que seja reposta a legalidade e a manutenção de princípios fundamentais do regime democrático?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Scuts em Sines



Hoje deparei-me com vedações a serem colocadas no acesso à AVenida Vasco da Gama.
Fiquei a pensar. Bilhetes para as Tasquinhas? Não, não faz sentido. Bilhetes para o Carnaval de Verão? Inédito e torná-lo-ia num enorme flop.

Só vejo um motivo. Scuts em Sines, a autarquia vai começar a cobrar portagens na Avenida Vasco da Gama. Apesar de tudo, ainda faz mais sentido que as hipótese anteriores.

Corte-se as estradas!




A Artenius-Sines está prestes a receber o "coração" da fábrica, um reactor de oxidação com cerca de 289 toneladas que vai demorar dois dias a percorrer dez quilómetros entre o porto de Sines e a unidade fabril. 

Com um volume de 540 metros cúbicos, as dimensões do reactor obrigam a um transporte especial - uma plataforma comandada à distância - e também à remoção de uma ponte férrea inactiva, à elevação de cabos eléctricos e ao condicionamento do trânsito em algumas estradas.


Por isso, hoje que se deslocava no sentido Sines-Santiago, junto à rotunda da Barbuda, era obrigado a efectuar o desvio para Santo-André, depois virar para a Repsol, seguir em frente passando pela Carbogal, passar a nova rotunda e finalmente no cruzamento seguinte virar para a Metalsines, seguindo em frente por um pequeno troço de terra batida e depois finalmente entrar na via-rápida. Tudo isto sinalizado por faixas vermelha e branca, pouco policiamento e muita confusão, especialmente de quem não conhece estes caminhos alternativos. 


A direcção oposta era apesar de tudo um poco melhor. Sensivelmente perto da Metalsines, um individuo de colecte reflector, capacete e rádio na mão, desviava o trânsito para a antiga estrada de Santiago-Sines, até darmos com a nova rotunda que liga a Petrogal a Sines, onde aparecia finalmente um agente da autoridade. Aqui a confusão originada por quem se dirige no fim-de-semana a caminho do Sul, sem imaginar sequer que existem tais atalhos, era enorme.


Para já o novo reactor custou uns largos minutos de confusão no trânsito a largas centenas de automobilistas, veremos quanto custará no futuro ao bolso dos contribuintes e à saúde dos sinienses.



Nota: entretanto a avenida da praia encerrou ao trânsito. Quem trabalha e faz desta uma via privilegiada, pode sempre utilizar a antiga via-rápida da Costa do Norte, e divirtir-se com os trabalho em curso, para realização de uma estranha rotunda.


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Rua Raul Solnado ???

A atribuição do nome de Raul Solnado a uma rua de Sines, trata-se de uma palhaçada, verdadeira homenagem ao humorista.

Apesar do seu humor já soar anacrónico para a minha geração, compreendo o valor do seu trabalho no contexto histórico em que atingiu o seu apogeu, pelo que fica claro que nada me move contra o actor/humorista, já contra quem teve a ideia de atribuir o seu nome a uma rua de Sines, não me move mas embala-me a irritação com os disparates dos outros. Portanto, Raul aceita as desculpas por te veres envolvido nestas trapalhadas.
 
Herman foi o mestre do humor da minha geração, foi a primeira vez que vimos humor inteligente, mordaz, acutilante, sem a piada fácil, os trejeitos patéticos e revisteiros. Considerado por muitos de várias gerações como o mestre e pai do humor moderno português, nem por isso quando falecer deverá ter direito a nome numa viela ou travessa de sines, quanto mais numa rua.


A toponímia das pequenas cidades serve para homenagear aqueles que de algum modo construíram o seu passado e alicerçaram o futuro, deixemos que aos "filhos da nação" seja esta e a sua terra de nascimento ou eleição, a prestar-lhes homenagem.

Se não formos nós a "libertar da lei da morte" os nossos pescadores, cortiçeiros, artistas, desportistas, politicos,  escritores, homens-bons da nossa terra, assseguro-vos que não será Penalva do Castelo, Freixo-de-Espada à Cinta ou Benavente a fazê-lo. Excepto figuras como Al Berto que se tornaram bem maiores que o espaço que o corpo habita, a este bem pode Sines tardar na merecida homenagem que outros a vão fazendo.

Atribuir o nome de um humorista a uma rua de Sines, sem qualquer tipo de ligação à nossa terra, só se justifica pela comédia que Sines se tornou.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coral Atlântico

Inserido no espírito deste espaço, dar a conhecer o maior e mais diversificado número de iniciativas da nossa terra, onde vários cidadãos engrandecem com o seu esforço e dedicação o nome de Sines, aqui fica uma breve apresentação do Coral Atlântico (ver blog aqui).







Petição

"Pela Manutenção do Parque de Campismo de Sines

Sines é desde sempre uma terra de turismo, e um dos símbolos dessa tradição, é sem dúvida o Parque de Campismo. Esse espaço bem dentro da cidade é sem dúvida um local importante para a fomentação do turismo e não só, visto ser um dos espaços verdes ainda existentes dentro de Sines. Enquanto esteve aberto era frequentado, e isto durante gerações de turistas que por cá passaram e de certa forma criaram as suas raízes de ferias em Sines. O espaço é para ser aberto e mantido condignamente, porque é um dos “tesouros” não financeiros que todos nós possuímos. Na Edição Nº67 do "Sineense" o boletim municipal e cito directamente o Sr. Presidente Manuel Coelho, “Garantia de construção de instalações para um novo parque de campismo na cidade de Sines, com significativo impacto na economia da cidade.” Mas como pode o actual dar impacto se o mesmo encontra-se fechado? Mas será que os habitantes da cidade nada tem a dizer sobre isto? Será que Sr. Presidente faz o que bem entende sem consultar os seus munícipes? Esta petição é sobre isso mesmo, abertura do parque de campismo e manutenção do mesmo SIM, deslocalização do mesmo e projectos megalómanos ou imobiliários NÃO! As pessoas de Sines exigem respeito e que o Parque de Campismo se mantenha no formato actual!"


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Não sou o autor desta petição, mas tornei-me signatário, pelo que representa o desolador abandono do parque campismo e pela arreliante tendência para projectos megalómanos em tempo de crise, recusando o aproveitamento das oportunidades existentes que com reduzido investimento permitiam a continuidade de um equipamento fundamental para o parco turismo de Sines.

Expansão do terminal GNL em Sines

Juiz em causa própria



Pelo manos tão antigo quanto a existência do homem sobre a terra, é o eterno conflito diversão/descanso, ou se preferirem, entre quem quer berrar de alegria e quem exige o silêncio do descanso.

É assim nos bares, zonas nocturnas de diversão, festas populares e até em muitas casas. Depois não raras vezes os que hoje se divertem ignorando o barulho que fazem, são aqueles que amanhã mais exigem silêncio aos outros.

São assuntos sempre delicados e que iniciam no executivo camarário o seu percurso, atribuindo este um horário inicial com um grau de subjectividade mais ou menos discutível. Depois se a coisa corre bem o proprietário dentro pouco tempo pedirá alargamento do horário nocturno, correndo mal - ou seja queixas da vizinhança e/ou desacatos com intervenção da GNR, ou outros motivos por vezes desconhecidos - reduz-se o horário, continuando a correr mal, reduz-se ainda mais até inviabilizar o negócio e voilá estrangula-se economicamente o infractor do descanso alheio.

Não fossem os referidos critérios mais ou menos subjectivos e a coisas andariam pelos caminhos da igualdade. E é precisamente aqui, na igualdade, ou falta dela, que pretendia chegar.

Já anteriormente elogiei neste espaço a realização das festas no Castelo, organizadas pelo ACS, quer pelo que representam de dinamização nocturna e do Centro Histórico, quer pelo que significam em termos de contributo para a independência financeira dum clube que conta com 8 escalões em actividade, representando mais de 120 atletas.

O executivo autarquia que deve (devia) reconhecer este espírito de iniciativa como um incentivo da dinamização económica dos clubes e associações de Sines, começa por autorizar o evento até à meia-noite. Só para que conste, pouco antes desta hora, é quando sai de casa quem procura divertir-se numa sexta ou sábado à noite. Talvez tendo noção do ridículo que significou esta decisão, o executivo a pedido do ACS reviu a sua posição e prolongou a autorização até às 2 horas. Pouco, muito pouco.

Recorde-se que iniciativas como o FMM e as Tasquinhas, nem sei se terão horário, mas prolongam-se muito para lá das 4 da manhã, terminando normalmente quando o sol já nasceu. Incomodaram menos estas iniciativas, ou é o ruído que é diferente? Não, a diferença está no organizador.

Não existe Juiz em causa própria que seja justo.

Divulgação Hóquei em Patins


No passado sábado, dia 3 de Julho no pavilhão do Naval de Setúbal foram entregues os troféus conquistados na época de 2009/2010.
As taças entregues ao Vasco da Gama Atlético Clube foram referentes à conquista do Campeonato Regional de Infantis e de vencedores da Taça APS na categoria de Seniores.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Divulgação

?

Recebido na Caixa do Correio


(cidadão que pediu o anonimato)

Trapalhadas

Há um prédio em Sines com 30 apartamentos e quatro lojas . Neste prédio os proprietários das garagens pagaram-nas, têm escritura de compra, mas não as podem vender. Mais grave! Alguns proprietários já fizeram contratos de promessa de compra e venda e nesta altura estão na eminência de ter de devolver o dobro do valor acordado.

Mas vamos à trapalhada …
Estávamos ainda nos anos noventa quando um construtor com várias obras em Sines, construiu garagens utilizando uma área mais vasta que o terreno comprado.
Dizia o proprietário na altura que se propôs a construir um passeio à volta do prédio como contrapartida do excesso de área construída. De facto foi feito um passeio à volta do prédio, não sei se por projeto se por contrapartida do excesso de área utilizada.
Mais tarde, por alturas das eleições em 2002 foi esse passeio destruído para dar lugar ao Largo que ainda hoje existe.

Como não se conseguia resolver o problema numa certa reunião de camara compareceram lá os condóminos para expor a sua situação. Como solução a câmara enviou para a assembleia municipal uma proposta de autorização de venda da área excedente ao construtor. O preço acertado era igual ao inicial. Ou seja, o construtor teria que comprar à câmara o terreno que utilizou indevidamente embora ao mesmo valor por m2 da compra inicial. Esta proposta foi votada favoravelmente na Assembleia Municipal.

Mas isto é uma pescadinha de rabo na boca, porque voltamos às trocas que uns dizem que fizeram e os outros que não consentiram.
Conclusão: o construtor nunca pagou a área excedente. Por coincidência este construtor é o mesmo que por outra troca que diz que fez com a câmara, diz-se proprietário de um terreno ao lado do quartel dos bombeiros.
Francamente não sei se tudo isto é verdade, não sei se a câmara na altura acordou ou não com o construtor … no entanto uma coisa é certa as pessoas pagaram a garagem, pagam o condomínio, pagam o IMI … e a garagem perante a conservatória predial não pode ser registada.
Isto é a aplicação correta da regra pagador “não utilizador” ou seja são donos para pagar, pois continuam a pagar IMI, mas não são donos para receber se pretenderem vender.

Esta é uma das muitas trapalhadas da gestão exemplar da nossa câmara municipal.
Como diria um amigo meu “ainda bem que o PC agora está na oposição, porque desta forma já não permite estas trapalhadas”.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

put a cream, watch the skin (zezé camarinha)

Previsão próximos dias
Última atualização: Segunda-feira, 5 de Julho de 2010, às 17:20

Terça, 6 Julho
Ensolarado
Máx. 35°C Minimo 21°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Quarta, 7 Julho
Nublado a sol
Máximo 34°C Minimo 21°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Quinta, 8 Julho
Ensolarado
Máximo 33°C Minimo 19°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Sexta, 9 Julho
Ensolarado
Máx. 31°C  Min. 18°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Sábado, 10 Julho
Ensolarado
Máximo 31°C  Minimo 18°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Domingo, 11 Julho
Predominância de sol
Máximo 31°C Minimo 18°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Segunda 12 Julho
Parcialmente nublado
Máximo 29°C Minimo 18°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Terça, 13 Julho
Ensolarado
Máximo 30°C Minimo 18°C
Índice UV: 10 Muito Alto

Quarta, 14 Julho
Ensolarado
Máximo 30°C Minimo 18°C
Índice UV: 10 Muito Alto


Depois de um inverno muito, mas muito chuvoso, que parecia não ter fim, eis a primeira vaga de calor.
Afastada a história da "hora dos médicos" - das 11h às 16h, de modo às praias ficarem disponíveis somente para eles - hoje após sentir literalmente na pele 37 graus em Santiago e 28 em Sines, alguns minutos depois, recordo que Sines foi abençoado. O que trouxe, durante décadas, inúmeros veraneantes das tórridas planícies alentejanas para o clima temperado do Cabo de Sines. Mas onde a Natureza pôs, o homem dispôs, e hoje entre a tórrida e saudável planície e o temperado e poluído cabo, a maior parte já não hesita.

Mas como não há bela sem senão, o indice UV, mantêm-se elevado. O índice UV é um parâmetro que passou a ser divulgado em 1994 pela Agência de Protecção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos com a finalidade de indicar a intensidade de Radiação ultravioleta a que estamos expostos.






O Elefante e a Formiga


Manuel Coelho desejava ser candidato do PS à autarquia de Sines, mas Manuel Coelho criou um Movimento independente para se candidatar à autarquia de Sines. O PS não enjeitada Manuel Coelho como seu candidato, mas o PS não aceitou que Manuel Coelho fosse o seu candidato. Foi assim que se passou, não necessariamente por esta ordem. Confuso? Talvez não.

Manuel Coelho via no PS um bom suporte à sua candidatura, eximindo-se das chatices burocráticas de constituir um Movimento de Cidadãos. É certo que o conforto de um partido com raízes históricas na sociedade Portuguesa e Siniense com a estrutura logística e financeira montada era tentador, apesar do custo politico associado a mudar-se para a casa do "adversário".

Mas existia um óbice, a estrutura concelhia - o outro PS - que não teve garganta para tão grande sapo, até porque acreditava piamente que a dissidência de Manuel Coelho esfrangalhara a CDU e catapultaria o PS para a vitória. Acertaram na primeira, erraram na segunda.

Certo é que a Concelhia de Sines conseguiu, vá-se lá saber por que artes - a sorte não terá sido alheia, continuo a pensar que a Federação não estava disposta a assumir outro risco idêntico a Alcácer do Sal -, demover a Federação Distrital capitaneada por Vítor Ramalho, personagem maior neste romance.

Assim se torna Manuel Coelho não no candidato oficial do PS, mas pelo menos no oficioso. E como nisto da política, cedo se descobrem as intenções e tarde as vontades.

Vítor Ramalho em comunicado enviado à imprensa afirma entre os feitos do Partido Socialista, "...a manutenção da maioria absoluta nas três Câmaras do distrito, Alcácer, Grândola e Montijo – releva-se o acerto da avocação pela Federação dos candidatos à Câmara de Alcácer do Sal - relegou o PCP para 3º lugar em Sines".

Caso fosse um equívoco, atribuir o terceiro lugar, em Sines da CDU ao PS, faria lembrar a história da formiga que atravessando o deserto ao lado do elefante se vira para este e diz-lhe já viste a nuvem de poeira que levantamos, como de um engano não se trata, está tudo explicado.

domingo, 4 de julho de 2010

Venham as Meias

Fim dos quartos-de- final e resta apenas uma selecção sul-americana e logo das mais improváveis.

A Alemnaha a jogar à campeão antecipado, depois de marcar quatro à Inglaterra, avia mais quatro à Argentina. Oito tentos em dois jogos num Mundial parco golos e não propriamente a qualquer equipa, é obra e da grande.
O Brasil fora da Copa. Nunca se sabe é o Brasil que perdeu o Mundial ou o Mundial o Brasil. Apesar da canarinha não ter a magia de outros Mundiais, foi para mim uma verdadeira surpresa, e não estou a menosprezar o mérito da Holanda. Dizem que é de terem jogado de azul, que foi o Dunga, que faltou alguém para pensar o jogo, que o Kaká não rendeu o esperado, etc. O Felipe Melo que se mantenha discreto, pode ser que se esqueçam dele.

A Espanha nmostrou as suas fragilidades ou o Paraguai o seu valor? Ambas. 
O Paraguai revelou como se trava a engrenagem espanhola, e seguramente que a Alemanha aprendeu bem a lição. A melhor selecção espanhola de sempre,
Por fim o Uruguai que afastou o sobrevivente africano da prova, injustamente.
Suarez, defende em cima da linha com a mãos, o adversário falha o penalti, num jogo que o Uruguai acaba por ganhar. Ou seja Suarez infringindo as regras do jogo, conseguiu por caminhos ínvios dar a vitória à sua equipa. Quem jogou "futebol de rua" lembra-se de uma regra universal, penálti e golo é golo. A nossa sensatez superava em muito a dos senhores da FIFA.
Alemanha - Espanha e Holanda-Uruguai, fazem antever uma final Alemanha-Holanda. A famosa frase do ex-atacante da seleção inglesa Lineker – “Futebol é um jogo de 11 contra 11, mas no fim a Alemanha sempre vence”, mantêm-se actual.

Informação aos Visitantes

O impoluto, moral e ético Estação de Sines cedeu ao Capitalismo.

Não fomos alvo de nenhuma OPA, nem o  PEC influenciou tal cedência, apenas a avidez, a vil e mesquinha avidez de ganhar dinheiro (ou como vulgarmente se usa dizer: denhêro).

Doravante quando visitarem este espaço mesmo que não queiram, terá que ver anúncios das mais variadas proveniências. Mas não pensem que isto é tão fácil, não basta anunciar para receber, exige-se que algum incauto clique - e reparem não estou a pedir para o fazerem, pois estou contratualmente impedido de o fazer, inclusive também nunca o faço noutras páginas que visito.

Resumindo, esta parafernália publicitária para além de um ar modernaço aqui ao espaço e quiçá uns cobres para ir pagando as idas a Tribunal, que os tempos tão difíceis para todo, em especial para quem tem de pagar.

Um Presidente insustentável?

O que é hoje 'insustentável' começou a sê-lo há muito, e nesse processo Cavaco Silva foi mais parte do problema do que da solução


Artigo 4 Julho, 2010 - 10:36
Por Boaventura Sousa Santos

As declarações do Presidente da República (PR) sobre a situação do País, que declarou insustentável, são difíceis de aceitar e causariam repulsa pública se os portugueses ainda dessem muita atenção aos dirigentes políticos e se os meios de comunicação não estivessem dominados por comentadores conservadores. O ritmo pausado contribui para conferir solenidade e finalidade à verdade do discurso, fazendo-a passar por discurso da verdade, uma verdade parida pela sabedoria oracular e registada na página da internet da Presidência da República.

Os portugueses sabem por experiência que vivem momentos difíceis e que essas dificuldades são o resultado de uma acumulação de factores nacionais, europeus e globais. No que respeita aos factores nacionais, a acumulação vem de longe. Tudo começou quando os fundos estruturais e de coesão, depois de contribuírem para a necessária infraestruturação física do país, ficaram reféns dos lóbis do betão e se descurou o investimento na educação, na formação, na criação de um sistema nacional de ciência, na diminuição das desigualdades sociais de modo a que os ganhos de produtividade se transformassem em bem-estar dos portugueses.

Ora, os governos de Cavaco Silva contribuíram para este desvio fatídico. A formação profissional foi entregue à corrupção generalizada; iniciou-se o desinvestimento nas universidades públicas, sujeitando-as à pilhagem dos seus recursos para alimentar os aviários universitários que então proliferaram; em termos de desigualdade social, o País era mais injusto em 1995 que em 1990 (e mais que em 1980). O que é hoje "insustentável" começou a sê-lo há muito, e nesse processo Cavaco Silva foi mais parte do problema do que da solução.

Quanto aos factores europeus, os portugueses sabem que a Europa está num momento de bifurcação: ou se desagrega ou se transforma numa Europa federal ou confederal, com partilha democrática de custos e benefícios, de políticas e aspirações. A segunda opção é a única desejável e só se realiza quando os cidadãos europeus a assumirem como sua e disserem "Basta!" à transformação da crise real em pretexto mal disfarçado para destruir todos os direitos sociais por que lutaram, com tanto sangue vertido, ao longo de todo o século XX.

Quanto aos factores globais, os portugueses começam a saber que a União Europeia se deixou minar pelo capitalismo financeiro global. O FMI é uma instituição nefasta, que os EUA não deixaram intervir no país durante a crise mas que a UE acolhe como um imenso cavalo de Tróia em cujo bojo se escondem os bancos alemães e franceses, à espera que lhes sejam pagos empréstimos feitos a juros confiscatórios. Com objectivos convergentes, foi permitido às agências de análise de risco converter os orçamentos nacionais em campos de apostas para o casino financeiro. Tais agências são peritas em utilizar as afirmações irresponsáveis dos responsáveis políticos "locais" para transformar em realidade as especulações em que assentam as suas previsões. Objectivamente, o PR recomenda às agências que obriguem os portugueses a confiarem no mercado financeiro e a confiarem tanto mais quanto menos o mercado confiar neles. Isto, sim, é insustentável!

Por que razão tudo isto, sendo claro, escapa ao PR? Porque está em campanha eleitoral, tendo deixado de fazer política de Estado para passar a fazer política partidária, e querendo testar a sensibilidade dos media para o apoiarem e ao seu relutante partido. Os resultados mostram que tem razões para se sentir confiante. Tragicamente, a sua confiança é construída à custa da destruição imprudente e injusta da confiança dos portugueses no país e no mundo em que vivem, o que é particularmente grave num período de crise. Mas a cegueira eleitoral é assim mesmo, tanto mais selectiva quando menos o devia ser. Ao PR escapa que os portugueses podem começar a pensar que ele quer acima de tudo ser re-eleito, pouco lhe importando se é re-eleito Presidente de um país ou Presidente de uma ruína de país.

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Subscrevo o pensamento do Prof. BSS. Tem razão e não só de agora.
Mas não haverá outro candidato a Presidente que não se considere insustentável? Eu acho que há e de que maneira. Umas "pantufas" ficariam bem como presente de natal.

sábado, 3 de julho de 2010

Que se passa com esta "Fábrica?"

Esta é uma das duas Refinarias de biodiesel construídas ao abrigo do "pretenso" desenvolvimento de Sines, mas que está parada e ao que parece nunca arrancou.
Está ali Instalada na Zona Insdustrial do outro lado da Repsol, não se vislumbrando qualquer actividade laboral.
Que se passa para não trabalhar?
Quem responde?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sines sempre à frente

Habituados às imagens de países do terceiro mundo cuja falência das infraestruturas, quando existem, arrastam consigo quem azaradamente estava no local errado ou a cenas semelhantes provocadas por fenómenos atmosféricos extremos. Sines oferece-nos estas imagens, recolhidas hoje, cerca das 12 horas, no centro da cidade, provocadas pela falência do município e pelo fenómeno da governação local. Quanto ao terceiro mundo...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

11ª Gala de Aniversário da ARDS


A Associação Recreativa de Dança Sineense convida a população em geral a assistir ao seu 11º Aniversário como Associação e os 22 anos do Grupo de Danças de Salão de Sines, que se realiza no dia 03 de Julho no Pavilhão Municipal de Desportos de Sines, a partir das 22 horas.

As Danças de Salão de Sines existem desde dos finais dos anos 80, tornando-se Associação a 28 de Junho de 1999. Ao longo da sua existência contribuíram para o desenvolvimento e divulgação desta modalidade no Litoral Alentejano, bem como em todo o Pais. A ARDS conta actualmente com mais de três centenas de praticantes, com idades compreendidas entre os 3 e os 79 anos.

Depois de mais um ano, com um balanço bastante positivo para os seus dançarinos, destacando-se os resultados obtidos em campeonatos nacionais, participação em competições internacionais, participação em vários programas de televisão, participação numa telenovela e diversos espectáculos.
Destaca-se ainda neste ultimo ano, a organização do Festival Nacional de Danças de Salão e Latino - Americanas em Sines (Alentejo 2009 em Novembro passado), e o V Vamos Dançar (Dia Mundial da Dança no passado mês de Abril).

A Gala do 11º Aniversário, como Associação, e os 22 anos de existência do Grupo de Danças de Salão de Sines irá decorrer no próximo dia 03 de Julho de 2010, no Pavilhão Municipal de Desportos de Sines, a partir das 22:00h. Esta festa vai contar com a presença de dançarinos de todo o Litoral Alentejano. Muita dança, glamour e surpresas, numa noite diferente.